O paraíso das grandes fortunas
Paradoxal ou talvez não, só nos primeiros seis anos dos governos trabalhistas liderados por Tony Blair, no poder desde 1997, as grandes fortunas britânicas duplicaram para um valor de 797 mil milhões de libras (cerca de 1,2 mil milhões de euros).
Um por cento da população (600 mil pessoas) detém agora 23 por cento do total da riqueza nacional, o que constitui um recorde desde os anos 30, ao mesmo tempo que as camadas desfavorecidas viram a sua situação agravada.
Segundo números divulgados na sexta-feira, dia 4, pelo semanário britânico New Statesman, conhecido pela sua proximidade ideológica com o partido trabalhista, as políticas dos últimos anos fizeram com que a metade mais pobre dos britânicos tenha empobrecido em termos relativos, já que a parte da riqueza criada a que acede passou de dez para apenas cinco por cento.
«Em consequência da política seguida ou não seguida por Tony Blair e Gordon Brownm os britânicos mais ricos dão ao Estado uma parte menor dos seus rendimentos que o resto da população», acusa o New Statesman.
Os dados em que se baseia são claros: os 20 por cento mais ricos dos britânicos contribuem com apenas 34 por cento para as receitas fiscais, enquanto que os 20 por cento mais pobres são responsáveis por 42 por cento dos impostos cobrados.
«Londres terá actualmente 40 multimilionários, dos quais 13 são estrangeiros. Não outro local assim no mundo. Aqui são acolhidos de braços abertos, a capital britânica transformou-se no mais extraordinário paraíso fiscal do mundo», afirma o autor do artigo, John Kampfner.
Demonstrando que este é afinal o verdadeiro rumo da «terceira via», Tony Blair reagiu negativamente à proposta apresentada pelos liberais democratas, em 28 de Fevereiro, de criação de uma taxa de 50 por cento para rendimentos superiores a 100 mil libras (140 mil euros). O líder trabalhista qualificou tal medida de «perigosa» uma vez que «abrangeria muitas pessoas, e não apenas os super-ricos».
Na realidade, cálculos avançados pelo New Statesman indicam que naquele escalão de rendimentos estariam 419 mil britânicos, ou seja 0,9 por cento dos contribuintes.
Um por cento da população (600 mil pessoas) detém agora 23 por cento do total da riqueza nacional, o que constitui um recorde desde os anos 30, ao mesmo tempo que as camadas desfavorecidas viram a sua situação agravada.
Segundo números divulgados na sexta-feira, dia 4, pelo semanário britânico New Statesman, conhecido pela sua proximidade ideológica com o partido trabalhista, as políticas dos últimos anos fizeram com que a metade mais pobre dos britânicos tenha empobrecido em termos relativos, já que a parte da riqueza criada a que acede passou de dez para apenas cinco por cento.
«Em consequência da política seguida ou não seguida por Tony Blair e Gordon Brownm os britânicos mais ricos dão ao Estado uma parte menor dos seus rendimentos que o resto da população», acusa o New Statesman.
Os dados em que se baseia são claros: os 20 por cento mais ricos dos britânicos contribuem com apenas 34 por cento para as receitas fiscais, enquanto que os 20 por cento mais pobres são responsáveis por 42 por cento dos impostos cobrados.
«Londres terá actualmente 40 multimilionários, dos quais 13 são estrangeiros. Não outro local assim no mundo. Aqui são acolhidos de braços abertos, a capital britânica transformou-se no mais extraordinário paraíso fiscal do mundo», afirma o autor do artigo, John Kampfner.
Demonstrando que este é afinal o verdadeiro rumo da «terceira via», Tony Blair reagiu negativamente à proposta apresentada pelos liberais democratas, em 28 de Fevereiro, de criação de uma taxa de 50 por cento para rendimentos superiores a 100 mil libras (140 mil euros). O líder trabalhista qualificou tal medida de «perigosa» uma vez que «abrangeria muitas pessoas, e não apenas os super-ricos».
Na realidade, cálculos avançados pelo New Statesman indicam que naquele escalão de rendimentos estariam 419 mil britânicos, ou seja 0,9 por cento dos contribuintes.