Em defesa do petróleo e contra o terrorismo
Milhares de venezuelanos marcharam em Caracas, no sábado passado, em defesa de Petróleos de Venezuela (PDVSA) e contra o terrorismo.
Segundo as agências internacionais, nomeadamente a BBC, dezenas de milhares de bolivarianos partiram do oeste da cidade e dirigiram-se até à baixa para terminar na ampla Avenida Bolívar, tradicional sítio de concentração das forças que apoiam o processo de mudanças que vive o país.
Perante a enorme e combativa massa humana, que vestia predominantemente as cores avermelhadas do movimento bolivariano, o vice-presidente da República, Vicente Rangel, denunciou estar em marcha «um segundo assalto contra a indústria petrolífera e a Constituição Nacional».
«Por aí andam outra vez os golpistas (…) tratando de aquecer as orelhas dos militares venezuelanos» com projectos que incluem a «eliminação física do Presidente da República», afirmou Rangel.
Garantindo que a oposição venezuelana está isolada a nível interno e só conta com o apoio do governo norte-americano, o vice-presidente apelou à população para que esteja «atenta e vigilante» por forma a evitar a reedição das campanhas de desestabilização registadas no passado recente.
Recorda-se que desde finais de 2002 a Fevereiro de 2003, a oposição reaccionária, apoiada por Washington, avançou com uma greve na indústria, que foi acompanhada de actos de sabotagem e causou perdas na ordem do 20 mil milhões de dólares.
Actualmente, essa mesma oposição desenvolve uma feroz campanha mediática, fundamentada em mentiras e meias verdades, com o intuito de destruir a indústria e retirar ao governo uma das suas principais armas de apoio económico para continuar com os programas sociais.
Terrorismo mediático
Exemplo elucidativo dessa campanha foi dado pelo jornal El Nacional, que no final da semana passada, citando a agência Reuters, publicou uma notícia sobre um alegado incêndio em instalações da PDVSA. De acordo com um comunicado da própria agência, a referida notícia data de há um ano - 26 de Maio de 2004 - pelo que a «informação» dada pelo El Nacional é falsa.
«Trata-se de mais um acto de imoralidade jornalística, de falta de profissionalismo e que põe completamente a nu o que é a manipulação mediática contra a indústria petrolífera», sublinhou o vice-presidente Rangel, considerando que o jornal devia envergonhar-se destas manobras, do ponto de vista profissional, mas também do ponto de vista patriótico porque «quando se prejudica a PDVSA está a prejudicar-se o país e os venezuelanos».
Referindo-se ao outro motivo da manifestação, a luta contra o terrorismo e o caso de Posada Carriles, Rangel lembrou a necessidade de não individualizar o terrorismo detrás de uma só cara. O terrorismo internacional, disse, deve entender-se como «algo completo, como o terrorismo da família Bush, pai e filho».
Ao contrário do que é habitual, desta vez o presidente Hugo Chávez não se dirigiu à multidão. O motivo, segundo Vicente Rangel, tem a ver com os afazeres e a vida familiar do presidente que «é um ser humano», e «não pode estar permanentemente em todos os sítios».
A ausência de Chávez suscitou especulações, ampliadas no domingo pelo facto de o popular programa «Aló Presidente» ter sido substituído pela transmissão dos encontros da Liga de Voleibol entre o Brasil e a Venezuela. Segundo as autoridades, a substituição deveu-se a «compromissos internacionais previamente assumidos».
No início da semana, ao participar na habitual reunião do conselho de ministros, Hugo Chávez comentou com humor os rumores sobre a sua ausência no fim-de-semana: «Pelo vistos faço-lhes falta, inclusive à oposição».
Carriles pode ser extraditado
A embaixada norte-americana na Venezuela divulgou na passada sexta-feira, na sua página na internet, uma nota em que se afirma que o governo dos EUA «não rejeitou a petição venezuelana de extradição de Luís Posada Carriles», mas sim que «o Departamento de Justiça dos Estados Unidos recusou, a 27 de Maio, um pedido da Venezuela de prisão provisória contra Luís Posada Carriles devido a insuficiente informação sobre o assunto».
A referida nota informa ainda que Carriles se encontra «detido, sem direito a fiança», numa prisão dos EUA e que a Venezuela ainda pode solicitar a sua extradição ao abrigo do tratado de extradição existente entre os dois países. Até ao momento, afirma a embaixada, o governo norte-americano «não recebeu nenhum pedido de extradição».
Carriles, recorda-se, evadiu-se de uma prisão venezuelana onde estava acusado do atentado terrorista contra um avião da companhia aérea cubana, que provocou a morte de 73 pessoas. Colaborador da CIA durante 12 anos, Carriles cometeu aquele hediondo crime em 1976, na altura em que Bush (pai) era director daquela organização. Mais tarde, já como presidente, Bush veio a indultar Orlando Bosh, outro terrorista que participou com Carriles no atentado. Bosh vive actualmente nos EUA.
Perante a enorme e combativa massa humana, que vestia predominantemente as cores avermelhadas do movimento bolivariano, o vice-presidente da República, Vicente Rangel, denunciou estar em marcha «um segundo assalto contra a indústria petrolífera e a Constituição Nacional».
«Por aí andam outra vez os golpistas (…) tratando de aquecer as orelhas dos militares venezuelanos» com projectos que incluem a «eliminação física do Presidente da República», afirmou Rangel.
Garantindo que a oposição venezuelana está isolada a nível interno e só conta com o apoio do governo norte-americano, o vice-presidente apelou à população para que esteja «atenta e vigilante» por forma a evitar a reedição das campanhas de desestabilização registadas no passado recente.
Recorda-se que desde finais de 2002 a Fevereiro de 2003, a oposição reaccionária, apoiada por Washington, avançou com uma greve na indústria, que foi acompanhada de actos de sabotagem e causou perdas na ordem do 20 mil milhões de dólares.
Actualmente, essa mesma oposição desenvolve uma feroz campanha mediática, fundamentada em mentiras e meias verdades, com o intuito de destruir a indústria e retirar ao governo uma das suas principais armas de apoio económico para continuar com os programas sociais.
Terrorismo mediático
Exemplo elucidativo dessa campanha foi dado pelo jornal El Nacional, que no final da semana passada, citando a agência Reuters, publicou uma notícia sobre um alegado incêndio em instalações da PDVSA. De acordo com um comunicado da própria agência, a referida notícia data de há um ano - 26 de Maio de 2004 - pelo que a «informação» dada pelo El Nacional é falsa.
«Trata-se de mais um acto de imoralidade jornalística, de falta de profissionalismo e que põe completamente a nu o que é a manipulação mediática contra a indústria petrolífera», sublinhou o vice-presidente Rangel, considerando que o jornal devia envergonhar-se destas manobras, do ponto de vista profissional, mas também do ponto de vista patriótico porque «quando se prejudica a PDVSA está a prejudicar-se o país e os venezuelanos».
Referindo-se ao outro motivo da manifestação, a luta contra o terrorismo e o caso de Posada Carriles, Rangel lembrou a necessidade de não individualizar o terrorismo detrás de uma só cara. O terrorismo internacional, disse, deve entender-se como «algo completo, como o terrorismo da família Bush, pai e filho».
Ao contrário do que é habitual, desta vez o presidente Hugo Chávez não se dirigiu à multidão. O motivo, segundo Vicente Rangel, tem a ver com os afazeres e a vida familiar do presidente que «é um ser humano», e «não pode estar permanentemente em todos os sítios».
A ausência de Chávez suscitou especulações, ampliadas no domingo pelo facto de o popular programa «Aló Presidente» ter sido substituído pela transmissão dos encontros da Liga de Voleibol entre o Brasil e a Venezuela. Segundo as autoridades, a substituição deveu-se a «compromissos internacionais previamente assumidos».
No início da semana, ao participar na habitual reunião do conselho de ministros, Hugo Chávez comentou com humor os rumores sobre a sua ausência no fim-de-semana: «Pelo vistos faço-lhes falta, inclusive à oposição».
Carriles pode ser extraditado
A embaixada norte-americana na Venezuela divulgou na passada sexta-feira, na sua página na internet, uma nota em que se afirma que o governo dos EUA «não rejeitou a petição venezuelana de extradição de Luís Posada Carriles», mas sim que «o Departamento de Justiça dos Estados Unidos recusou, a 27 de Maio, um pedido da Venezuela de prisão provisória contra Luís Posada Carriles devido a insuficiente informação sobre o assunto».
A referida nota informa ainda que Carriles se encontra «detido, sem direito a fiança», numa prisão dos EUA e que a Venezuela ainda pode solicitar a sua extradição ao abrigo do tratado de extradição existente entre os dois países. Até ao momento, afirma a embaixada, o governo norte-americano «não recebeu nenhum pedido de extradição».
Carriles, recorda-se, evadiu-se de uma prisão venezuelana onde estava acusado do atentado terrorista contra um avião da companhia aérea cubana, que provocou a morte de 73 pessoas. Colaborador da CIA durante 12 anos, Carriles cometeu aquele hediondo crime em 1976, na altura em que Bush (pai) era director daquela organização. Mais tarde, já como presidente, Bush veio a indultar Orlando Bosh, outro terrorista que participou com Carriles no atentado. Bosh vive actualmente nos EUA.