Direita italiana culpa moeda europeia
Preparando o terreno para as eleições na Primavera do próximo ano, a direita italiana está a aproveitar a brecha aberta com a contestação do tratado, para culpar o euro pela profunda crise económica que afecta o país.
Em entrevista ao jornal La Repubblica, publicada na sexta-feira, dia 3, o ministro italiano do Trabalho, Roberto Maroni, constata que «desde há três anos, o euro não tem estado à altura para fazer face ao abrandamento da economia, à perda da competitividade e à crise do emprego».
Por isso interroga-se «se não seria melhor regressar, temporariamente, pelo menos ao sistema de dupla circulação?». «Não sou um nostálgico da lira, mas os gritos de ajuda dos cidadãos chegam aos nossos ouvidos». E acrescentou: «O euro é um filho legítimo do modelo europeu que nós vemos fracassar com apreensão».
Por seu turno, ministro das Reformas, Roberto Calderoli, propôs na segunda-feira, dia 6, o regresso à moeda nacional, a lira, mas indexada ao dólar. «Estudamos com economistas e especialistas em direito europeu o que fazer. Não há somente a hipótese de um regresso à lira. Pensamos igualmente na dupla circulação. Poderíamos também imaginar uma nova moeda, chamamo-la a Lira com L maiúsculo, ligada ao dólar», declarou o ministro numa entrevista ao mesmo diário.
Umberto Bossi, o líder deste pequeno partido de direita, anunciou entretanto o lançamento oficial no próximo dia 19 de uma campanha pela realização de um referendo sobre a moeda única europeia.
O próprio primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, embora se tenha demarcado destas posições, tem utilizado o mesmo tipo de argumentos para explicar as dificuldades económicas e a subida do custo de vida.
«O euro não foi uma decisão deste governo», declarou em Dezembro de 2003, no final da presidência italiana da UE, notando que «alguns países como a Inglaterra, abstiveram-se de adoptar a moeda única, com resultados muito favoráveis».
Não surpreende pois que um responsável regional da Liga do Norte, Massimo Cota, citado pelo Corriere de La Sera, tenha garantido que «Berlusconi pensa como nós» no que respeita ao euro.
Por isso interroga-se «se não seria melhor regressar, temporariamente, pelo menos ao sistema de dupla circulação?». «Não sou um nostálgico da lira, mas os gritos de ajuda dos cidadãos chegam aos nossos ouvidos». E acrescentou: «O euro é um filho legítimo do modelo europeu que nós vemos fracassar com apreensão».
Por seu turno, ministro das Reformas, Roberto Calderoli, propôs na segunda-feira, dia 6, o regresso à moeda nacional, a lira, mas indexada ao dólar. «Estudamos com economistas e especialistas em direito europeu o que fazer. Não há somente a hipótese de um regresso à lira. Pensamos igualmente na dupla circulação. Poderíamos também imaginar uma nova moeda, chamamo-la a Lira com L maiúsculo, ligada ao dólar», declarou o ministro numa entrevista ao mesmo diário.
Umberto Bossi, o líder deste pequeno partido de direita, anunciou entretanto o lançamento oficial no próximo dia 19 de uma campanha pela realização de um referendo sobre a moeda única europeia.
O próprio primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, embora se tenha demarcado destas posições, tem utilizado o mesmo tipo de argumentos para explicar as dificuldades económicas e a subida do custo de vida.
«O euro não foi uma decisão deste governo», declarou em Dezembro de 2003, no final da presidência italiana da UE, notando que «alguns países como a Inglaterra, abstiveram-se de adoptar a moeda única, com resultados muito favoráveis».
Não surpreende pois que um responsável regional da Liga do Norte, Massimo Cota, citado pelo Corriere de La Sera, tenha garantido que «Berlusconi pensa como nós» no que respeita ao euro.