Votar seguindo a luta
Os trabalhadores da Administração Pública lutaram por uma política diferente e «não querem “mais do mesmo”, não querem uma mera mudança de personagens».
Há que eleger deputados que respondam aos anseios e aspirações de quem trabalha
Reunida na semana passada, na Casa do Alentejo, em Lisboa, a cimeira da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública aprovou um manifesto, face à próxima realização de eleições legislativas, centrado no conteúdo de uma política alternativa para o sector.
No documento, salienta-se que «é imprescindível que as mulheres e homens que venham a ser eleitos correspondam aos anseios e aspirações de quem trabalha». Os dirigentes das cerca de três dezenas de organizações sindicais que integram a Frente Comum afirmam que «os trabalhadores da Administração Pública não querem “mais do mesmo”, não querem uma mera mudança de personagens, mas sim uma alternativa política», a qual «terá que assentar não em qualquer pacto de regime, sem conteúdo substantivo, mas no respeito pela Constituição da República Portuguesa e nos direitos dos trabalhadores na mesma consagrados».
A Frente Comum apela aos trabalhadores para que «participem com determinação e confiança no esclarecimento e na mobilização de todos quantos querem uma política alternativa» e para que, no dia 20, «votem defendendo os seus direitos e os interesses do País, na perspectiva de uma política alternativa e de melhores condições para o sucesso das lutas que, sempre que necessário, continuarão a desenvolver».
Os trabalhadores da Administração Pública «votarão a 20 de Fevereiro com a consciência de que a luta foi e continuará a ser determinante para a defesa dos direitos, para a construção de uma verdadeira política alternativa, para a defesa do próprio regime democrático», afirma a Frente Comum de Sindicatos.
Dignificar e democratizar
No manifesto «Pela dignificação e democratização da Administração Pública e pela valorização dos seus trabalhadores», a Frente Comum reafirma que «uma política alternativa tem que respeitar as funções sociais do Estado constitucionalmente consagradas», encarando-as «em toda a sua plenitude», tanto na Administração Central, Local e Regional, como em todas áreas de intervenção (educação, saúde, Segurança Social, justiça, protecção do ambiente, recolha e tratamento de resíduos, abastecimento de água, ordenamento do território, segurança pública, defesa nacional, investigação científica, cultura, inspecções, protecção florestal e outras).
Considerando a Administração Pública, nesta plenitude de âmbito, com um instrumento estruturante fundamental para o País, a Frente Comum salienta que a dignificação e democratização da Administração são indissociáveis de «uma política que dignifique, valorize e respeite a dignidade pessoal e profissional dos seus trabalhadores e que não os considere como meros “pesos orçamentais” que devem “emagrecer” em nome do equilíbrio orçamental».
No manifesto é condenada a prática de «diabolizar tudo o que é público, sacralizar a gestão privada». Esta tem-se traduzido «pela entrega ao poder económico dominante de tudo o que é lucrativo, fazendo recair os custos nos contribuintes».
«Estas têm sido as linhas de força das políticas de sucessivos governos e que exigem alteração, para que se abra caminho a uma política efectivamente alternativa», refere o manifesto.
Reivindicações actuais
As reivindicações constantes da Proposta Reivindicativa para 2005, ignoradas pelo ministro Bagão Félix e pelo Governo PSD/PP, mantêm-se actuais, defendendo a Frente Comum que «o próximo Governo deverá abrir um efectivo processo negocial, dando resposta às mesmas».
Entre outras, o manifesto refere:
Uma efectiva valorização dos salários e pensões
A revogação dos diplomas que puseram em causa os direitos referentes à aposentação
Revogação de todas as normas gravosas do Código de Trabalho e da legislação laboral lesiva de direitos (contrato individual de trabalho, lei-quadro dos institutos públicos, administração directa do Estado, avaliação de desempenho);
Estabilidade de emprego, integrando nos quadros, com vínculo de emprego público, todos os trabalhadores que desempenhem funções permanentes
Recondução dos Hospitais SA ao sector público administrativo
Revogação da Lei de Bases da Segurança Social
A defesa de uma Escola pública gratuita, democrática e de qualidade.
A Frente Comum reafirma. no manifesto, a sua determinação em mobilizar os trabalhadores «para as formas de luta que em cada momento se vierem a considerar mais adequadas para a concretização das reivindicações constantes da PR/2005».
No documento, salienta-se que «é imprescindível que as mulheres e homens que venham a ser eleitos correspondam aos anseios e aspirações de quem trabalha». Os dirigentes das cerca de três dezenas de organizações sindicais que integram a Frente Comum afirmam que «os trabalhadores da Administração Pública não querem “mais do mesmo”, não querem uma mera mudança de personagens, mas sim uma alternativa política», a qual «terá que assentar não em qualquer pacto de regime, sem conteúdo substantivo, mas no respeito pela Constituição da República Portuguesa e nos direitos dos trabalhadores na mesma consagrados».
A Frente Comum apela aos trabalhadores para que «participem com determinação e confiança no esclarecimento e na mobilização de todos quantos querem uma política alternativa» e para que, no dia 20, «votem defendendo os seus direitos e os interesses do País, na perspectiva de uma política alternativa e de melhores condições para o sucesso das lutas que, sempre que necessário, continuarão a desenvolver».
Os trabalhadores da Administração Pública «votarão a 20 de Fevereiro com a consciência de que a luta foi e continuará a ser determinante para a defesa dos direitos, para a construção de uma verdadeira política alternativa, para a defesa do próprio regime democrático», afirma a Frente Comum de Sindicatos.
Dignificar e democratizar
No manifesto «Pela dignificação e democratização da Administração Pública e pela valorização dos seus trabalhadores», a Frente Comum reafirma que «uma política alternativa tem que respeitar as funções sociais do Estado constitucionalmente consagradas», encarando-as «em toda a sua plenitude», tanto na Administração Central, Local e Regional, como em todas áreas de intervenção (educação, saúde, Segurança Social, justiça, protecção do ambiente, recolha e tratamento de resíduos, abastecimento de água, ordenamento do território, segurança pública, defesa nacional, investigação científica, cultura, inspecções, protecção florestal e outras).
Considerando a Administração Pública, nesta plenitude de âmbito, com um instrumento estruturante fundamental para o País, a Frente Comum salienta que a dignificação e democratização da Administração são indissociáveis de «uma política que dignifique, valorize e respeite a dignidade pessoal e profissional dos seus trabalhadores e que não os considere como meros “pesos orçamentais” que devem “emagrecer” em nome do equilíbrio orçamental».
No manifesto é condenada a prática de «diabolizar tudo o que é público, sacralizar a gestão privada». Esta tem-se traduzido «pela entrega ao poder económico dominante de tudo o que é lucrativo, fazendo recair os custos nos contribuintes».
«Estas têm sido as linhas de força das políticas de sucessivos governos e que exigem alteração, para que se abra caminho a uma política efectivamente alternativa», refere o manifesto.
Reivindicações actuais
As reivindicações constantes da Proposta Reivindicativa para 2005, ignoradas pelo ministro Bagão Félix e pelo Governo PSD/PP, mantêm-se actuais, defendendo a Frente Comum que «o próximo Governo deverá abrir um efectivo processo negocial, dando resposta às mesmas».
Entre outras, o manifesto refere:
Uma efectiva valorização dos salários e pensões
A revogação dos diplomas que puseram em causa os direitos referentes à aposentação
Revogação de todas as normas gravosas do Código de Trabalho e da legislação laboral lesiva de direitos (contrato individual de trabalho, lei-quadro dos institutos públicos, administração directa do Estado, avaliação de desempenho);
Estabilidade de emprego, integrando nos quadros, com vínculo de emprego público, todos os trabalhadores que desempenhem funções permanentes
Recondução dos Hospitais SA ao sector público administrativo
Revogação da Lei de Bases da Segurança Social
A defesa de uma Escola pública gratuita, democrática e de qualidade.
A Frente Comum reafirma. no manifesto, a sua determinação em mobilizar os trabalhadores «para as formas de luta que em cada momento se vierem a considerar mais adequadas para a concretização das reivindicações constantes da PR/2005».