Eleições nos Bancários do Norte
«A esperança reside na construção de uma alternativa, ao lado de todos os trabalhadores portugueses, ao lado da CGTP-IN», defende a Lista H.
Os bancários precisam de uma alternativa sindical
Na próxima terça-feira, dia 12, os associados do Sindicato dos Bancários do Norte elegem os órgãos sociais (Mesa da Assembleia Geral, do Conselho Geral e do Congresso, e Direcção) e os delegados ao Conselho Geral, as comissões sindicais de empresa, de delegação e de reformados. A tendência unitária apresentou listas próprias aos principais órgãos. Para a Direcção e Mesa, é a única alternativa à lista promovida pelas tendências socialista, social-democrata e democrata-cristã. Para o Conselho Geral, estas tendências, unidas no compromisso com a UGT, concorrem em listas separadas.
«Os bancários têm vindo a perder direitos e poder de compra, todas as alterações, na última revisão do Acordo Colectivo de Trabalho, foram desfavoráveis aos trabalhadores e até deixámos de ter um sindicato activo, a intervir nos locais de trabalho», disse o candidato a presidente da Direcção ao Avante!. António Oliveira Alves referiu que os sintomas da degradação sentem-se nas dezenas de associados que, todos os meses, abandonam o SBN, e até no cada vez pior funcionamento dos SAMS (assistência médica dos bancários).
Neste contexto, a Lista H defende que «a única saída é a ruptura e a construção de uma alternativa sindical de classe» – como afirma no manifesto eleitoral, distribuído aos trabalhadores e disponível na Internet ( www.listasunitarias-norte.com ).
«O SBN, outrora uma instituição prestigiada e forte, foi transformado num instrumento de humilhação duma classe digna e numa marioneta comandada de fora e que ninguém leva a sério», pois «ano após ano, os ugetistas foram entregando aos banqueiros, de mão beijada, os direitos e a dignidade que os bancários conquistaram em tempos idos e difíceis», acusam os comunistas e outros trabalhadores da Banca que integram a Lista H.
Enquanto «um grupo de maus dirigentes e comissários mantém, a todo o custo, o controlo da estrutura» do sindicato, e «os órgãos de decisão são formados, cada vez mais, por gente afastada dos locais de trabalho», as eleições «tornaram-se numa farsa». O manifesto unitário denuncia que, «ainda o próximo acto eleitoral não estava anunciado e já todo o aparelho das tendências que ocuparam o sindicato se desdobrava, com as viaturas e os dinheiros do sindicato, a formar listas e a arregimentar apoios».
Merece especial crítica a dimensão que ganhou a votação por correspondência (só numa semana e ainda antes de as candidaturas terem sido anunciadas, foram recebidos pela Mesa centenas de pedidos de sócios para votar por correspondência).
Além de ser «de difícil controlo» por quem não domine o SBN, como observou Oliveira Alves, os candidatos unitários alertam ainda para o que ficou conhecido como «o carrocel» dos votos por correspondência. Em eleições anteriores, «indivíduos afectos à direcção, muitas vezes deslocando-se em carros do sindicato, apresentam-se nos locais de trabalho a oferecerem-se, primeiro, para mandar o pedido do voto ao presidente da Mesa e, depois, para recolher e o voto e fazerem o respectivo registo nos CTT», relata a lista unitária, num comunicado, notando que, no final, «os votos por correspondência são quase todos a favor das tendências TSS, TSD e TSDC e para a direcção que essas tendências apoiam, com percentagens completamente diferentes das dos votos presenciais...»
Vitória no BPI
A Lista A (unitária) alcançou 1108 votos e conquistou 6 mandatos, nas recentes eleições para a Comissão de Trabalhadores do banco BPI, de acordo com o resultado final, divulgado esta semana. Com uma percentagem de votação superior a 50 por cento, obtém assim maioria absoluta na CT.
A Lista C, da tendência socialista, contou 576 votos e 3 mandatos, e a Lista B (TSD) ficou com 492 votos e 2 mandatos.
António Oliveira Alves, primeiro candidato da lista vencedora, valorizou os resultados de 23 de Março, notando que «houve uma grande renovação do pessoal do banco, muitos dos trabalhadores mais activos nas estruturas representativas reformaram-se», e que «nos serviços centrais, onde há mais participação e os bancários conhecem a nossa actividade, ganhámos com grande vantagem». Por outro lado, a lista do PS «teve a ajuda da Direcção dos sindicatos bancários da UGT, que se empenharam nestas eleições com meios e pessoas».
«Os bancários têm vindo a perder direitos e poder de compra, todas as alterações, na última revisão do Acordo Colectivo de Trabalho, foram desfavoráveis aos trabalhadores e até deixámos de ter um sindicato activo, a intervir nos locais de trabalho», disse o candidato a presidente da Direcção ao Avante!. António Oliveira Alves referiu que os sintomas da degradação sentem-se nas dezenas de associados que, todos os meses, abandonam o SBN, e até no cada vez pior funcionamento dos SAMS (assistência médica dos bancários).
Neste contexto, a Lista H defende que «a única saída é a ruptura e a construção de uma alternativa sindical de classe» – como afirma no manifesto eleitoral, distribuído aos trabalhadores e disponível na Internet ( www.listasunitarias-norte.com ).
«O SBN, outrora uma instituição prestigiada e forte, foi transformado num instrumento de humilhação duma classe digna e numa marioneta comandada de fora e que ninguém leva a sério», pois «ano após ano, os ugetistas foram entregando aos banqueiros, de mão beijada, os direitos e a dignidade que os bancários conquistaram em tempos idos e difíceis», acusam os comunistas e outros trabalhadores da Banca que integram a Lista H.
Enquanto «um grupo de maus dirigentes e comissários mantém, a todo o custo, o controlo da estrutura» do sindicato, e «os órgãos de decisão são formados, cada vez mais, por gente afastada dos locais de trabalho», as eleições «tornaram-se numa farsa». O manifesto unitário denuncia que, «ainda o próximo acto eleitoral não estava anunciado e já todo o aparelho das tendências que ocuparam o sindicato se desdobrava, com as viaturas e os dinheiros do sindicato, a formar listas e a arregimentar apoios».
Merece especial crítica a dimensão que ganhou a votação por correspondência (só numa semana e ainda antes de as candidaturas terem sido anunciadas, foram recebidos pela Mesa centenas de pedidos de sócios para votar por correspondência).
Além de ser «de difícil controlo» por quem não domine o SBN, como observou Oliveira Alves, os candidatos unitários alertam ainda para o que ficou conhecido como «o carrocel» dos votos por correspondência. Em eleições anteriores, «indivíduos afectos à direcção, muitas vezes deslocando-se em carros do sindicato, apresentam-se nos locais de trabalho a oferecerem-se, primeiro, para mandar o pedido do voto ao presidente da Mesa e, depois, para recolher e o voto e fazerem o respectivo registo nos CTT», relata a lista unitária, num comunicado, notando que, no final, «os votos por correspondência são quase todos a favor das tendências TSS, TSD e TSDC e para a direcção que essas tendências apoiam, com percentagens completamente diferentes das dos votos presenciais...»
Vitória no BPI
A Lista A (unitária) alcançou 1108 votos e conquistou 6 mandatos, nas recentes eleições para a Comissão de Trabalhadores do banco BPI, de acordo com o resultado final, divulgado esta semana. Com uma percentagem de votação superior a 50 por cento, obtém assim maioria absoluta na CT.
A Lista C, da tendência socialista, contou 576 votos e 3 mandatos, e a Lista B (TSD) ficou com 492 votos e 2 mandatos.
António Oliveira Alves, primeiro candidato da lista vencedora, valorizou os resultados de 23 de Março, notando que «houve uma grande renovação do pessoal do banco, muitos dos trabalhadores mais activos nas estruturas representativas reformaram-se», e que «nos serviços centrais, onde há mais participação e os bancários conhecem a nossa actividade, ganhámos com grande vantagem». Por outro lado, a lista do PS «teve a ajuda da Direcção dos sindicatos bancários da UGT, que se empenharam nestas eleições com meios e pessoas».