Um passo...
Para o imperialismo, Hiroshima e Nagasaki não foi uma lição, nem sequer um erro. Foi um passo...
Há 59 anos, nos dias 6 e 9 de Agosto, as populações de Hiroshima e Nagasaki viram surgir do céu a sua sentença de morte: duas bombas atómicas que destruíram as suas cidades, as suas casas... a sua vida. No dia 6 o massacre de Hiroshima foi a prova da horrível capacidade de destruição da arma atómica. Três dias depois era a vez do povo de Nagasaki viver o terror atómico e... morrer. Olhar o «day after» pelas fotos dá-nos apenas uma pálida ideia do sofrimento que viveram, indizível, inimaginável. Mas, para tragédia dos que sobreviveram ao ataque assassino, os efeitos destas armas não se resumem ao seu poder arrasador que tudo e todos incinera, mata e reduz a pó, estendendo-se até hoje, fazendo com que os filhos e os netos das inocentes vítimas deste hediondo crime, herdeiros de Hiroshima e Nagasaki, continuem a sofrer os efeitos da radiação. Os índices de cancros vários e de malformações genéticas continuam a ser as terríveis provas da amplitude e crueldade deste crime. Ao todo são mais de 400.000 as vítimas directas e indirectas.
Todos os anos se relembra, mas é importante frisar mil vezes que seja: As bombas de Hiroshima e Nagasaki foram lançadas contra centenas de milhar de civis por decisão da Administração Norte Americana, no fim da Segunda Guerra Mundial, após a rendição da Alemanha nazi, quando o Japão imperial estava já militarmente derrotado. As bombas caíram, não para derrotar o Japão, mas para testar o poder de destruição da arma atómica e afirmar o poderio militar dos EUA num período em que a URSS punha já em causa o poder do imperialismo norte-americano no mundo, desencadeando assim uma corrida às armas nucleares
Hiroshima e Nagasaki constitui uma importante lição. Uma horrível lição que demonstrou a imperiosa necessidade de eliminar da face da terra os armamentos nucleares e de se caminhar rumo ao desarmamento e à paz. Assistimos na história a alguns frutos desta triste lição com a assinatura dos tratados de não proliferação e de redução de arsenais, então ainda com a participação da URSS, mas, infelizmente, a actual situação internacional faz-nos regredir na história e até no tempo. Depois do tempo da assinatura dos tratados regredimos até hoje em que o reforço da vertente militarista do imperialismo é a pedra de toque e em que a guerra, a morte, as torturas, os crimes, a destruição se tornam capítulos quase banais dos serviços noticiosos.
No que toca ao armamentos – e como se não bastassem já as provas recolhidas que confirmam a actuação criminosa dos EUA e da NATO em vários teatros de guerra com a utilização de armamento com urânio empobrecido – regrediu-se também. Assistimos ao rasgar dos tratados e ao início daquilo a que já alguns chamaram de nova corrida aos armamentos nucleares com a revisão da postura nuclear dos EUA em 2002 que elimina a distinção entre armamento convencional e nuclear e afirma a decisão de utilizar esse tipo de armas em combate, nomeando até alguns países alvo. Mais recentemente o Senado dos EUA aprovou o orçamento para a defesa (cerca de 450 mil milhões de Dólares) e com ele decidiu o financiamento do célebre projecto da «Guerra das Estrelas» e o desenvolvimento e produção de vários tipos de armamento nuclear «moderno» como os «Bunker Busters» e as «Mini-Nukes», alguns já utilizados no Afeganistão e no Iraque. Mas a loucura nuclear não se resume aos EUA. Também a NATO, da qual o nosso país faz parte, incluiu no seu conceito estratégico a possibilidade de uso de armamento nuclear em combate e detém hoje cerca de 60% das ogivas nucleares no mundo!
Hiroshima e Nagasaki foi uma lição...Mas, como o mostra a realidade, não o foi para todos. Para o imperialismo não foi sequer um erro, foi um passo. Presentemente outros passos tão perigosos como o de há 59 anos estão a ser dados. Em 6 e 9 de Agosto é preciso pensar... pensar que Imperialismo e Guerra são indissociáveis, pensar que Hiroshima e Nagasaki foi morte, destruição e terror, mas foi também o aviso que a sede de poder do imperialismo não é saciável, alimenta-se a ela própria numa complexa teia de poder, violência e morte cujo limite não é definível. Por isso, por tudo, é preciso pela luta travar o passo aos criminosos.
Todos os anos se relembra, mas é importante frisar mil vezes que seja: As bombas de Hiroshima e Nagasaki foram lançadas contra centenas de milhar de civis por decisão da Administração Norte Americana, no fim da Segunda Guerra Mundial, após a rendição da Alemanha nazi, quando o Japão imperial estava já militarmente derrotado. As bombas caíram, não para derrotar o Japão, mas para testar o poder de destruição da arma atómica e afirmar o poderio militar dos EUA num período em que a URSS punha já em causa o poder do imperialismo norte-americano no mundo, desencadeando assim uma corrida às armas nucleares
Hiroshima e Nagasaki constitui uma importante lição. Uma horrível lição que demonstrou a imperiosa necessidade de eliminar da face da terra os armamentos nucleares e de se caminhar rumo ao desarmamento e à paz. Assistimos na história a alguns frutos desta triste lição com a assinatura dos tratados de não proliferação e de redução de arsenais, então ainda com a participação da URSS, mas, infelizmente, a actual situação internacional faz-nos regredir na história e até no tempo. Depois do tempo da assinatura dos tratados regredimos até hoje em que o reforço da vertente militarista do imperialismo é a pedra de toque e em que a guerra, a morte, as torturas, os crimes, a destruição se tornam capítulos quase banais dos serviços noticiosos.
No que toca ao armamentos – e como se não bastassem já as provas recolhidas que confirmam a actuação criminosa dos EUA e da NATO em vários teatros de guerra com a utilização de armamento com urânio empobrecido – regrediu-se também. Assistimos ao rasgar dos tratados e ao início daquilo a que já alguns chamaram de nova corrida aos armamentos nucleares com a revisão da postura nuclear dos EUA em 2002 que elimina a distinção entre armamento convencional e nuclear e afirma a decisão de utilizar esse tipo de armas em combate, nomeando até alguns países alvo. Mais recentemente o Senado dos EUA aprovou o orçamento para a defesa (cerca de 450 mil milhões de Dólares) e com ele decidiu o financiamento do célebre projecto da «Guerra das Estrelas» e o desenvolvimento e produção de vários tipos de armamento nuclear «moderno» como os «Bunker Busters» e as «Mini-Nukes», alguns já utilizados no Afeganistão e no Iraque. Mas a loucura nuclear não se resume aos EUA. Também a NATO, da qual o nosso país faz parte, incluiu no seu conceito estratégico a possibilidade de uso de armamento nuclear em combate e detém hoje cerca de 60% das ogivas nucleares no mundo!
Hiroshima e Nagasaki foi uma lição...Mas, como o mostra a realidade, não o foi para todos. Para o imperialismo não foi sequer um erro, foi um passo. Presentemente outros passos tão perigosos como o de há 59 anos estão a ser dados. Em 6 e 9 de Agosto é preciso pensar... pensar que Imperialismo e Guerra são indissociáveis, pensar que Hiroshima e Nagasaki foi morte, destruição e terror, mas foi também o aviso que a sede de poder do imperialismo não é saciável, alimenta-se a ela própria numa complexa teia de poder, violência e morte cujo limite não é definível. Por isso, por tudo, é preciso pela luta travar o passo aos criminosos.