Professores sem alternativa

«Estamos perante a maior e mais brutal ofensiva de um Governo contra o Estatuto da Carreira Docente e os seus pilares fundamentais, razão pela qual para os educadores e professores portugueses não há alternativa à continuação e aprofundamento da luta reivindicativa», afirmou o Secretariado Nacional da Fenprof, em comunicado após a reunião de segunda-feira, com o Ministério da Educação. Dias antes, a federação mostrara o seu cepticismo, pois havia «quase nula margem negocial».
O ME mereceu fortes críticas da Fenprof e dos sindicatos, especialmente pelo comportamento da ministra, do secretário de Estado adjunto e da Educação, e de direcções regionais da Educação. Ao fazer um balanço positivo da greve realizada entre 20 e 23 de Junho, com impacto diferido nas regiões e que manteve forte adesão até ao último dia, o secretário-geral da Fenprof denunciou, em Évora, diversas manobras para intimidar os professores e impedir um maior impacto da luta.
O Sindicato dos Professores da Região Centro declarou mesmo, a propósito da greve no Douro Sul, que «nenhum outro Governo criou um tal clima nas escolas». O SPRC averiguou junto da embaixada finlandesa que não eram verdadeiras as informações transmitidas pelo Presidente da República, pois os professores daquele país não permanecem nas escolas 50 horas por semana.


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