Eleições antecipadas
O PCP está na rua a reclamar a convocação de eleições antecipadas. Os comunistas consideram esta a melhor solução para o País.
Muitas personalidades e organizações reclamam eleições antecipadas
Um cartaz, um autocolante e um folheto são os materiais de propaganda editados pelo PCP para prosseguir nas ruas a sua reclamação de eleições antecipadas. Sob o lema «Está na hora de o Governo ir embora – eleições!», os comunistas mobilizam-se para fazer chegar mais longe as suas propostas e soluções para resolver a crise provocada pela política do Governo e pela saída de Durão Barroso da chefia do governo português.
No folheto que está a ser distribuído, o PCP considera que o abandono de funções do primeiro-ministro abre uma crise governativa que exige soluções «corajosas de transparência, clarificação, estabilização e respeito pelo povo português». Sobretudo porque este abandono é «inseparável do profundo desgaste do seu governo, provocado por mais de dois anos de continuada política de direita, e da estrondosa derrota eleitoral» sofrida pela coligação governamental nas eleições europeias de 13 de Junho. Essa derrota expressou, na opinião do PCP, «um generalizado descontentamento popular» face às graves consequências da política do Governo para os trabalhadores e para o País.
Considera o PCP que «qualquer substituição do primeiro-ministro por outra personalidade indicada pelo PSD seria uma solução artificial, inaceitável e destituída de um mínimo de credibilidade». Além disso, sustenta, seria um factor acrescido de desestabilização.da vida nacional.
Mas os comunistas destacam que o grande factor de instabilidade da vida económica, social e política é mesmo a continuação da política deste Governo ou quaisquer soluções que possam sair da coligação de direita. A «estabilidade» de que falam os partidos da coligação vê-se nos milhares de trabalhadores lançados no desemprego, na redução do poder de compra, nos encerramentos de empresas, denuncia o PCP.
Para os comunistas, há muito que se impõe a necessidade de interromper a política do Governo. «Consegui-lo significa poupar o povo e o País a mais graves prejuízos e agressões aos seus direitos e interesses», considera o PCP.
Exigência alastra
Também a JCP exige a convocação de novas legislativas e já tem uma campanha na rua. Com o lema «Rua com eles, eleições já!», a campanha dos jovens comunistas consiste num abaixo-assinado de contacto com a juventude exigindo eleições imediatas.
A JCP não está de acordo com a ideia de que «é bom para Portugal e para os portugueses a nomeação de Durão Barroso para a presidência da UE». Consideram os jovens comunistas que em Portugal e na Europa, Durão Barroso tem sempre estado «ao serviço do grande capital e do imperialismo americano e é visto por estes como o lacaio ideal para o desempenho destas funções».
Os últimos dois anos de Governo PSD-PP «ficaram marcados na vida do povo português e particularmente junto da juventude por um profundo retrocesso» nos direitos, sustenta a Comissão Política da JCP. O fim do crédito bonificado à habitação, a implementação do Código de Trabalho, a manutenção da criminalização do aborto, o aumento de propinas e a elitização do ensino secundário são exemplos que, para a JCP, ilustram a «necessidade há muito reclamada, particularmente pelos comunistas, de pôr fim imediato a esta política e a este Governo».
Os apelos a eleições antecipadas não se ficam por aqui. Um conjunto de personalidades da vida política, social e cultural dirigiu um apelo ao Presidente da República no sentido de ser devolvida a palavra ao povo na resolução da actual situação política. Entre os signatários, contam-se os escritores José Saramago, Manuel Gusmão, Alice Vieira, Óscar Lopes e Urbano Tavares Rodrigues, o reitor da Universidade de Lisboa, José Barata Moura, a realizadora Teresa Villaverde, o General Vasco Gonçalves, o escultor José Cutileiro, os sindicalistas Manuel Carvalho da Silva e Arménio Carlos, entre outros (ver página 32).
No folheto que está a ser distribuído, o PCP considera que o abandono de funções do primeiro-ministro abre uma crise governativa que exige soluções «corajosas de transparência, clarificação, estabilização e respeito pelo povo português». Sobretudo porque este abandono é «inseparável do profundo desgaste do seu governo, provocado por mais de dois anos de continuada política de direita, e da estrondosa derrota eleitoral» sofrida pela coligação governamental nas eleições europeias de 13 de Junho. Essa derrota expressou, na opinião do PCP, «um generalizado descontentamento popular» face às graves consequências da política do Governo para os trabalhadores e para o País.
Considera o PCP que «qualquer substituição do primeiro-ministro por outra personalidade indicada pelo PSD seria uma solução artificial, inaceitável e destituída de um mínimo de credibilidade». Além disso, sustenta, seria um factor acrescido de desestabilização.da vida nacional.
Mas os comunistas destacam que o grande factor de instabilidade da vida económica, social e política é mesmo a continuação da política deste Governo ou quaisquer soluções que possam sair da coligação de direita. A «estabilidade» de que falam os partidos da coligação vê-se nos milhares de trabalhadores lançados no desemprego, na redução do poder de compra, nos encerramentos de empresas, denuncia o PCP.
Para os comunistas, há muito que se impõe a necessidade de interromper a política do Governo. «Consegui-lo significa poupar o povo e o País a mais graves prejuízos e agressões aos seus direitos e interesses», considera o PCP.
Exigência alastra
Também a JCP exige a convocação de novas legislativas e já tem uma campanha na rua. Com o lema «Rua com eles, eleições já!», a campanha dos jovens comunistas consiste num abaixo-assinado de contacto com a juventude exigindo eleições imediatas.
A JCP não está de acordo com a ideia de que «é bom para Portugal e para os portugueses a nomeação de Durão Barroso para a presidência da UE». Consideram os jovens comunistas que em Portugal e na Europa, Durão Barroso tem sempre estado «ao serviço do grande capital e do imperialismo americano e é visto por estes como o lacaio ideal para o desempenho destas funções».
Os últimos dois anos de Governo PSD-PP «ficaram marcados na vida do povo português e particularmente junto da juventude por um profundo retrocesso» nos direitos, sustenta a Comissão Política da JCP. O fim do crédito bonificado à habitação, a implementação do Código de Trabalho, a manutenção da criminalização do aborto, o aumento de propinas e a elitização do ensino secundário são exemplos que, para a JCP, ilustram a «necessidade há muito reclamada, particularmente pelos comunistas, de pôr fim imediato a esta política e a este Governo».
Os apelos a eleições antecipadas não se ficam por aqui. Um conjunto de personalidades da vida política, social e cultural dirigiu um apelo ao Presidente da República no sentido de ser devolvida a palavra ao povo na resolução da actual situação política. Entre os signatários, contam-se os escritores José Saramago, Manuel Gusmão, Alice Vieira, Óscar Lopes e Urbano Tavares Rodrigues, o reitor da Universidade de Lisboa, José Barata Moura, a realizadora Teresa Villaverde, o General Vasco Gonçalves, o escultor José Cutileiro, os sindicalistas Manuel Carvalho da Silva e Arménio Carlos, entre outros (ver página 32).