Medidas urgentes para a situação social no Porto
A União dos Sindicatos do Porto denunciou na semana passada o agravamento da situação social no distrito e exigiu dos órgãos de poder «medidas urgentes que parem com a destruição do aparelho produtivo e o desemprego, a pobreza e a exclusão social que lhe estão associados».
Na Praça da Liberdade, a estrutura distrital da CGTP-IN deu dia 8 uma conferência de imprensa, para se pronunciar sobre informações obtidas através da organização sindical e de dados oficiais do IEFP e do INE. Na análise da USP, verifica-se uma «degradação contínua da situação social», à qual o Governo continua a assistir passivamente. «De nada valeram» as propaladas medidas excepcionais, aprovadas a 31 de Julho do ano passado, no Conselho de Ministros reunido no Palácio do Freixo.
São referidos alguns factos, a provar a afirmação da USP. Por exemplo:
- estavam inscritos 111 320 desempregados nos centros de emprego, em 30 de Abril;
- o Porto foi o único distrito onde o desemprego aumentou, no período entre Março e Abril de 2004;
- entre Abril de 2003 e Abril de 2004, o desemprego cresceu no Porto duas vezes mais do que no País (18,1 e 9,1 por cento, respectivamente);
- os desempregados de longa duração representam 47,1 por cento do total, no Porto, mais do que a nível nacional (39,9 por cento).
Com base nos dados do Censos 2001, relativamente à população activa, e nos números do desemprego do IEFP, a USP analisou a evolução verificada no distrito e nos concelhos, entres os meses de Abril de 2003 e de 2004. A taxa de desemprego é mais elevada em Baião, Vila Nova de Gaia e Santo Tirso. As subidas maiores ocorreram em Gaia, Trofa e Vila do Conde.
Nos primeiros dois anos de governação PSD e PP, desde Abril de 2002, perderam o emprego no distrito mais de 40 mil pessoas. Desde a propagandeada reunião do Governo no Palácio do Freixo, o número de desempregados aumentou em quase 14 mil.
«Os números são reveladores da maldade das políticas praticadas e das consequências reais da insistência na redução do défice e na imposição do Pacto de Estabilidade», comenta a USP/CGTP-IN, ressalvando que acrescem «milhares de trabalhadores» em acções de formação e Programas Ocupacionais.
Foram ainda referidas estatísticas de falências, mostrando que houve 2412 casos no ano passado, a nível nacional. No distrito ocorreram 601 falências, destacando-se os concelhos do Porto, de Gaia e de Matosinhos.«Neste quadro arrasador do aparelho produtivo regional, tem de ser lembrado o encerramento de empresas tão importantes como a Brax, a Finex, a Valeo, a Narfil, a Baiona, a Alematex, a Schu-Union, a Growella, a Kikos, a Prequel, a Cambalacho, o Bingo do Salgueiros, a Fábrica de Botões do Porto, as Oficinas Império, a AF Santos, a JAS, a Mecampe, a Garagem Batalha, a FR Moldes, a Siulpe, a Lima Ribeiro». Mas a USP lembra também «as ameaças que pairam sobre a Flor do Campo, a Madrugada, a Yazaki, a Gabor» e outras, alertando que os perigos «podem conduzir o distrito a um ponto de muito difícil retorno».
Na Praça da Liberdade, a estrutura distrital da CGTP-IN deu dia 8 uma conferência de imprensa, para se pronunciar sobre informações obtidas através da organização sindical e de dados oficiais do IEFP e do INE. Na análise da USP, verifica-se uma «degradação contínua da situação social», à qual o Governo continua a assistir passivamente. «De nada valeram» as propaladas medidas excepcionais, aprovadas a 31 de Julho do ano passado, no Conselho de Ministros reunido no Palácio do Freixo.
São referidos alguns factos, a provar a afirmação da USP. Por exemplo:
- estavam inscritos 111 320 desempregados nos centros de emprego, em 30 de Abril;
- o Porto foi o único distrito onde o desemprego aumentou, no período entre Março e Abril de 2004;
- entre Abril de 2003 e Abril de 2004, o desemprego cresceu no Porto duas vezes mais do que no País (18,1 e 9,1 por cento, respectivamente);
- os desempregados de longa duração representam 47,1 por cento do total, no Porto, mais do que a nível nacional (39,9 por cento).
Com base nos dados do Censos 2001, relativamente à população activa, e nos números do desemprego do IEFP, a USP analisou a evolução verificada no distrito e nos concelhos, entres os meses de Abril de 2003 e de 2004. A taxa de desemprego é mais elevada em Baião, Vila Nova de Gaia e Santo Tirso. As subidas maiores ocorreram em Gaia, Trofa e Vila do Conde.
Nos primeiros dois anos de governação PSD e PP, desde Abril de 2002, perderam o emprego no distrito mais de 40 mil pessoas. Desde a propagandeada reunião do Governo no Palácio do Freixo, o número de desempregados aumentou em quase 14 mil.
«Os números são reveladores da maldade das políticas praticadas e das consequências reais da insistência na redução do défice e na imposição do Pacto de Estabilidade», comenta a USP/CGTP-IN, ressalvando que acrescem «milhares de trabalhadores» em acções de formação e Programas Ocupacionais.
Foram ainda referidas estatísticas de falências, mostrando que houve 2412 casos no ano passado, a nível nacional. No distrito ocorreram 601 falências, destacando-se os concelhos do Porto, de Gaia e de Matosinhos.«Neste quadro arrasador do aparelho produtivo regional, tem de ser lembrado o encerramento de empresas tão importantes como a Brax, a Finex, a Valeo, a Narfil, a Baiona, a Alematex, a Schu-Union, a Growella, a Kikos, a Prequel, a Cambalacho, o Bingo do Salgueiros, a Fábrica de Botões do Porto, as Oficinas Império, a AF Santos, a JAS, a Mecampe, a Garagem Batalha, a FR Moldes, a Siulpe, a Lima Ribeiro». Mas a USP lembra também «as ameaças que pairam sobre a Flor do Campo, a Madrugada, a Yazaki, a Gabor» e outras, alertando que os perigos «podem conduzir o distrito a um ponto de muito difícil retorno».