Solidariedade internacional
No último dia da Festa, logo pela manhã, realizou-se o já habitual encontro entre as delegações estrangeiras e o PCP. O secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, acompanhado por José Casanova, membro da Comissão Política e director do Jornal Avante!, Rui Fernandes, do Secretariado, e Manuela Bernardino, da Comissão de Controlo e da Secção Internacional, receberam os numerosos convidados.
Agradecendo a presença destes, «uma grande manifestação de solidariedade para com a nossa Festa, o nosso Partido, a nossa luta, e para com o nosso povo», Carlos Carvalhas fez, em alguns minutos, um esboço do que aconteceu, de há um ano para cá, a nível da política nacional.
Para o futuro, Carlos Carvalhas salientou que o PCP vai continuar a desenvolver a luta, com o objectivo de derrubar o Governo, «o mais depressa possível». Como tarefas principais, falou-se nas eleições regionais da Madeira e dos Açores, já para Outubro, do XVII Congresso, em Novembro, e nas eleições autárquicas, no próximo ano. Ao nível do plano externo, o secretário-geral do PCP sublinhou, com factor de esperança, o facto de a «ofensiva do imperialismo» estar a sofre grandes e importantes derrotas, dando como exemplo a resistência no Iraque e a vitória eleitoral de Hugo Chávez, na Venezuela, entre outras.
No período aberto às delegações internacionais, Mohamed Seddiqui, da União Socialista das Forças Populares, quis saber o que leva um Presidente da República, que se apelida de esquerda, a concordar com as políticas do actual Governo, particularmente quando não convocou, como deveria, eleições antecipadas. «O Presidente da República teve receio da instabilidade, que o resultado das eleições exigisse um governo com suporte na Assembleia da República, nomeadamente do apoio do PCP e de outras forças de esquerda», explicou Carlos Carvalhas, salientando que Jorge Sampaio, com esta medida, «perdeu muito do seu prestígio, mesmo junto dos socialistas».
Por seu lado, Issan Beseisso, Delegado Geral da Palestina em Portugal, agradecendo o convite feito pelo PCP, sublinhou que, cada vez mais, «é preciso que os partidos comunistas e socialistas de todo o mundo pressionem Israel e os EUA, para que parem de agredir o povo palestiniano e a sua soberania». As eleições norte-americanas e o que pode mudar com um novo presidente, foi outro dos assuntos proferidos por Beseisso. «A solidariedade com o povo palestiniano, do Médio Oriente, deve ser intensificada», concordou o secretário-geral do PCP.
Também da Palestina, Hanan Awad, presidente da Liga Palestiniana para a Paz e Liberdade, em nome de Yasser Arafat, aproveitou a ocasião para saudar os 30 anos da Revolução de Abril, onde o PCP teve uma importância fundamental. Durante a iniciativa, chegaram ainda relatos do que tem sido as lutas dos operários da Alemanha.
O final do encontro contou com a entusiástica intervenção de António Villuendas, do Partido Comunista de Cuba, membro do Departamento Ideológico do CC, que reafirmou com vitalidade que a Revolução Cubana vai continuar.
O mundo na Festa
Durante os três dias, estiveram presentes na Atalaia as seguintes delegações: Alemanha - Partido Comunista Alemão/ DKP e Partido do Socialismo Democrático /PDS; Angola - MPLA; Bélgica - Partido do Trabalho; Bolívia - Partido Comunista da Bolívia; Brasil - Partido dos Trabalhadores e Partido Comunista do Brasil; Cabo Verde - PAICV, Chile - Partido Comunista do Chile; Chipre - AKEL; China - Partido Comunista da China; Colômbia - Revista Resistência e Partido Comunista Colombiano; Coreia - Partido do Trabalho da RPD Coreia; Cuba - Partido Comunista de Cuba; El Salvador - FMLN; Espanha - Partido Comunista de Espanha, Partido dos Comunistas da Catalunha e Bloco Nacionalista Galego; França - Partido Comunista Francês; Grã-Bretanha - Partido Comunista Britânico; Grécia - Partido Comunista da Grécia; Guiné Bissau - PAIGC; Itália - Partido da Refundação Comunista e Partido dos Comunistas Italianos; Japão - Partido Comunista Japonês; Marrocos - União Socialista das Forças Populares e União da Vanguarda Democrática Socialista; Moçambique - FRELIMO; Palestina - Frente Democrática para a Libertação da Palestina, Frente Popular de Libertação da Palestina e OLP; Peru - Partido Comunista Peruano; República Checa - Partido Comunista da Boémia e Morávia; Suécia - Partido da Esquerda; Timor-Leste - FRETILIN; Turquia - Partido Comunista da Turquia; Uruguai - Partido Comunista do Uruguai; Vietname - Partido Comunista do Vietname.
Francisco Frutos visita a Atalaia
Derrotar a política de direita
O secretário-geral do Partido Comunista de Espanha (PCE) visitou este ano, pela segunda vez, a Quinta da Atalaia. Aproveitando a oportunidade, o Avante! falou com Francisco Frutos, que nos contou o que mudou em Espanha com os atentados de 11 de Março.
Depois das eleições de 14 de Março o panorama político espanhol mudou. Com a derrota do Partido Popular e a ascensão do Partido Socialista (PS), sem maioria absoluta, mas com o apoio do Partido Republicano Catalão e da Esquerda Unida, «Espanha está melhor», segundo Francisco Frutos, secretário-geral do PCE
«Foi derrotada a política da guerra, a política da redução dos direitos sociais e a configuração de uma Europa mais conservadora», disse Frutos, destacando, por exemplo, como uma medida positiva, a retirada das tropas espanholas de território iraquiano.
Porque o encontro era internacionalista, o secretário-geral do PCE, comparando as eleições que se realizaram em Espanha com as que se vão executar nos EUA, sublinhou que o mundo só tem a ganhar com a derrota de George W. Bush. «Kerry não é certamente o nosso candidato preferido, no entanto, pensamos que seria importante, para o mundo, a derrota de Bush», disse, afirmando que, «quem apoia a guerra e a ocupação de um país, sai derrotado eleitoralmente».
Sobre a Festa do Avante!, iniciativa impar dos comunistas, Francisco Flores qualificou-a de, simplesmente, «extraordinária». «Aqui está a juventude, o povo, os trabalhadores, os intelectuais, aqui está Portugal vivo e activo», acentuou, valorizando a organização da Festa, «pelo grande equilíbrio político, social e lúdico, em todos os distritos do País, representados naquele espaço», disse.
«Esta força, num partido político, é muito importante», assinalou o secretário-geral do PCE, sublinhando que «se há este património cultural e político, organizado, é muito mais fácil combater, dar a volta e se fortalecer».
Agradecendo a presença destes, «uma grande manifestação de solidariedade para com a nossa Festa, o nosso Partido, a nossa luta, e para com o nosso povo», Carlos Carvalhas fez, em alguns minutos, um esboço do que aconteceu, de há um ano para cá, a nível da política nacional.
Para o futuro, Carlos Carvalhas salientou que o PCP vai continuar a desenvolver a luta, com o objectivo de derrubar o Governo, «o mais depressa possível». Como tarefas principais, falou-se nas eleições regionais da Madeira e dos Açores, já para Outubro, do XVII Congresso, em Novembro, e nas eleições autárquicas, no próximo ano. Ao nível do plano externo, o secretário-geral do PCP sublinhou, com factor de esperança, o facto de a «ofensiva do imperialismo» estar a sofre grandes e importantes derrotas, dando como exemplo a resistência no Iraque e a vitória eleitoral de Hugo Chávez, na Venezuela, entre outras.
No período aberto às delegações internacionais, Mohamed Seddiqui, da União Socialista das Forças Populares, quis saber o que leva um Presidente da República, que se apelida de esquerda, a concordar com as políticas do actual Governo, particularmente quando não convocou, como deveria, eleições antecipadas. «O Presidente da República teve receio da instabilidade, que o resultado das eleições exigisse um governo com suporte na Assembleia da República, nomeadamente do apoio do PCP e de outras forças de esquerda», explicou Carlos Carvalhas, salientando que Jorge Sampaio, com esta medida, «perdeu muito do seu prestígio, mesmo junto dos socialistas».
Por seu lado, Issan Beseisso, Delegado Geral da Palestina em Portugal, agradecendo o convite feito pelo PCP, sublinhou que, cada vez mais, «é preciso que os partidos comunistas e socialistas de todo o mundo pressionem Israel e os EUA, para que parem de agredir o povo palestiniano e a sua soberania». As eleições norte-americanas e o que pode mudar com um novo presidente, foi outro dos assuntos proferidos por Beseisso. «A solidariedade com o povo palestiniano, do Médio Oriente, deve ser intensificada», concordou o secretário-geral do PCP.
Também da Palestina, Hanan Awad, presidente da Liga Palestiniana para a Paz e Liberdade, em nome de Yasser Arafat, aproveitou a ocasião para saudar os 30 anos da Revolução de Abril, onde o PCP teve uma importância fundamental. Durante a iniciativa, chegaram ainda relatos do que tem sido as lutas dos operários da Alemanha.
O final do encontro contou com a entusiástica intervenção de António Villuendas, do Partido Comunista de Cuba, membro do Departamento Ideológico do CC, que reafirmou com vitalidade que a Revolução Cubana vai continuar.
O mundo na Festa
Durante os três dias, estiveram presentes na Atalaia as seguintes delegações: Alemanha - Partido Comunista Alemão/ DKP e Partido do Socialismo Democrático /PDS; Angola - MPLA; Bélgica - Partido do Trabalho; Bolívia - Partido Comunista da Bolívia; Brasil - Partido dos Trabalhadores e Partido Comunista do Brasil; Cabo Verde - PAICV, Chile - Partido Comunista do Chile; Chipre - AKEL; China - Partido Comunista da China; Colômbia - Revista Resistência e Partido Comunista Colombiano; Coreia - Partido do Trabalho da RPD Coreia; Cuba - Partido Comunista de Cuba; El Salvador - FMLN; Espanha - Partido Comunista de Espanha, Partido dos Comunistas da Catalunha e Bloco Nacionalista Galego; França - Partido Comunista Francês; Grã-Bretanha - Partido Comunista Britânico; Grécia - Partido Comunista da Grécia; Guiné Bissau - PAIGC; Itália - Partido da Refundação Comunista e Partido dos Comunistas Italianos; Japão - Partido Comunista Japonês; Marrocos - União Socialista das Forças Populares e União da Vanguarda Democrática Socialista; Moçambique - FRELIMO; Palestina - Frente Democrática para a Libertação da Palestina, Frente Popular de Libertação da Palestina e OLP; Peru - Partido Comunista Peruano; República Checa - Partido Comunista da Boémia e Morávia; Suécia - Partido da Esquerda; Timor-Leste - FRETILIN; Turquia - Partido Comunista da Turquia; Uruguai - Partido Comunista do Uruguai; Vietname - Partido Comunista do Vietname.
Francisco Frutos visita a Atalaia
Derrotar a política de direita
O secretário-geral do Partido Comunista de Espanha (PCE) visitou este ano, pela segunda vez, a Quinta da Atalaia. Aproveitando a oportunidade, o Avante! falou com Francisco Frutos, que nos contou o que mudou em Espanha com os atentados de 11 de Março.
Depois das eleições de 14 de Março o panorama político espanhol mudou. Com a derrota do Partido Popular e a ascensão do Partido Socialista (PS), sem maioria absoluta, mas com o apoio do Partido Republicano Catalão e da Esquerda Unida, «Espanha está melhor», segundo Francisco Frutos, secretário-geral do PCE
«Foi derrotada a política da guerra, a política da redução dos direitos sociais e a configuração de uma Europa mais conservadora», disse Frutos, destacando, por exemplo, como uma medida positiva, a retirada das tropas espanholas de território iraquiano.
Porque o encontro era internacionalista, o secretário-geral do PCE, comparando as eleições que se realizaram em Espanha com as que se vão executar nos EUA, sublinhou que o mundo só tem a ganhar com a derrota de George W. Bush. «Kerry não é certamente o nosso candidato preferido, no entanto, pensamos que seria importante, para o mundo, a derrota de Bush», disse, afirmando que, «quem apoia a guerra e a ocupação de um país, sai derrotado eleitoralmente».
Sobre a Festa do Avante!, iniciativa impar dos comunistas, Francisco Flores qualificou-a de, simplesmente, «extraordinária». «Aqui está a juventude, o povo, os trabalhadores, os intelectuais, aqui está Portugal vivo e activo», acentuou, valorizando a organização da Festa, «pelo grande equilíbrio político, social e lúdico, em todos os distritos do País, representados naquele espaço», disse.
«Esta força, num partido político, é muito importante», assinalou o secretário-geral do PCE, sublinhando que «se há este património cultural e político, organizado, é muito mais fácil combater, dar a volta e se fortalecer».