Refinaria do Porto tem futuro
A Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal veio reafirmar o empenho na defesa da Refinaria do Porto, num comunicado em que protesta contra as várias «abordagens sobre a segurança» naquela unidade.
No Terminal de Leixões, ocorreu a 31 de Julho do ano passado um acidente, com incêndio. No entanto, «um ano e alguns dias passaram já, e ainda há quem fale no incêndio como se aquele tivesse sido na Refinaria, chegando alguns a não terem dúvidas, por acreditarem no que ouviram da boca de altos responsáveis», protesta a CCT. E recorda que, em afirmações peremptórias ou em omissões que deixaram passar a mentira, o primeiro-ministro (Santana Lopes) e o ministro das Obras Públicas (António Mexia, recentemente saído da presidência da administração da Petrogal), bem como um deputado do PS, em posterior debate parlamentar, «alimentaram essa ideia».
A ideia de que o incêndio ocorrera na Refinaria «foi uma nova ajuda aos interessados no fecho de tão importante complexo industrial», acusa a CCT, realçando que teve um tal efeito, que «ainda nos deparamos com perguntas do tipo “Como está agora a Refinaria?”, “Já há segurança? ” ou “Sempre fecha em 2010?”».
Enquanto a CCT «tem procurado clarificar tudo isto, evidenciando simultaneamente a importância real da Refinaria do Porto, para a região e para o País», verifica que «verdadeiro e constante empenhamento objectivo na sua salvaguarda assenta, fundamentalmente, nos seus trabalhadores, a todos os níveis, e nas suas organizações representativas, não podendo deixar de se registar, também, o papel que em sua defesa tem sido permanentemente desenvolvido pelo PCP, através de variadas iniciativas concretas».
Entende a comissão que, «por ser justo e por razões patrióticas, há que continuar a lutar pela Refinaria do Porto, como parte integrante do aparelho de refinação nacional».
No comunicado é apontado um curioso paralelo de atitudes contraditórias:
- em altura de eleições, quase todos os partidos defende a Refinaria e o seu futuro, mas rapidamente quase todos esquecem o que antes afirmaram; esses, «pontualmente estão com a Refinaria e os seus trabalhadores», mas «no dia-a-dia tudo isso ignoram»;
- o contrário acontece com muitos trabalhadores, que «no dia-a-dia, em conjunto, trabalham, defendem e lutam pela Refinaria, pelo seu futuro e pelos seus direitos», mas «pontualmente, em momentos eleitorais, apoiam os que querem ou aceitam o fecho da Refinaria do Porto».
A CCT reclama que, no corrente ano, a administração defina claramente as questões essenciais para garantir o futuro harmonioso do complexo fabril (designadamente os requisitos ambientais, os investimentos para a mais adequada produção, a instalação da central de cogeração com gás natural, um adequado quadro de pessoal).
Da governação do País e da Petrogal/Galp Energia a CCT espera que também seja provado o empenhamento em garantir o futuro da Refinaria, da refinação nacional e da empresa.
No Terminal de Leixões, ocorreu a 31 de Julho do ano passado um acidente, com incêndio. No entanto, «um ano e alguns dias passaram já, e ainda há quem fale no incêndio como se aquele tivesse sido na Refinaria, chegando alguns a não terem dúvidas, por acreditarem no que ouviram da boca de altos responsáveis», protesta a CCT. E recorda que, em afirmações peremptórias ou em omissões que deixaram passar a mentira, o primeiro-ministro (Santana Lopes) e o ministro das Obras Públicas (António Mexia, recentemente saído da presidência da administração da Petrogal), bem como um deputado do PS, em posterior debate parlamentar, «alimentaram essa ideia».
A ideia de que o incêndio ocorrera na Refinaria «foi uma nova ajuda aos interessados no fecho de tão importante complexo industrial», acusa a CCT, realçando que teve um tal efeito, que «ainda nos deparamos com perguntas do tipo “Como está agora a Refinaria?”, “Já há segurança? ” ou “Sempre fecha em 2010?”».
Enquanto a CCT «tem procurado clarificar tudo isto, evidenciando simultaneamente a importância real da Refinaria do Porto, para a região e para o País», verifica que «verdadeiro e constante empenhamento objectivo na sua salvaguarda assenta, fundamentalmente, nos seus trabalhadores, a todos os níveis, e nas suas organizações representativas, não podendo deixar de se registar, também, o papel que em sua defesa tem sido permanentemente desenvolvido pelo PCP, através de variadas iniciativas concretas».
Entende a comissão que, «por ser justo e por razões patrióticas, há que continuar a lutar pela Refinaria do Porto, como parte integrante do aparelho de refinação nacional».
No comunicado é apontado um curioso paralelo de atitudes contraditórias:
- em altura de eleições, quase todos os partidos defende a Refinaria e o seu futuro, mas rapidamente quase todos esquecem o que antes afirmaram; esses, «pontualmente estão com a Refinaria e os seus trabalhadores», mas «no dia-a-dia tudo isso ignoram»;
- o contrário acontece com muitos trabalhadores, que «no dia-a-dia, em conjunto, trabalham, defendem e lutam pela Refinaria, pelo seu futuro e pelos seus direitos», mas «pontualmente, em momentos eleitorais, apoiam os que querem ou aceitam o fecho da Refinaria do Porto».
A CCT reclama que, no corrente ano, a administração defina claramente as questões essenciais para garantir o futuro harmonioso do complexo fabril (designadamente os requisitos ambientais, os investimentos para a mais adequada produção, a instalação da central de cogeração com gás natural, um adequado quadro de pessoal).
Da governação do País e da Petrogal/Galp Energia a CCT espera que também seja provado o empenhamento em garantir o futuro da Refinaria, da refinação nacional e da empresa.