Catástrofe na Ásia

Venezuela solidária

O presidente Hugo Chávez apela a «medidas mais contundentes» no apoio aos países vítimas do tsunami, como a abolição das respectivas dívidas externas.
«Esta foi uma tragédia sem precedentes que afecta os nossos irmãos da Ásia. O número de vítimas continua a aumentar todos os dias, já se fala de mais de 200 000, e há ilhas completamente arrasada. (...) Apelo ao país para que converta esta situação numa causa nacional, numa campanha de solidariedade» - disse o presidente da Venezuela no seu programa semanal «Allô Presidente».
Exortando os venezuelanos a participarem na campanha nem que seja com um bolívar (moeda nacional), Chávez informou que vai disponibilizar 150 000 dólares para ajuda às vítimas do maremoto. O montante, explicou, é parte do prémio Gaddafi - cujo valor total é de 250 000 dólares - que recebeu do governo líbio em Novembro último, pelo seu papel em prol dos direitos dos povos. O restante do prémio será destinado a patrocinar um encontro de intelectuais internacionais na Venezuela.

A terra a quem a trabalha

Na sua comunicação ao país, Hugo Chávez reafirmou ainda a decisão de prosseguir a luta contra o latifúndio, de forma a alcançar uma redistribuição equitativa e justa da terra para consolidar a democracia económica.
O chamado Decreto Presidencial sobre a Posse da Terra, promulgado esta semana, visa recuperar um total de nove milhões de hectares de terra abandonados pelos latifundiários e pô-los a produzir, dando trabalho a milhares de famílias em todo o país, que receberão Cartas Agrícolas para legitimar o usufruto das terras.
O presidente venezuelano denunciou, por outro lado, que a polícia colombiana mentiu ao presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, a propósito do recente sequestro, em território da Venezuela, do dirigentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Rodrigo Granda.
Granda terá capturado em Caracas e levado para Bogotá, capital da Colômbia, o que a confirmar-se, segundo Chávez, representa uma violação da soberania nacional que não poderá deixar de afectar as relações entre os dois países.


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