Lutas na ordem do dia

Amanhã estão em greve os trabalhadores da Refer e da EMEF, empresas do grupo CP. Na Refer, está em causa a negociação do regulamento de carreiras, a eliminação da discriminação na atribuição de um prémio a uma minoria de funcionários; segundo o SNTSF/CGTP-IN, a luta destina-se ainda a exigir a garantia de direitos ameaçados, como a dispensa trimestral, e o respeito do AE e do RC em vigor. Na EMEF, uma reunião com o presidente da administração confirmou as preocupações quanto ao futuro da empresa e dos postos de trabalho. A greve pretende a alteração dessa política, sobre a qual o Governo ainda não se pronunciou.
Na Carris, a greve realizada dia 23 teve uma adesão de cerca de 80 por cento. Vítor Pereira, dirigente da Festru/CGTP-IN, disse ainda ao Avante! que nesse dia teve lugar um plenário, com cerca de 300 trabalhadores, frente ao Ministério dos Transportes, reclamando ao ministro uma audiência e medidas para que a administração respeite o Acordo de Empresa e aceite a sua negociação até ao fim. «Continuaremos a luta, se não houve alteração das posições», disse aquele dirigente. Nesse dia estiveram também em greve os trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto.
Depois de dois dias de greve, que paralisou a recolha de lixo, os trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa iam ontem, em plenários, analisar a adopção de novas formas de luta, caso a CML se mantivesse intransigente quanto às reivindicações, relativas à recusa (aprovada pela maioria PSD/PP, com a abstenção do PS) da integração de vários trabalhadores em carreira de progressão vertical, como sucede noutros municípios.
Termina hoje um período de três dias de greves parciais na Vista Alegre Atlantis, em Alcobaça, que reclama a reposição da perda de poder de compra dos salários.
Na Lisnave e Gestnave os trabalhadores pararam dia 28 a cem por cento, reclamando resposta das administrações ao caderno reivindicativo.


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