Mais uma portagem, não!
Mais um imposto, não! O PCP manifesta total oposição ao estabelecimento de qualquer imposto ou taxa ou portagem para entrar na cidade de Lisboa (e do Porto). Julgamos que igualmente se vão opor firmemente as Organizações de Setúbal, Porto e outros pontos afectados pela ideia brilhante, mais uma, do ministro Mexia.
Na semana passada, numa manhã de Outono, o País acordou com mais uma má notícia: o Governo propunha-se autorizar as câmaras que o entendessem a estabelecer uma portagem para entrar nas grandes cidades. Não era fixada pelo próprio Governo. Não, o odioso ficaria com as câmaras que assim o deliberassem.
Tudo isto, a pretexto de pretender implantar medidas de redução do consumo de gasolina e gasóleo, e de contribuir para a melhoria do Ambiente nas cidades, incentivando o uso do transporte público.
Pior ainda: o governo comparava esta medida ao que se passa em Londres.
Pelos vistos, a comparação é para ser feita só nesse «pequeno» ponto: o imposto, a taxa, a portagem.
Aliás, em matéria de opções, tudo passa por uma política de estacionamento muito mais activa e pela melhoria dos transportes públicos.
Melhorar os transportes
De cada vez que se fala de transportes públicos, vem sempre à baila a questão central: os actuais modelos quer de carreiras quer de comboios e metro estão em parte ultrapassados, são pouco confortáveis, estão mal articulados entre si, não são operacionais para dar resposta cabal à diversidade das necessidades.
Por outro lado, as coroas dos passes sociais, como vem sendo dito e provado, não são ajustadas às necessidades. Devem ser alargadas.
Os passes sociais são caros, e devem ser mais acessíveis à generalidade dos cidadãos.
Tudo isso precisa de ser alterado, melhorado.
Mas todas estas medidas, que são urgentes, e bem assim ainda a melhoria das acessibilidades das cidades devem ser executadas com as verbas do Orçamento do Estado e não com novos impostos.
Não faz sentido que se sobrecarreguem ainda mais os cidadãos que já pagam tanto em impostos. É que, de cada vez que é preciso melhorar alguma coisa, quer sejam os transportes, quer sejam as acessibilidades nas cidades, são sempre aventadas hipóteses de novos impostos a carregar ainda mais os orçamentos familiares.
CML quer apoiar?
Esta não é a primeira vez que a ideia é lançada, pois já Santana Lopes enquanto Presidente da CML viera com essa hipótese, tendo logo desistido perante a forte oposição.
Agora, o Governo avança e Carmona Rodrigues parece querer apoiar.
Os cidadãos não suportariam mais este imposto, a acumular com outros recentes no País e em Lisboa: portagens nos itinerários principais e auto-estradas que eram isentas (as SCUTs), taxas das entradas em bairros históricos de Lisboa, bilhetes para visitar o castelo de São Jorge, aumento recente das tarifas/passes sociais dos transportes públicos… Agora, as portagens para entrar em Lisboa e Porto.
É de mais.
Os principais prejudicados com uma tal medida seriam os muitos milhares de cidadãos que saem de Lisboa para trabalhar ou passear e ao regressar pagariam a tal portagem; e as dezenas de milhares de cidadãos que vêm dos concelhos limítrofes todos os dias para exercerem a sua actividade profissional.
Reacções negativas
Essa ideia peregrina de introduzir um novo imposto há-de seguramente provocar a maior das reacções populares negativas. Os cidadãos que residem nos arredores, os vendedores que precisam de entrar e sair várias vezes ao dia, todos aqueles para cuja vida profissional ou outra, os transportes públicos não oferecem nem estabilidade nem operacionalidade, todos hão-de dizer de sua justiça.
Há que recordar o que se passou há dez anos.
Por muito menos do que isso, houve em 1994/95 o bloqueio da Ponte 25 de Abril quando o Governo de Cavaco Silva queria aumentar as portagens. A experiência demonstra que, na zona urbana e suburbana, qualquer destas alterações provoca desequilíbrios inimagináveis…
O Governo de Santana Lopes está à procura de uma grande guerra com o povo, quando se mete por estes caminhos.
Oposição cerrada do PCP
Mal iria a política no nosso País se esta ideia viesse a vingar. Mal iriam os eleitos da cidade de Lisboa e dos arredores se esta ideia não suscitasse a maior das oposições de imediato.
Os comunistas tudo farão para isso, e vão fazê-lo, seguramente, em todos os órgãos de Poder Local e junto das camadas mais afectadas da população.
Neste quadro, e por todas as razões, o PCP declara-se, desde a primeira hora, frontalmente contra qualquer novo imposto, seja ele de portagem para entrar nas grandes cidades seja de portagens para circular nas auto-estradas isentas, seja qualquer outra invenção que o Governo de Santana Lopes venha a criar, de cada vez que acorda e precisa de dinheiro, por ter esbanjado as verbas do Orçamento do Estado em opções erradas.
Na semana passada, numa manhã de Outono, o País acordou com mais uma má notícia: o Governo propunha-se autorizar as câmaras que o entendessem a estabelecer uma portagem para entrar nas grandes cidades. Não era fixada pelo próprio Governo. Não, o odioso ficaria com as câmaras que assim o deliberassem.
Tudo isto, a pretexto de pretender implantar medidas de redução do consumo de gasolina e gasóleo, e de contribuir para a melhoria do Ambiente nas cidades, incentivando o uso do transporte público.
Pior ainda: o governo comparava esta medida ao que se passa em Londres.
Pelos vistos, a comparação é para ser feita só nesse «pequeno» ponto: o imposto, a taxa, a portagem.
Aliás, em matéria de opções, tudo passa por uma política de estacionamento muito mais activa e pela melhoria dos transportes públicos.
Melhorar os transportes
De cada vez que se fala de transportes públicos, vem sempre à baila a questão central: os actuais modelos quer de carreiras quer de comboios e metro estão em parte ultrapassados, são pouco confortáveis, estão mal articulados entre si, não são operacionais para dar resposta cabal à diversidade das necessidades.
Por outro lado, as coroas dos passes sociais, como vem sendo dito e provado, não são ajustadas às necessidades. Devem ser alargadas.
Os passes sociais são caros, e devem ser mais acessíveis à generalidade dos cidadãos.
Tudo isso precisa de ser alterado, melhorado.
Mas todas estas medidas, que são urgentes, e bem assim ainda a melhoria das acessibilidades das cidades devem ser executadas com as verbas do Orçamento do Estado e não com novos impostos.
Não faz sentido que se sobrecarreguem ainda mais os cidadãos que já pagam tanto em impostos. É que, de cada vez que é preciso melhorar alguma coisa, quer sejam os transportes, quer sejam as acessibilidades nas cidades, são sempre aventadas hipóteses de novos impostos a carregar ainda mais os orçamentos familiares.
CML quer apoiar?
Esta não é a primeira vez que a ideia é lançada, pois já Santana Lopes enquanto Presidente da CML viera com essa hipótese, tendo logo desistido perante a forte oposição.
Agora, o Governo avança e Carmona Rodrigues parece querer apoiar.
Os cidadãos não suportariam mais este imposto, a acumular com outros recentes no País e em Lisboa: portagens nos itinerários principais e auto-estradas que eram isentas (as SCUTs), taxas das entradas em bairros históricos de Lisboa, bilhetes para visitar o castelo de São Jorge, aumento recente das tarifas/passes sociais dos transportes públicos… Agora, as portagens para entrar em Lisboa e Porto.
É de mais.
Os principais prejudicados com uma tal medida seriam os muitos milhares de cidadãos que saem de Lisboa para trabalhar ou passear e ao regressar pagariam a tal portagem; e as dezenas de milhares de cidadãos que vêm dos concelhos limítrofes todos os dias para exercerem a sua actividade profissional.
Reacções negativas
Essa ideia peregrina de introduzir um novo imposto há-de seguramente provocar a maior das reacções populares negativas. Os cidadãos que residem nos arredores, os vendedores que precisam de entrar e sair várias vezes ao dia, todos aqueles para cuja vida profissional ou outra, os transportes públicos não oferecem nem estabilidade nem operacionalidade, todos hão-de dizer de sua justiça.
Há que recordar o que se passou há dez anos.
Por muito menos do que isso, houve em 1994/95 o bloqueio da Ponte 25 de Abril quando o Governo de Cavaco Silva queria aumentar as portagens. A experiência demonstra que, na zona urbana e suburbana, qualquer destas alterações provoca desequilíbrios inimagináveis…
O Governo de Santana Lopes está à procura de uma grande guerra com o povo, quando se mete por estes caminhos.
Oposição cerrada do PCP
Mal iria a política no nosso País se esta ideia viesse a vingar. Mal iriam os eleitos da cidade de Lisboa e dos arredores se esta ideia não suscitasse a maior das oposições de imediato.
Os comunistas tudo farão para isso, e vão fazê-lo, seguramente, em todos os órgãos de Poder Local e junto das camadas mais afectadas da população.
Neste quadro, e por todas as razões, o PCP declara-se, desde a primeira hora, frontalmente contra qualquer novo imposto, seja ele de portagem para entrar nas grandes cidades seja de portagens para circular nas auto-estradas isentas, seja qualquer outra invenção que o Governo de Santana Lopes venha a criar, de cada vez que acorda e precisa de dinheiro, por ter esbanjado as verbas do Orçamento do Estado em opções erradas.