Reformados protestam na rua

Dirigentes e activistas da Inter-Reformados e do MURPI concentraram-se dia 23, na Praça da Figueira, para publicamente fazerem ouvir os seus protestos contra a política do Governo e exigirem mudanças que vão de encontro às aspirações e necessidades da população idosa e dos milhares de trabalhadores aposentados, que durante toda a vida activa fizeram os seus descontos para a Segurança Social.
A concentração teve lugar após concluídos os trabalhos do 4.º Encontro Distrital de Lisboa da organização de reformados da CGTP-IN. Foi analisada a actividade desenvolvida desde 2002, foram aprovadas uma resolução sobre acção reivindicativa e outra sobre a organização sindical dos reformados, e foi eleita a Direcção Distrital da Inter-Reformados, com 36 membros. Os delegados aprovaram ainda uma moção a condenar a «política errada, injusta e imoral» do Governo do PS, na qual se começa por denunciar que o aumento dos impostos indirectos (IVA e impostos sobre combustíveis) «penaliza particularmente os pensionistas e os trabalhadores por conta de outrem».
As propostas reivindicativas da Inter-Reformados incluem o aumento das pensões, a melhoria dos cuidados de saúde, atenuação das dificuldades de dependência, o combate ao aumento dos transportes e das rendas de casa, a defesa de uma Segurança Social pública, uma vida digna para os reformados.
Durante a concentração, que serviu também para divulgar estas posições, esteve disponível um «livro de reclamações», onde dezenas de reformados inscreveram mensagens de protesto contra a política de direita e os governos que a executam.


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