Mais um caso de inércia e incapacidade governativa
O Governo PSD-CDS/PP, que se prepara com nova roupagem para dar mais do mesmo, revelou desde o início da Legislatura uma total incapacidade para garantir que as empresas que recebem apoios financeiros cumpram os compromissos a que estão obrigadas
Multinacionais recebem apoios e depois viram as costas
Um dos mais recentes casos que ilustra bem esta realidade é o da multinacional do calçado GABOR, Shoes and Fashion, que no final do passado mês de Junho fechou as portas da sua unidade situada na Trofa.
Depois de ter funcionado naquele concelho durante dezasseis anos, com períodos em que chegou a garantir seiscentos postos de trabalho, a administração da multinacional empresa resolve deslocalizar as suas instalações, lançando no desemprego os seus cerca de duzentos trabalhadores actuais.
Foi o culminar de um processo de vários meses em que os trabalhadores foram sendo sujeitos às mais variadas pressões e ameaças sempre no sentido de os levar à rescisão dos respectivos contratos de trabalho, sob pena de, em caso de rejeição, serem transferidos para Barcelos.
O encerramento veio assim confirmar as piores expectativas e as preocupações dos trabalhadores e suas estruturas representativas, bem como do Grupo Parlamentar do PCP que, acompanhando de perto o assunto, em Março passado, em requerimento do deputado Honório Novo, perante o que se estava a passar na empresa, instou o Governo a esclarecer qual a actuação da Inspecção do Trabalho e quais os apoios públicos nacionais e comunitários por aquela recebidos.
E a verdade é que a resposta entretanto dada pelo Ministério da Economia às questões suscitadas pelo deputado comunista vieram revelar ser este mais um escandaloso caso de incumprimento das regras contratualizadas por parte das multinacionais e de desrespeito e afronta às leis nacionais.
Com efeito, segundo nota do próprio Ministério da Economia, em resposta ao requerimento de Honório Novo,
a empresa GABOR recebeu investimentos de €2,8 milhões de euros e um incentivo total de € 684 mil euros, tendo assumido o compromisso de «não locar, alienar, onerar ou deslocalizar investimento no todo ou em parte sem prévia autorização até 20 de julho de 2006».
O seu ulterior encerramento e a deslocalização para a Eslováquia mostra bem o código de honra e a ética por que se pautam empresas como esta, que, à mínima – assim lhes cheire a possibilidade de obtenção de maiores taxas de lucro ou formas aceleradas de reproduzir o capital -, não hesitam em desmontar a tenda e partir, indiferentes, como salienta em comunicado a Comissão Concelhia da Trofa do PCP, ao rasto de desemprego e problemas sociais que semeiam na região e no País.
Depois de ter funcionado naquele concelho durante dezasseis anos, com períodos em que chegou a garantir seiscentos postos de trabalho, a administração da multinacional empresa resolve deslocalizar as suas instalações, lançando no desemprego os seus cerca de duzentos trabalhadores actuais.
Foi o culminar de um processo de vários meses em que os trabalhadores foram sendo sujeitos às mais variadas pressões e ameaças sempre no sentido de os levar à rescisão dos respectivos contratos de trabalho, sob pena de, em caso de rejeição, serem transferidos para Barcelos.
O encerramento veio assim confirmar as piores expectativas e as preocupações dos trabalhadores e suas estruturas representativas, bem como do Grupo Parlamentar do PCP que, acompanhando de perto o assunto, em Março passado, em requerimento do deputado Honório Novo, perante o que se estava a passar na empresa, instou o Governo a esclarecer qual a actuação da Inspecção do Trabalho e quais os apoios públicos nacionais e comunitários por aquela recebidos.
E a verdade é que a resposta entretanto dada pelo Ministério da Economia às questões suscitadas pelo deputado comunista vieram revelar ser este mais um escandaloso caso de incumprimento das regras contratualizadas por parte das multinacionais e de desrespeito e afronta às leis nacionais.
Com efeito, segundo nota do próprio Ministério da Economia, em resposta ao requerimento de Honório Novo,
a empresa GABOR recebeu investimentos de €2,8 milhões de euros e um incentivo total de € 684 mil euros, tendo assumido o compromisso de «não locar, alienar, onerar ou deslocalizar investimento no todo ou em parte sem prévia autorização até 20 de julho de 2006».
O seu ulterior encerramento e a deslocalização para a Eslováquia mostra bem o código de honra e a ética por que se pautam empresas como esta, que, à mínima – assim lhes cheire a possibilidade de obtenção de maiores taxas de lucro ou formas aceleradas de reproduzir o capital -, não hesitam em desmontar a tenda e partir, indiferentes, como salienta em comunicado a Comissão Concelhia da Trofa do PCP, ao rasto de desemprego e problemas sociais que semeiam na região e no País.