«Promiscuidade perigosa»
«Os Verdes» criticam a inexistência de um plano de segurança exterior à refinaria de Matosinhos da Petrogal que permitiria uma coordenação e troca de informação entre as autoridades.
«As coisas correram bem, mas podiam ter sido bem piores»
A dirigente Manuela Cunha, que falava aos jornalistas, na passada semana, durante uma visita ao local do acidente no terminal petroleiro do Porto de Leixões, criticou ainda «o desordenamento do território, levado a cabo de forma abusiva por certos autarcas». A ecologista afirmou que «para muitas autoridades envolvidas no combate às chamas, o dia do incêndio foi o primeiro em que estiveram frente a frente. Nota-se um certo amadorismo nisto tudo, aliás, comum na área do ambiente em Portugal».
«Deveria haver um trabalho prévio, através de reuniões regulares entre todas as partes, que permitisse serem treinados modelos de coordenação e de troca de informação de modo a facilitar o combate às chamas», defendeu, sublinhando que, «apesar de tudo, as coisas correram bem, mas podiam ter sido bem piores».
Manuela Cunha questionou ainda o que aconteceria se os piores cenários se colocassem: «existia algum plano de evacuação montado, que permitisse cortes de estrada e a deslocação das pessoas para os hospitais?». «Uma coisa são os planos da protecção civil, previstos na lei para cada município, e outra é um plano para o perigo específico como este da refinaria de Leça da Palmeira», sublinhou.
Esta questão, garantiu, será levantada pelo Partido Ecologista «Os Verdes» na Assembleia da República, assim como os problemas de ordenamento resultantes da «promiscuidade perigosa» entre instalações de perigo acrescido - como a refinaria, os «pipe-lines» subterrâneos e o terminal de petroleiros do Porto de Leixões - e zonas intensamente povoadas.
«No dia do incêndio houve carros de bombeiros que nem puderam aproximar-se da zona sinistrada devido ao mau estacionamento de veículos. Foi preciso chamar o reboque da polícia. Isso não pode acontecer», frisou.
Desordenamento do território
Manuela Cunha considerou que «neste país, ou se deixa de construir qualquer tipo de indústria, tornando-o totalmente dependente do exterior, ou tem de ser saber disciplinar o ordenamento do território». «Com este tipo de autarcas, poderia colocar-se uma fábrica no meio do deserto, que logo surgiriam casas em seu redor. Neste caso, temos uma empresa importante para o país e em seu redor um desordenamento do território instalada de forma abusiva», disse.
A ecologista frisou que «um dia, a refinaria até poderá sair de Leça da Palmeira, mas, enquanto o pau vai e vem, as costas não podem folgar».
«Os Verdes» vão ainda exigir que lhes sejam entregues os resultados das análises da água e areias da praia do Norte que têm vindo a ser feitas pelo Instituto do Ambiente em busca de algum tipo de eventual contaminação devido ao incêndio.
Nova mortandade de peixes
Numerosos peixes mortos e outros em busca de oxigénio eram visíveis à tona da água, na passada semana, na Vala Real, no concelho de Almeirim. Esta situação foi denunciada pelo Partido Ecologista «Os Verdes» ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), no sentido de averiguarem a origem da contaminação das águas que, segundo a dirigente de «Os Verdes» e vereadora da CDU eleita no concelho, Manuela Cunha, será a causa desta mortandade.
A ecologista alertou ainda que a própria estação elevatória de esgotos de Almeirim continua ainda a ser uma das fontes poluidoras da Vala Real, sendo que a esta podem acrescer outras que é urgente destacar. Em nota enviada ao Avante!, «Os Verdes» relembram que foram investidos mais de dois milhões de euros na despoluição da Vala de Almeirim há cerca de três anos, e afinal o aproveitamento desse investimento para fins de lazer continua comprometido devido à má qualidade das águas.
A vereadora eleita pela CDU questionou ainda a eficácia do dito protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal de Almeirim e uma associação local que tinha por objectivo a vigilância e despoluição da Vala.
«Deveria haver um trabalho prévio, através de reuniões regulares entre todas as partes, que permitisse serem treinados modelos de coordenação e de troca de informação de modo a facilitar o combate às chamas», defendeu, sublinhando que, «apesar de tudo, as coisas correram bem, mas podiam ter sido bem piores».
Manuela Cunha questionou ainda o que aconteceria se os piores cenários se colocassem: «existia algum plano de evacuação montado, que permitisse cortes de estrada e a deslocação das pessoas para os hospitais?». «Uma coisa são os planos da protecção civil, previstos na lei para cada município, e outra é um plano para o perigo específico como este da refinaria de Leça da Palmeira», sublinhou.
Esta questão, garantiu, será levantada pelo Partido Ecologista «Os Verdes» na Assembleia da República, assim como os problemas de ordenamento resultantes da «promiscuidade perigosa» entre instalações de perigo acrescido - como a refinaria, os «pipe-lines» subterrâneos e o terminal de petroleiros do Porto de Leixões - e zonas intensamente povoadas.
«No dia do incêndio houve carros de bombeiros que nem puderam aproximar-se da zona sinistrada devido ao mau estacionamento de veículos. Foi preciso chamar o reboque da polícia. Isso não pode acontecer», frisou.
Desordenamento do território
Manuela Cunha considerou que «neste país, ou se deixa de construir qualquer tipo de indústria, tornando-o totalmente dependente do exterior, ou tem de ser saber disciplinar o ordenamento do território». «Com este tipo de autarcas, poderia colocar-se uma fábrica no meio do deserto, que logo surgiriam casas em seu redor. Neste caso, temos uma empresa importante para o país e em seu redor um desordenamento do território instalada de forma abusiva», disse.
A ecologista frisou que «um dia, a refinaria até poderá sair de Leça da Palmeira, mas, enquanto o pau vai e vem, as costas não podem folgar».
«Os Verdes» vão ainda exigir que lhes sejam entregues os resultados das análises da água e areias da praia do Norte que têm vindo a ser feitas pelo Instituto do Ambiente em busca de algum tipo de eventual contaminação devido ao incêndio.
Nova mortandade de peixes
Numerosos peixes mortos e outros em busca de oxigénio eram visíveis à tona da água, na passada semana, na Vala Real, no concelho de Almeirim. Esta situação foi denunciada pelo Partido Ecologista «Os Verdes» ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), no sentido de averiguarem a origem da contaminação das águas que, segundo a dirigente de «Os Verdes» e vereadora da CDU eleita no concelho, Manuela Cunha, será a causa desta mortandade.
A ecologista alertou ainda que a própria estação elevatória de esgotos de Almeirim continua ainda a ser uma das fontes poluidoras da Vala Real, sendo que a esta podem acrescer outras que é urgente destacar. Em nota enviada ao Avante!, «Os Verdes» relembram que foram investidos mais de dois milhões de euros na despoluição da Vala de Almeirim há cerca de três anos, e afinal o aproveitamento desse investimento para fins de lazer continua comprometido devido à má qualidade das águas.
A vereadora eleita pela CDU questionou ainda a eficácia do dito protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal de Almeirim e uma associação local que tinha por objectivo a vigilância e despoluição da Vala.