Menos dias de férias em ano de lucros

Provedora pouco misericordiosa

Maria José Nogueira Pinto, provedora da Santa Casa da Misericórdia, está a tentar reduzir os dias de férias dos trabalhadores da função pública com vínculo de emprego privado, ao serviço da instituição.
A denuncia proveio do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores, através de uma nota que salienta «o estranho espírito de Páscoa» da provedora, que fez chegar aos trabalhadores, junto com os recibos do vencimento de Março, uma folha onde são discriminadas as diminuições dos dias de férias de parte dos trabalhadores.
A discriminação é classificada de injusta e imoral, uma vez que reduz a estes trabalhadores o tempo de férias, mantendo os mesmos dias para os trabalhadores com vínculo ao emprego público, que desempenham as mesmas funções.
Por sinal, são funções de enorme desgaste físico e psicológico: o apoio e acompanhamento a grupos de risco, aos sem-abrigo, a pessoas de estratos carenciados ou debilitadas por razões de saúde ou idade.
O sindicato recorda ainda não ter havido qualquer actualização salarial para estes trabalhadores nos últimos dois anos.

Lucros fabulosos

Embora pretenda impor restrições remuneratórias aos seus trabalhadores, a Santa Casa não se pode queixar dos resultados obtido em 2004, e estima ter um lucro, em 2005, na ordem dos 455 milhões de euros, afirmou, no dia 28, o presidente do departamento de jogos da instituição, Fernando Paes Afonso.
O resultado previsto – motivado pelas apostas no euromilhões -, equivale a um acréscimo de 30 por cento, face aos resultados do ano passado tendo. Já em 2004, obteve um resultado 26 por cento acima do lucro conseguido em 2003.


Mais artigos de: Trabalhadores

CGTP intensifica a luta

Após o plenário, 1500 sindicalistas exigiram à porta da CIP, no dia 30, em Lisboa, o fim do bloqueio à contratação e a revogação das medidas mais graves do Código do Trabalho.

Carteiros de Arruda impedem transferência

Em Arruda dos Vinhos, os carteiros suspenderam a greve às horas extraordinárias que tinham convocada para dia 1, após terem tido garantias de que o centro de distribuição não será transferido para Alverca.Iniciada há mês e meio, a greve era mantida pelos oito carteiros que pararam 24 horas no dia 24 de Março e promoveram...

Pelo direito à negociação

Dirigentes e delegados do Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul exigiram no dia 1, em Lisboa, a revisão do contrato colectivo para o sector.

Barreiro esteve sem barcos

A ligação fluvial entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, em Lisboa, esteve parada no dia 30, devido à greve parcial de duas horas por turno, dos mestres de tráfego da Soflusa. A greve foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante, e prolongou-se de 29 de Março...

<em>Philips</em> de Ovar dá o «último passo»

A «reestruturação» anunciada pela SCBO (Philips Portuguesa), em Ovar, com extinção de 300 postos de trabalho (mais de metade dos funcionários), «não é mais do que o último passo do processo de encerramento» da fábrica de componentes bobinados – denunciou a Comissão de Trabalhadores, no parecer entregue à administração,...

Eleições nos Bancários do Norte

«A esperança reside na construção de uma alternativa, ao lado de todos os trabalhadores portugueses, ao lado da CGTP-IN», defende a Lista H.