Bruxelas facilita concentração
A Comissão Europeia deu luz verde à injecção de capital por parte do governo francês no gigante industrial Alstom, grupo gaulês ligado à produção de material ferroviário e centrais de produção de energia. Este acordo visa o salvamento da Alstom, que no ano passado obteve prejuízos avaliados em 1,83 mil milhões de euros. Com este plano de reestruturação, o Estado francês poderá ficar com a posse de 31, 5 por cento do capital do grupo.
Normalmente, a Comissão Europeia não vê com bons olhos a participação dos estados no capital das empresas. Desta vez, porém, acedeu positivamente à medida levada a cabo pelo governo francês. Mas não o fez sem exigir contrapartidas.
Entre as restrições impostas pela comissão ao grupo, conta-se a venda de activos (no valor de 1,5 mil milhões de euros), que incluem o sector de caldeiras industriais, as actividades de transporte na Austrália e Nova Zelândia e as locomotivas de transporte de mercadorias de Valência, na Espanha. A Alstom tem ainda que proceder a parcerias industriais em importantes sectores de actividade, bem como acabar com 8500 postos de trabalho em todo o mundo. A comissão já fez saber que as empresas públicas não podem concorrer a estas parcerias e que os eventuais «parceiros» da Alstom não ficarão sob a alçada do governo francês.
As soluções encontradas pela Comissão Europeia se, por um lado, violam a sacrossanta «lei da concorrência», por outro parecem agradar aos concorrentes da Alstom, nomeadamente à alemã Siemens, que surge como possível candidata a «parceira». Outros candidatos cujo interesse surge referido por diversos órgãos de comunicação social são a ABB, a Mitsubishi, a General Electric, e a Bombardier, que ainda há pouco encerrou a ex-Sorefame, na Amadora.
Normalmente, a Comissão Europeia não vê com bons olhos a participação dos estados no capital das empresas. Desta vez, porém, acedeu positivamente à medida levada a cabo pelo governo francês. Mas não o fez sem exigir contrapartidas.
Entre as restrições impostas pela comissão ao grupo, conta-se a venda de activos (no valor de 1,5 mil milhões de euros), que incluem o sector de caldeiras industriais, as actividades de transporte na Austrália e Nova Zelândia e as locomotivas de transporte de mercadorias de Valência, na Espanha. A Alstom tem ainda que proceder a parcerias industriais em importantes sectores de actividade, bem como acabar com 8500 postos de trabalho em todo o mundo. A comissão já fez saber que as empresas públicas não podem concorrer a estas parcerias e que os eventuais «parceiros» da Alstom não ficarão sob a alçada do governo francês.
As soluções encontradas pela Comissão Europeia se, por um lado, violam a sacrossanta «lei da concorrência», por outro parecem agradar aos concorrentes da Alstom, nomeadamente à alemã Siemens, que surge como possível candidata a «parceira». Outros candidatos cujo interesse surge referido por diversos órgãos de comunicação social são a ABB, a Mitsubishi, a General Electric, e a Bombardier, que ainda há pouco encerrou a ex-Sorefame, na Amadora.