Bloqueio a Cuba

Protestos em Havana e Miami

Fidel Castro respondeu à nova campanha dos EUA contra Cuba com uma proposta inédita: salvar a vida de 3000 pobres norte-americanos, um por cada uma das vítimas do atentado de 11 de Setembro, no breve prazo de cinco anos.
A proposta foi apresentada na concentração de mais de 200 mil cubanos realizada esta da semana em Havana para repudiar as medidas impostas por Bush, que entram em vigor a partir de 30 de Junho.
«Demonstremos ao mundo que há alternativa à arrogância, à guerra, ao genocídio, ao ódio, ao egoísmo, à hipocrisia e à mentira», desafiou Fidel Castro.
Os protestos fizeram-se ouvir igualmente em Miami, na Florida, onde segunda-feira duas caravanas percorreram a cidade contestando o que consideram uma violação dos direitos constitucionais.
Segundo Max Lesnik, presidente da Alianza Martiana e director da Radio Miami, o protesto «resultou de um consenso de pessoas, na sua maioria sim filiação política nem partidária, que se sentem afectadas por estas medidas irracionais».
De acordo as medidas aprovadas em 6 de Maio por Bush, os cubanos residentes nos EUA só poderão viajar para Cuba de três em três anos e mediante uma autorização específica para cada viagem, ao contrário do que sucede actualmente, em que é permitida uma viagem anual através de uma licença geral. Além disso, o Departamento do Tesouro limitou a quantia que cada um pode gastar nas visitas a Cuba e proibiu a importação de quaisquer artigos da ilha.
A campanha de Bush inclui ainda a atribuição de 59 milhões de dólares para financiar acções contra Cuba e a concessão de outros 18 milhões para manter em funcionamento as chamadas TV e Rádio Martí.
As viagens de estudo e o intercâmbio académico com cidadãos e instituições norte-americanos foram igualmente restringidos.


Mais artigos de: Internacional

O dia D e os dias de Leninegrado

A comunicação social procura transformar o chamado Dia D, o desembarque na Normandia, como o grande acontecimento que ditou a vitória sobre o nazismo na guerra de 1939.«A França não esquecerá o que deve à América», disse, por exemplo, Chirac, o presidente francês.Contudo, o desembarque na Normandia efectuou-se em...