Mentiras em Vialonga
A Comissão de Freguesia do PCP de Vialonga detectou, no ano passado, «grandes movimentações de terras» na Granja, em solos classificados como de RAN e REN, e informou, de imediato, os vereadores da CDU, solicitando-lhes a obtenção de esclarecimentos sobre a situação, junto da maioria PS em exercício.
Após várias reuniões públicas e visitas ao local, onde se verificou que os trabalhos não eram interrompidos e que as movimentações de terra davam lugar ao que parecia primeiro ir ser um arruamento, depois obras para colocação das respectivas infra-estruturas de saneamento, levantamento de um muro de vedação e, finalmente, uma estrutura tipo armazém, a CDU solicitou uma cópia dos autos do embargo, prometidos pelo Executivo PS, anunciando a intenção de apresentar queixa em tribunal contra os responsáveis.
Na resposta, o vereador Ramiro Matos (PS) deu instruções ao director do departamento que tutela, para fornecer à CDU dos documentos solicitados, informou que a contra-ordenação já tinha sido agravada por não ter sido cumprido o primeiro auto de embargo e ordenou o avanço imediato da selagem das instalações e procedimentos necessários ao desmantelamento e remoção do que lá tivesse sido edificado.
Passado algum tempo, na reunião de Câmara de 2 de Março, a CDU, no período antes da ordem dos trabalhos, deu conta que as obras foram levadas até ao fim. Por outro lado, continuando a CDU sem receber os documentos solicitados 15 dias antes e que desejava anexar à queixa a apresentar em tribunal, interpelou o vereador Ramiro Matos sobre o que se estaria a passar. Em resposta, a presidente da Câmara Municipal solicitou que o assunto fosse tratado no período final da reunião, de forma privada.
No final da reunião, foi distribuída, para conhecimento dos vereadores da oposição, uma carta dirigida à presidente de Câmara pelo empresário envolvido na ocupação, na qual se reconhece a ilegalidade da mesma e se apela a uma atitude «compreensiva».
Promessas de actuação
Nesse instante, José Neves, eleito pelo PCP, constatou que, afinal, o assunto era do inteiro conhecimento da maioria PS na autarquia.
«A solução encontrada pela maioria PS na Câmara Municipal, para este caso, não foi a melhor, não é legal e agrava a invasão do território concelhio com grandes espaços de armazenagem, a que vimos assistindo nos últimos anos, desta vez, recorrendo mesmo à alteração do uso do solo», afirmaram, este mês, os eleitos do PCP, em conferência de imprensa, advertindo que «não podem por isso calar a sua indignação pelos factos ocorridos» e informam que a queixa crime que anunciaram ir apresentar, em reunião de Câmara Municipal, contra os promotores do «crime ambiental» cometido em Vialonga, será agora extensivo à maioria absoluta que governa o município, pelo comportamento tido na gestão deste processo.
Após várias reuniões públicas e visitas ao local, onde se verificou que os trabalhos não eram interrompidos e que as movimentações de terra davam lugar ao que parecia primeiro ir ser um arruamento, depois obras para colocação das respectivas infra-estruturas de saneamento, levantamento de um muro de vedação e, finalmente, uma estrutura tipo armazém, a CDU solicitou uma cópia dos autos do embargo, prometidos pelo Executivo PS, anunciando a intenção de apresentar queixa em tribunal contra os responsáveis.
Na resposta, o vereador Ramiro Matos (PS) deu instruções ao director do departamento que tutela, para fornecer à CDU dos documentos solicitados, informou que a contra-ordenação já tinha sido agravada por não ter sido cumprido o primeiro auto de embargo e ordenou o avanço imediato da selagem das instalações e procedimentos necessários ao desmantelamento e remoção do que lá tivesse sido edificado.
Passado algum tempo, na reunião de Câmara de 2 de Março, a CDU, no período antes da ordem dos trabalhos, deu conta que as obras foram levadas até ao fim. Por outro lado, continuando a CDU sem receber os documentos solicitados 15 dias antes e que desejava anexar à queixa a apresentar em tribunal, interpelou o vereador Ramiro Matos sobre o que se estaria a passar. Em resposta, a presidente da Câmara Municipal solicitou que o assunto fosse tratado no período final da reunião, de forma privada.
No final da reunião, foi distribuída, para conhecimento dos vereadores da oposição, uma carta dirigida à presidente de Câmara pelo empresário envolvido na ocupação, na qual se reconhece a ilegalidade da mesma e se apela a uma atitude «compreensiva».
Promessas de actuação
Nesse instante, José Neves, eleito pelo PCP, constatou que, afinal, o assunto era do inteiro conhecimento da maioria PS na autarquia.
«A solução encontrada pela maioria PS na Câmara Municipal, para este caso, não foi a melhor, não é legal e agrava a invasão do território concelhio com grandes espaços de armazenagem, a que vimos assistindo nos últimos anos, desta vez, recorrendo mesmo à alteração do uso do solo», afirmaram, este mês, os eleitos do PCP, em conferência de imprensa, advertindo que «não podem por isso calar a sua indignação pelos factos ocorridos» e informam que a queixa crime que anunciaram ir apresentar, em reunião de Câmara Municipal, contra os promotores do «crime ambiental» cometido em Vialonga, será agora extensivo à maioria absoluta que governa o município, pelo comportamento tido na gestão deste processo.