Pescas na UE

Portugal perde frota e produção

A produção total da pesca diminuiu 17 por cento nos 25 Estados membros da União Europeia, entre 1995 e 2002, mas Portugal registou no mesmo período uma queda mais acentuada de 22 por cento.
Segundo dados divulgados pelo Eurostat, na terça-feira, 11, a UE produziu 7,6 milhões de toneladas de pescado em 2002, cerca de cinco por cento da produção mundial que, por sua vez, cresceu 17 por cento nos sete anos abrangidos pelo estudo (até 2002).
A frota europeia sofreu uma redução de 15 por cento, ou seja de 104 mil para 88 mil embarcações, entre 1995 e 2003. À excepção da França, que conseguiu aumentar em 1500 o número de navios, todo os outros países reduziram as respectivas frotas. As maiores diminuições verificaram-se em Espanha, que perdeu quatro mil barcos, Itália, com menos 3,4 mil barcos e Reino Unido, com menos 2,7 mil barcos.
Em 2003, a maior frota pertencia à Grécia, que detinha 19 mil embarcações, seguida da Itália, com 15,7 mil e Espanha, com 14,4 mil. Portugal dispunha à data de com 10,3 mil barcos de pesca.
Contudo, em termos de tonelagem (indicador que reflecte a capacidade e dimensão dos barcos), a Espanha surge destacada no primeiro lugar com 490 mil toneladas, seguida da França e Reino Unido, ambos com 230 mil toneladas.
Portugal não só diminuiu o número de barcos (de 11.745 em 1995 para 10.264 em 2002), como reduziu a tonelagem que passou de 123 mil toneladas para 114 mil toneladas.
No capítulo das capturas, Dinamarca (com 1,47 milhões de toneladas), Espanha (1,15 milhões), França (950 mil toneladas) e Reino Unido (com 870 mil toneladas) foram os responsáveis por 60 por cento do total realizado em 2002.
Portugal passou de uma produção de 268,9 mil toneladas em 1995 para 198,7 mil em 2000, recuperando ligeiramente em 2002, para 210,8 mil toneladas. Em sete anos perdeu 22 por cento dos produtos da pesca.
No conjunto da UE, a aquicultura contribuiu com 1,12 milhões de toneladas e aumentou de um oitavo para um sexto a sua participação no total dos produtos da pesca. Em 2002, os maiores produtores de peixe em aquicultura eram a Espanha (260 mil toneladas), França (250 mil toneladas), seguidos de Itália e Reino Unido com 180 mil toneladas cada um.
No período em análise, quase todos os países comunitários registaram descidas da sua produção. Dinamarca e Espanha sofreram quebras de 28 e 18 por cento, respectivamente 570 mil e 260 mil toneladas; Polónia perdeu 44 por cento (-200 mil toneladas) e Itália menos 26 por cento (-160 mil toneladas). As únicas subidas na UE registaram-se na Lituânia (+157%), Hungria (+10 %) e a República Checa (+7%).
No espaço económico europeu (EEE), entre 1995 e 2002, a Noruega aumentou os produtos de pesca em 17 por cento, para 3,3 milhões de toneladas, enquanto a Islândia produziu 2,15 milhões de tonelada de pescado.


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