Uma luta com razões
O PCP assinalou por todo o País o 8 de Março, contactando, nas ruas e nas empresas, milhares de mulheres. Na sede do Partido, o secretário-geral reafirmou o objectivo dos comunistas de emancipar a mulher das discriminações a que estão sujeitas.
Assiste-se a uma ofensiva ideológica e política contra as mulheres
«Sem mudanças profundas nas políticas económicas e sociais, a situação das mulheres no trabalho, na família e na sociedade tenderá a ficar mais distante da tão proclamada igualdade de direitos e de oportunidades», afirmou o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, perante dezenas de mulheres comunistas que se deslocaram à sede do Partido para um convívio comemorativo. Jerónimo de Sousa – ladeado por Fernanda Mateus, da Comissão Política, Manuela Pinto Ângelo, do Secretariado, e Teresa Chaveiro, dirigente da JCP – destacou a importância de realizar novas políticas «que visem uma adequada protecção da função social da maternidade-paternidade, dos direitos das mulheres na família, a par da criação de condições que permitam às mulheres uma maior participação social e política».
Recordando que para o PCP a «emancipação das mulheres significa, por um lado, a emancipação da mulher trabalhadora da opressão e exploração capitalista e, por outro, a emancipação das mulheres em geral das discriminações, desigualdades e injustiças a que estão sujeitas por razão do sexo», o secretário-geral avançou com propostas do PCP, levantadas, aliás, na campanha eleitoral para as legislativas: A revogação do Código do Trabalho, com o combate à discriminação salarial entre homens e mulheres; o combate ao desemprego feminino e em defesa do sector têxtil, com o accionamento da cláusula de salvaguarda; o aumento das reformas e do salário mínimo, para 400 euros, já em 2005; a despenalização do aborto, a pedido da mulher, até às 12 semanas, através da aprovação de uma lei na Assembleia da República.
Mas o PCP não se limita a comprometer-se a tudo fazer em defesa dos direitos das mulheres. Apela também a que as mulheres, especialmente as trabalhadoras, tomem «nas suas mãos a luta contra o conformismo, contra a destruição dos seus direitos, reforçando a sua luta e a sua acção organizadas por um presente e por um futuro que assegure o integral aproveitamento das suas capacidades produtivas e criativas» e que assegure a participação em igualdade em todas as esferas da vida.
Retrocessos perigosos
O secretário-geral comunista lembrou o significado histórico da data, desde o seu aparecimento em 1910, por proposta da comunista alemã Clara Zetkin, em homenagem à violenta repressão das trabalhadoras norte-americanas que reclamavam melhores condições de trabalho e de vida. E recordou também a importância que a data adquiriu em Portugal, mesmo durante o fascismo. Em 1962, 20 mil pessoas manifestaram-se no Porto e em 1970 a data foi assinalada por mulheres de Lisboa, Porto, Setúbal e Évora, com a distribuição de milhares de folhetos assinalando o Dia Internacional da Mulher, num contexto de luta em várias fábricas.
Destacando o impulso dado à emancipação da mulher pelo 25 de Abril de 1974, Jerónimo de Sousa lembrou que «trinta anos passados a situação da mulher está ainda muito longe de ser vivida em igualdade de direitos e oportunidades».Após grandes avanços verificados no século passado, lembrou o secretário-geral, assiste-se hoje a uma ofensiva conservadora do ponto de vista político e ideológico contra as mulheres e os seus direitos.
Em diversos locais do País, os comunistas contactaram – nas ruas e sobretudo nas empresas – com mulheres, distribuindo um folheto onde destacam as causas do PCP para a efectivação dos seus direitos e da tão almejada igualdade.
Almoço na sede
No dia anterior, e como vem sendo hábito desde há anos, os funcionários e outros militantes com tarefas centrais (ao todo mais de cem pessoas), encheram por completo o refeitório da Soeiro Pereira Gomes. Os motivos da celebração eram dois – o 84.º aniversário do Partido e os 30 anos sobre a comemoração em liberdade do Dia Internacional da Mulher. Coube a Armindo Miranda, da Comissão Política fazer uma intervenção.
Recordando que para o PCP a «emancipação das mulheres significa, por um lado, a emancipação da mulher trabalhadora da opressão e exploração capitalista e, por outro, a emancipação das mulheres em geral das discriminações, desigualdades e injustiças a que estão sujeitas por razão do sexo», o secretário-geral avançou com propostas do PCP, levantadas, aliás, na campanha eleitoral para as legislativas: A revogação do Código do Trabalho, com o combate à discriminação salarial entre homens e mulheres; o combate ao desemprego feminino e em defesa do sector têxtil, com o accionamento da cláusula de salvaguarda; o aumento das reformas e do salário mínimo, para 400 euros, já em 2005; a despenalização do aborto, a pedido da mulher, até às 12 semanas, através da aprovação de uma lei na Assembleia da República.
Mas o PCP não se limita a comprometer-se a tudo fazer em defesa dos direitos das mulheres. Apela também a que as mulheres, especialmente as trabalhadoras, tomem «nas suas mãos a luta contra o conformismo, contra a destruição dos seus direitos, reforçando a sua luta e a sua acção organizadas por um presente e por um futuro que assegure o integral aproveitamento das suas capacidades produtivas e criativas» e que assegure a participação em igualdade em todas as esferas da vida.
Retrocessos perigosos
O secretário-geral comunista lembrou o significado histórico da data, desde o seu aparecimento em 1910, por proposta da comunista alemã Clara Zetkin, em homenagem à violenta repressão das trabalhadoras norte-americanas que reclamavam melhores condições de trabalho e de vida. E recordou também a importância que a data adquiriu em Portugal, mesmo durante o fascismo. Em 1962, 20 mil pessoas manifestaram-se no Porto e em 1970 a data foi assinalada por mulheres de Lisboa, Porto, Setúbal e Évora, com a distribuição de milhares de folhetos assinalando o Dia Internacional da Mulher, num contexto de luta em várias fábricas.
Destacando o impulso dado à emancipação da mulher pelo 25 de Abril de 1974, Jerónimo de Sousa lembrou que «trinta anos passados a situação da mulher está ainda muito longe de ser vivida em igualdade de direitos e oportunidades».Após grandes avanços verificados no século passado, lembrou o secretário-geral, assiste-se hoje a uma ofensiva conservadora do ponto de vista político e ideológico contra as mulheres e os seus direitos.
Em diversos locais do País, os comunistas contactaram – nas ruas e sobretudo nas empresas – com mulheres, distribuindo um folheto onde destacam as causas do PCP para a efectivação dos seus direitos e da tão almejada igualdade.
Almoço na sede
No dia anterior, e como vem sendo hábito desde há anos, os funcionários e outros militantes com tarefas centrais (ao todo mais de cem pessoas), encheram por completo o refeitório da Soeiro Pereira Gomes. Os motivos da celebração eram dois – o 84.º aniversário do Partido e os 30 anos sobre a comemoração em liberdade do Dia Internacional da Mulher. Coube a Armindo Miranda, da Comissão Política fazer uma intervenção.