CDU pelo País

Confiança numa vida melhor

Com a campanha da CDU nas ruas, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, participou em diversas iniciativas e andou um pouco por todo o País. A afirmar, como diz o lema da campanha da coligação, a sua confiança numa vida melhor.

As populações sabem com o que contam quando votam CDU

Uma verdadeira volta a Portugal é o que o secretário-geral do PCP está a dar desde a passada semana, participando, em todo o País, em iniciativas no âmbito da campanha para as eleições autárquicas do próximo dia 9 de Outubro. Nestas iniciativas, o dirigente comunista contactou com muitas centenas de pessoas e, em diversas intervenções, teve a oportunidade de realçar aspectos fundamentais do projecto autárquico do PCP e da CDU, bem como para passar em revista aspectos centrais da situação política actual e das propostas de mudança protagonizada pelos comunistas e seus aliados.
Na quinta-feira, dia 8, Jerónimo de Sousa percorreu vários concelhos do distrito de Santarém, onde participou em encontros com a população e com activistas da CDU. Depois de um jantar em Almeirim, apresentou os candidatos aos órgãos autárquicos de Alpiarça.
No dia seguinte, o dirigente comunista deslocou-se ao distrito de Coimbra. Na cidade do Mondego, percorreu o centro histórico de Coimbra para se inteirar do andamento das obras de recuperação e contactar com a população. Numa concentração na Praça 8 de Maio, falou para dezenas de apoiantes e para os populares que por ali passavam e paravam.
Intervindo na Figueira da Foz, no final de um jantar com candidatos e apoiantes da CDU, o secretário-geral do PCP lembrou que «temos um passado de realização nas autarquias e um projecto alternativo de esquerda no poder local que não deixam dúvidas quanto ao sentido e rumo da nossa intervenção na defesa do interesse público e das populações».
O dia seguinte foi dia de rumar ainda mais ao Norte, aos distritos de Viseu, Guarda e Castelo Branco. Nestes três distritos, contactou com as populações e participou em diversas iniciativas com candidatos e apoiantes da coligação. Viseu, Gouveia, Fundão e Castelo Branco foram as localidades visitadas pelo dirigente comunista.
No sábado, foi a vez do distrito de Portalegre receber a visita de Jerónimo de Sousa. Depois de almoçar em Nisa com candidatos e apoiantes, o dirigente do PCP rumou a Gáfete onde fez, na praça, um discurso perante várias dezenas de pessoas. Depois rumou a Alter do Chão e ao Crato.
Na segunda-feira, andou pelo distrito de Setúbal e, na terça-feira, em Bragança e Vila Real. Para ontem estava prevista uma acção de contacto com os trabalhadores e as populações na Baixa de Lisboa.

Diferente dos que são todos iguais

Em plena pré-campanha para as eleições autárquicas de Outubro próximo, Jerónimo de Sousa não deixou de valorizar o projecto CDU para as autarquias. E valorizou o facto de as populações saberem com aquilo que podem contar votando CDU. E enumerou algumas características do projecto autárquico do PCP e da CDU:
• uma gestão democrática, participada, próxima das populações, dos seus problemas e aspirações;
• uma gestão que defende e promove o interesse público sobre o interesse privado;
• uma gestão que assegurará na política urbanística a defesa do espaço público e dos equipamentos colectivos em vez da especulação imobiliária e da privatização do espaço urbano;
• uma política de gestão do território assente num rigoroso planeamento em vez de um casuísmo sem regras nem princípios;
• uma gestão que dá a absoluta garantia de se opor à privatização dos serviços públicos e em particular da entrega aos privados do ambicionado negócio da água;
• uma gestão que assegurará uma política cultural que, bem para além das fronteiras do papel de agente de espectáculos, promoverá a diversificação dos gostos culturais, apoiará a criação artística, valorizará a tradição cultural, estimulará o teatro amador, as escolas de música, as bandas e filarmónicas locais;
• uma gestão que promoverá a melhoria das condições de vida dos trabalhadores da autarquias, valorizará as sua carreiras e apoiará a formação profissional;
• uma gestão que atenta aos problemas sociais e dará uma particular atenção às crianças, aos jovens, aos idosos, aos mais pobres e desfavorecidos.

Reforçar a luta em tempo de injustiça

Mas nem só de autárquicas se falou nas iniciativas da CDU em que participou Jerónimo de Sousa, em vários pontos do País. Para o dirigente comunista, o voto na coligação é não apenas a melhor alternativa para o desenvolvimento dos concelhos, mas também a melhor garantia do reforço da luta das populações, num momento em que a situação social é cada vez mais marcada por profundas injustiças e desigualdades sociais. O reforço da CDU nas autarquias é, garante, a maior garantia para as populações de ali terem sempre uma voz amiga.
Segundo o secretário-geral do PCP, dar mais força à CDU é contribuir para que se reforcem as possibilidades de abrir caminho, no nosso País, a uma nova política que «dê esperança de uma vida melhor aos trabalhadores e ao povo». E, seis meses passados de Governo PS, esta é, hoje, «mais uma forte razão para votar CDU». Para Jerónimo de Sousa, prometeram crescimento e desenvolvimento económico, «mas as previsões são sistematicamente revistas em baixa». O ano de 2005 vai ser, destaca, «mais um ano perdido na batalha contra a estagnação e o marasmo».
Comentando as declarações do primeiro-ministro José Sócrates, segundo o qual a subida, no segundo trimestre, do PIB em 0,5 por cento revela a confiança na economia portuguesa, Jerónimo de Sousa considerou que o perigo de estagnação permanece. E permanece, garante, porque o investimento continua em queda. «A crescer assim nem um só posto de trabalho vamos recuperar», afirmou.
O dirigente comunista alertou o Governo para uma lição que podia ter tirado dos resultados: o motor do crescimento foi o consumo, «neste caso forçado pelo aumento do IVA, com as famílias a anteciparem as compras sem o aumento do imposto». Isto confirma, realçou Jerónimo de Sousa, o que o PCP tem afirmado acerca da dinamização do mercado interno, entendida como uma «componente importante na activação da economia». Assim, propôs, a «actualização do salário mínimo nacional, das reformas e dos salários são não só uma questão de justiça social, mas um elemento impulsionador da nossa actividade económica».

Com as orelhas a arder

A actuação do Governo na prevenção e combate aos fogos florestais foi também criticada por Jerónimo de Sousa no seu périplo pelo País. Para o dirigente do PCP, não foram tomadas as «medidas que se impunham no tempo certo, mas agora sem um balanço ponderado e à pressa, para eleitor ver, montaram uma operação de propaganda para limpar a sua chamuscada imagem». E lembrou que «não há operação de marketing que apague o dramático Verão que tivemos».
Ainda sobre os incêndios, Jerónimo de Sousa denunciou ainda o desinvestimento na prevenção e na vigilância, como aconteceu mais uma vez este ano que, «em vez de se ter posto mãos à obra no reforço das acções de limpeza nos meses de Abril e Maio», concentraram – e mal, considera – os esforços sobre os meios de combate, também eles insuficientes.
«Sabemos que é impossível eliminar todos os fogos e até se compreende que o actual governo de Sócrates não poderia resolver nestes meses da sua acção governativa os problemas de fundo que estão na origem dos incêndios, mas era possível tomar medidas para atenuar a dimensão da tragédia», afirmou o dirigente do PCP. Era propaganda a declaração solene do Governo segundo o qual estava preparado para responder a «todas as eventualidades», considera o secretário-geral comunista.


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