Beja aposta na inovação
Um sistema inovador baseado no reaproveitamento de águas residuais está instalado no novo Parque da Cidade de Beja, o que evita, mesmo em tempo de seca, problemas na rega dos respectivos espaços verdes e no abastecimento do lago.
«É uma mais-valia, não só económica como ambiental, ao nível da utilização do recurso água. Ainda para mais numa altura em que nos debatemos com problemas muito sérios derivados da seca», frisou, em declarações à Lusa, Manuel Camacho, vereador da Câmara Municipal de Beja.
O vereador garantiu ainda que o sistema é «inovador» e que, pelo menos no Sul do País, é «o único implementado» para a rega e manutenção de um parque urbano. «Já se começa a falar em reutilização de água deste género, nomeadamente para campos de Golfe, mas o sistema de Beja foi o primeiro a ser implementado», frisou.
Concebido no âmbito do Programa Beja Polis, inaugurado em Setembro, o Parque da Cidade estende-se por uma área de sete hectares e foi projectado pelos arquitectos paisagísticos Luís Cabral, Lucile Dubroca e Adelaide Sousa.
A água é o elemento central do projecto, com um lago de 140 metros de comprimento, e, situado numa região como o Alentejo, que clinicamente é afectada pela seca, como a deste ano, «não poderia deixar de lado essa preocupação», sublinhou Manuel Camacho.
«O parque inclui o lago, vários tanques, zonas relvadas e muitas espécies arbóreas. Por isso, desde o início, quisemos logo garantir que não viríamos a ter problemas com a rega e manutenção de todo o espaço», disse.
O sistema implementado assenta no reaproveitamento da água da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da bacia do Sado, localizada a três quilómetros de distância. «Fizemos o tratamento terciário desta água, afinado em fitolagoas. Isto que a água é encaminhada para essas lagoas, que contém determinadas algas, onde é limpa de materiais pesados e outros contaminantes, ficando praticamente pura», adiantou.
Atitude ecológica
Desta forma a autarquia do PCP assegura um caudal para regar e abastecer o lago e tanques do Parque da Cidade, sem implicar a utilização de água de abastecimento público ou riscos ambientais de contaminação. «O tratamento tem a maior qualidade, para impedir que as reservas aquíferas na zona da ETAR ou a Barragem do Roxo (que abastece a cidade) sejam contaminadas», sustentou.
A Câmara Municipal de Beja está tão satisfeita com os resultados que, inclusive, pensa já no alargamento do projecto a outras zonas da cidade. «Estamos a pensar estender o sistema para a rega de outros jardins, nomeadamente junto ao Castelo e na Rua de Lisboa. O objectivo é que tenhamos 30 ou 40 por cento da rega da cidade abrangida pela reutilização de águas residuais», revelou o autarca.
Este sistema «pesou» decisivamente para que o projecto do Parque da Cidade de Beja ficasse classificado em terceiro lugar, em Fevereiro, no Prémio Nacional de Arquitectura Paisagística.
«É uma mais-valia, não só económica como ambiental, ao nível da utilização do recurso água. Ainda para mais numa altura em que nos debatemos com problemas muito sérios derivados da seca», frisou, em declarações à Lusa, Manuel Camacho, vereador da Câmara Municipal de Beja.
O vereador garantiu ainda que o sistema é «inovador» e que, pelo menos no Sul do País, é «o único implementado» para a rega e manutenção de um parque urbano. «Já se começa a falar em reutilização de água deste género, nomeadamente para campos de Golfe, mas o sistema de Beja foi o primeiro a ser implementado», frisou.
Concebido no âmbito do Programa Beja Polis, inaugurado em Setembro, o Parque da Cidade estende-se por uma área de sete hectares e foi projectado pelos arquitectos paisagísticos Luís Cabral, Lucile Dubroca e Adelaide Sousa.
A água é o elemento central do projecto, com um lago de 140 metros de comprimento, e, situado numa região como o Alentejo, que clinicamente é afectada pela seca, como a deste ano, «não poderia deixar de lado essa preocupação», sublinhou Manuel Camacho.
«O parque inclui o lago, vários tanques, zonas relvadas e muitas espécies arbóreas. Por isso, desde o início, quisemos logo garantir que não viríamos a ter problemas com a rega e manutenção de todo o espaço», disse.
O sistema implementado assenta no reaproveitamento da água da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da bacia do Sado, localizada a três quilómetros de distância. «Fizemos o tratamento terciário desta água, afinado em fitolagoas. Isto que a água é encaminhada para essas lagoas, que contém determinadas algas, onde é limpa de materiais pesados e outros contaminantes, ficando praticamente pura», adiantou.
Atitude ecológica
Desta forma a autarquia do PCP assegura um caudal para regar e abastecer o lago e tanques do Parque da Cidade, sem implicar a utilização de água de abastecimento público ou riscos ambientais de contaminação. «O tratamento tem a maior qualidade, para impedir que as reservas aquíferas na zona da ETAR ou a Barragem do Roxo (que abastece a cidade) sejam contaminadas», sustentou.
A Câmara Municipal de Beja está tão satisfeita com os resultados que, inclusive, pensa já no alargamento do projecto a outras zonas da cidade. «Estamos a pensar estender o sistema para a rega de outros jardins, nomeadamente junto ao Castelo e na Rua de Lisboa. O objectivo é que tenhamos 30 ou 40 por cento da rega da cidade abrangida pela reutilização de águas residuais», revelou o autarca.
Este sistema «pesou» decisivamente para que o projecto do Parque da Cidade de Beja ficasse classificado em terceiro lugar, em Fevereiro, no Prémio Nacional de Arquitectura Paisagística.