Negócio de milhões
A Câmara de Gondomar e a Direcção Regional do Ambiente autorizaram, em 2001, a deposição de resíduos tóxicos no Alto do Gódeo. A CDU denunciou este caso e acusa-os mentir à população.
Várias vozes procuraram subestimar o problema
Quando, em Dezembro de 2001, a CDU de Gondomar denunciou o crime ambiental que estava a ser cometido no Alto do Gódeo, com a deposição de resíduos sólidos perigosos da ex-Siderurgia Nacional da Maia em valas abertas, próximas de antigos poços das minas de carvão, várias vozes procuraram subestimar o problema, acusando os comunistas de estar a fazer aproveitamento eleitoral da situação.
«Naquela altura, apenas quisemos alertar a população de S. Pedro da Cova para os perigos da saúde pública resultantes do envenenamento de parte dos lençóis freáticos e das linhas de água da nossa freguesia, devido à reposição dos resíduos tóxicos sem qualquer tratamento prévio, sem a impermeabilização dos terrenos e sem a necessária monitorização ambiental do aterro», informaram, em conferência de imprensa, António Luis Pimenta Dias, vereador na Câmara Municipal de Gondomar, e José Vieira Alves, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova.
A denuncia, segundo os autarcas, assentou em análises químicas e amostras de resíduos depositados no Alto do Gódeo, feitas por um laboratório credenciado, que comprovavam a existência de metais pesados (cádmio, chumbo e outros) na sua composição, com níveis muito superiores aos limites máximos previstos na legislação em vigor. Também a Provedoria de Justiça confirmou a justeza das preocupações da CDU, dando-lhes razão sobre este crime ambiental.
«Como na ocasião demonstrámos, a denuncia feita pela CDU assenta em sérias preocupações pela forma como a Câmara Municipal de Gondomar e a Direcção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território do Norte conduziram todo o processo e autorizaram a deposição dos resíduos tóxicos», acusam os eleitos, em conversa com os jornalistas, recordando que «estas entidades não exigiram à empresa interessada no lucrativo negócio de deposição de resíduos perigosos um estudo de impacto ambiental, realizado por uma entidade independente, nem deram qualquer informação sobre o assunto à população de S. Pedro da Cova».
Apurar responsabilidades
Tanto os responsáveis da Câmara de Gondomar como a Direcção Regional do Ambiente puseram à frente da saúde pública e dos interesses da população, «os interesses particulares de alguns poderosos», com grande influência junto destas entidades, num negócio que rendeu dezenas de milhar de contos.
Face ao sucedido, a CDU criticou, na nota de imprensa, mais uma vez, a maioria PSD que governa a Câmara de Gondomar pela forma lesiva e pouco responsável como deu parecer favorável à deposição de resíduos no Alto Gódeo, sem exigir, no mínimo, um estudo de impacto ambiental, e por ter sonegado à população de S. Pedro da Cova qualquer informação sobre o assunto. Exigiu ainda que a autarquia assuma as suas responsabilidades neste processo e que pressione a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte para que cumpra o que prometeu, isto é, a selagem do depósito e a sua impermeabilização.
No final da conferência de imprensa, os eleitos da CDU agradeceram ao deputado do PCP, Honório Novo, o interesse que têm manifestado por este problema e a insistência junto do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente para que sejam apuradas responsabilidades e tomadas medidas sobre o crime ambiental cometido no Alto do Gódeo.
«Naquela altura, apenas quisemos alertar a população de S. Pedro da Cova para os perigos da saúde pública resultantes do envenenamento de parte dos lençóis freáticos e das linhas de água da nossa freguesia, devido à reposição dos resíduos tóxicos sem qualquer tratamento prévio, sem a impermeabilização dos terrenos e sem a necessária monitorização ambiental do aterro», informaram, em conferência de imprensa, António Luis Pimenta Dias, vereador na Câmara Municipal de Gondomar, e José Vieira Alves, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova.
A denuncia, segundo os autarcas, assentou em análises químicas e amostras de resíduos depositados no Alto do Gódeo, feitas por um laboratório credenciado, que comprovavam a existência de metais pesados (cádmio, chumbo e outros) na sua composição, com níveis muito superiores aos limites máximos previstos na legislação em vigor. Também a Provedoria de Justiça confirmou a justeza das preocupações da CDU, dando-lhes razão sobre este crime ambiental.
«Como na ocasião demonstrámos, a denuncia feita pela CDU assenta em sérias preocupações pela forma como a Câmara Municipal de Gondomar e a Direcção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território do Norte conduziram todo o processo e autorizaram a deposição dos resíduos tóxicos», acusam os eleitos, em conversa com os jornalistas, recordando que «estas entidades não exigiram à empresa interessada no lucrativo negócio de deposição de resíduos perigosos um estudo de impacto ambiental, realizado por uma entidade independente, nem deram qualquer informação sobre o assunto à população de S. Pedro da Cova».
Apurar responsabilidades
Tanto os responsáveis da Câmara de Gondomar como a Direcção Regional do Ambiente puseram à frente da saúde pública e dos interesses da população, «os interesses particulares de alguns poderosos», com grande influência junto destas entidades, num negócio que rendeu dezenas de milhar de contos.
Face ao sucedido, a CDU criticou, na nota de imprensa, mais uma vez, a maioria PSD que governa a Câmara de Gondomar pela forma lesiva e pouco responsável como deu parecer favorável à deposição de resíduos no Alto Gódeo, sem exigir, no mínimo, um estudo de impacto ambiental, e por ter sonegado à população de S. Pedro da Cova qualquer informação sobre o assunto. Exigiu ainda que a autarquia assuma as suas responsabilidades neste processo e que pressione a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte para que cumpra o que prometeu, isto é, a selagem do depósito e a sua impermeabilização.
No final da conferência de imprensa, os eleitos da CDU agradeceram ao deputado do PCP, Honório Novo, o interesse que têm manifestado por este problema e a insistência junto do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente para que sejam apuradas responsabilidades e tomadas medidas sobre o crime ambiental cometido no Alto do Gódeo.