No distrito de Évora

Propostas de futuro

No distrito de Évora, a CDU está determinada em reforçar as suas posições nas autarquias. Obter mais votos e mais mandatos é a meta, para desenvolver o Alentejo. Jerónimo de Sousa visitou, sábado, vários concelhos do distrito.

Está ao alcance da CDU recuperar a CM de Évora

O dia começou cedo, no mercado de Évora e acabou com um grande jantar em Montemor-O-Novo. Pelo meio, o secretário-geral do PCP passou por Arraiolos, Estremoz, Borba, Vila Viçosa, Alandroal e Redondo. Em todas estas localidades, era visível o abandono a que o poder central votou o Alentejo, que apenas sobrevive graças à intervenção qualificada das autarquias, nomeadamente as autarquias CDU, com decisiva e maioritária influência na região.
Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara de Montemor-O-Novo, afirmou que mesmo sendo a criação de postos de trabalho uma atribuição do poder central, dos 600 postos de trabalho criados no concelho nem um teve a intervenção de nenhum governo, mas sim da autarquia. Vários autarcas denunciaram a acção – ou inacção – dos governos para minorar os efeitos da seca, que já leva dois anos e que promete continuar. Jerónimo Loios, edil de Arraiolos, lembrou que foi a Câmara a que preside que impediu que a água faltasse nas torneiras da população.
Quanto aos governos, parece que apenas se preocuparam com o aumento dos preços da água, já que a tomada de medidas preventivas, nem vê-las. Em Montemor, um projecto relacionado com a captação de água esteve quatro anos para ser aprovado e em Évora as obras do canal de ligação à barragem de Monte Novo só deverão estar prontas depois do Verão do ano que vem, ou seja, depois da altura crítica da seca. Nas restantes iniciativas, o tom foi o mesmo. Crítica feroz aos governos nacionais e a valorização – justa – do trabalho dos eleitos da CDU ao nível dos concelhos ou das freguesias.

Boas listas, bons programas

Em todas as iniciativas – realizadas sempre ao ar livre, nas ruas e praças das vilas e aldeias – era muito o entusiasmo e a confiança dos activistas da CDU. No resto do País, relatou Jerónimo de Sousa, este sentimento de que a CDU vai crescer no dia 9 de Outubro é comum.
No comício realizado em Évora, o candidato da CDU à Câmara Municipal, João Andrade Santos, considera estar ao alcance da coligação a reconquista da maioria em Évora, quatro anos depois de ter passado para o PS. Nos outros concelhos, a confiança é a mesma. O candidato da CDU à presidência da autarquia de Arraiolos – e actual presidente –, Jerónimo Loios, afirmou, na freguesia de Igrejinha, que o «trabalho está feito e está à vista, as provas estão dadas». Assim, destacou, «há que ter confiança e depositar confiança naqueles que tudo têm feito para melhorar a vida das populações de Arraiolos, quer dentro das competências do poder local quer indo mesmo além das próprias competências autárquicas».
Em Évora, como noutros locais, esta confiança, longe de ser cega, baseia-se na convicção de que as listas são boas e que os programas foram feitos ouvindo as pessoas. Mesmo no Alentejo, uma região do País muito desertificada e envelhecida, a CDU consegue apresentar muitos candidatos jovens. Em Estremoz, chegam mesmo, em algumas freguesias, a constituir a maioria da lista. O almoço de apoio à CDU realizado em Estremoz, que marca a entrada na actividade autárquica de muitos jovens, marcou também a despedida de Luís Mourinha, actual presidente da autarquia. Depois de 12 anos à frente da autarquia, «sai de cara levantada», afirmou Jerónimo de Sousa. Os presentes aplaudiram, o ainda autarca não conteve as lágrimas.

Redondo
«Não perdemos a dignidade»

No final do dia, quase a acabar a jornada pelo distrito de Évora, Jerónimo de Sousa passou pelo Redondo, cumprindo assim um compromisso assumido aquando da retirada da confiança política ao actual presidente da câmara, Alfredo Barroso, que concorre agora numa lista de independentes. Recebido com alegria e entusiasmo por várias dezenas de activistas da CDU, o secretário-geral do PCP transmitiu a solidariedade do Partido para com os candidatos da coligação no concelho que «se reúnem em torno de um projecto e que melhor poderão contribuir para continuar, aqui neste concelho, a concepção do poder local democrático da obra, da realização, da preocupação com as populações».
Jerónimo de Sousa afirmou que, num tempo em que a política se tende a fulanizar, há que lembrar que «quem elegeu esta câmara foi a população, em torno de uma equipa da CDU e não de uma mera pessoa». Tal como o trabalho realizado, realçou, é obra de um conjunto de pessoas, em torno do projecto da CDU, «um projecto colectivo, diferente de todos os outros, que privilegia a democracia participativa». Este tipo de democracia, defendeu, não é compatível com o individualismo.
«No nosso partido, temos militantes com várias responsabilidades mas não temos militantes de diversas categorias», reafirmou o dirigente do PCP. «As posições individuais e a ânsia do poder, o exercício do poder pelo poder contraria aquilo que é uma base fundamental do nosso projecto», prosseguiu.
Para Jerónimo de Sousa, era mais fácil «calarmo-nos e pensar apenas no resultado da câmara. Era a posição mais cómoda, fechar os olhos, mentir, omitir. Não o faremos, mesmo com o risco de podermos perder a câmara». Lembrando que não é certo que a CDU saia derrotada no Redondo, o secretário-geral do PCP destacou que «um ganho já temos: continuamos a ter dignidade para olhar nos olhos esta população, que pode continuar a acreditar na CDU».
Antes, o cabeça de lista da coligação à Câmara Municipal do Redondo, Inácio Casimiro, lançou alguns pontos do programa da CDU, que pretende recuperar traços marcantes do projecto da coligação, abandonados pela actual câmara municipal.


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