Educação

Um direito a defender

A recente aprovação, por iniciativa do Governo, da «Lei de Bases da Educação» preocupa a Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP, para quem esta lei vem alterar todo o ordenamento jurídico do sistema educativo.
Trata-se de um «grave retrocesso», diz o PCP, que então denunciou a forma prepotente como esta iniciativa governamental foi apresentada – sem qualquer discussão. Mais, procurou na Assembleia da República contribuir para chamar a esse debate todos os intervenientes no processo educativo e apresentou mesmo o seu próprio Projecto de Lei, em defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade.
A DORS, por seu lado, durante o presente ano lectivo, levou a cabo uma campanha de esclarecimento sob o lema «Educação - «Um Direito para Todos» - em todos os concelhos da Península de Setúbal, que lhe permite hoje confirmar que aquela iniciativa da maioria de direita não teve de facto em conta a opinião quer de professores, quer de trabalhadores não docentes, pais, estudantes, autarcas ou quaisquer outros sectores.
É uma lei cheia de inconstitucionalidades, denuncia, que visa destruir a estratégia da escola pública, gratuita e de qualidade, evidenciando o seu intuito privatizador quando cria uma rede nacional e única de ensino público e privado, a que chama «rede de serviço público de ensino», consagra o financiamento público do ensino particular e reduz os deveres de fiscalização do Estado previstos na Constituição da República.
Aliás, para acentuar o seu carácter privatizador, o texto aprovado concede ao Governo o poder de designação de gestores profissionais para «comandar» os agrupamentos de escolas que se foram constituindo, em muitos casos impostos pelas Direcções Regionais de Educação, e prevê que os estabelecimentos do ensino secundário passem a integrar os agrupamentos de escolas.
Por fim, relativamente ao financiamento do Sistema Educativo, acusa a DORS, o Governo - que recusou a Regionalização Administrativa do País! -, transfere par as autarquias locais múltiplas competências, que justifica com «a necessidade de uma administração mais próxima dos cidadãos». Ou seja, diz a DORS, para evitar que se confirme hoje o que alguém já disse - que «as responsabilidades das autarquias hoje, são as irresponsabilidades de ontem do Poder Central» - é preciso mobilizar todos, não apenas professores, estudantes, trabalhadores não docentes ou pais, na defesa do Direito Fundamental à Educação.


Mais artigos de: PCP

Urge um parecer sério e rigoroso

O PCP está preocupado com as condições de abastecimento de água ao concelho de Bragança e duvida da justeza da criação de uma empresa multimunicipal.

Prevenir incêndios

Uma delegação da Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP, constituída por João Frazão e António Salavessa, encontrou-se na quinta-feira passada, a seu pedido, com o Coordenador Distrital do Serviço de Bombeiros e Protecção Civil. Durante o encontro, que tratou questões relacionadas com os incêndios florestais,...

Sector ferroviário cada vez pior

A Comissão Concelhia do Barreiro do PCP, reunida na semana passada, analisou a situação política decorrente das eleições europeias e a situação social que se vive no concelho, nomeadamente no sector ferroviário.Na CP, a unidade dos comboios de médio e longo curso prossegue o abate de material circulante e a redução quer...

Comício do PCP

O PCP realiza hoje um comício sobre a actual situação política nacional após a decisão do Presidente da República de não convocar eleições antecipadas, garantindo assim a permanência no poder da coligação PSD-PP. O comício começa às 21.30 horas e tem lugar na Sociedade Filarmónica Incrível Almadense, em Almada. No...

Carlos Carvalhas visitou Nisa

O secretário-geral do PCP, com uma delegação do Grupo Parlamentar comunista, visitou anteontem o concelho de Nisa, onde apontou graves falhas à política de prevenção de incêndios e ao pouco ou nada que tem sido feito pelo Governo PSD/PP, mesmo depois das proporções que a calamidade dos fogos florestais atingiu no ano...