A luta viu-se nas urnas
Sem dúvidas de que os partidos do Governo tencionam manter os traços mais graves da política derrotada nas eleições de domingo, a central vê no resultado motivos de alento para as próximas batalhas.
Foi condenado o Governo que aplica as políticas europeias
A apreciação dos resultados eleitorais foi feita segunda-feira, pela Comissão Executiva da CGTP-IN, e transmitidas à comunicação social por Carvalho da Silva. Além das declarações do secretário-geral, foi igualmente divulgada uma nota sintetizando as opiniões apuradas por aquele órgão dirigente.
Para a central, os resultados de 13 de Junho significam «uma pesada derrota do Governo, da Coligação de Partidos que o suportam (PSD e PP) e das suas políticas». Esta derrota é consequência «da denúncia e combate consequentes contra os conteúdos e objectivos políticos que o Governo tem seguido nos mais diversos campos» e, refere a confederação, «a luta dos trabalhadores e da CGTP-IN ao longo dos últimos tempos constituiu factor decisivo» para tal desfecho.
No acto eleitoral, «foram alcançados» os grandes objectivos colocados pela Inter, cujo Conselho Nacional salientara que «os trabalhadores têm razões para penalizar fortemente as políticas de direita e os partidos do Governo, PSD e PP, pelas políticas desastrosas que este tem seguido nos planos nacional e europeu».
A partir destas eleições, é «mais claramente ilegítimo que o Governo prossiga as políticas fundamentalistas de execução cega do Pacto de Estabilidade». A CGTP exige que sejam revogadas «decisões injustas e violentas contra os trabalhadores», como as limitações à contratação colectiva e aos direitos sindicais, as alterações ao regime subsídio de doença e ao rendimento mínimo. Deve ser suspensa a preparação de outras medidas em curso, relativas ao subsídio de desemprego, ao trabalho temporário, ao plafonamento das pensões. De igual forma, as políticas do Governo na Saúde, no Ensino e na Segurança Social «têm que ser postas de lado», lançando «discussão séria e envolvente no País, para se resolverem problemas estruturais nestas áreas».
Reagindo às primeiras declarações do primeiro-ministro, a CGTP-IN considera-as como sinal de que «o primeiro objectivo das forças políticas do Governo continuará a ser o de prosseguir e intensificar o ataque». Por outro lado, o resultado das eleições europeias dá «sinal e alento» aos que lutam por uma alternativa e exigem outra política e outro Governo. Comprovado que «é possível derrotar a direita e a extrema-direita unidas», a central propõe-se «intensificar a luta, em torno de problemas concretos e justos anseios dos trabalhadores e outras camadas desfavorecidas da população», mantendo «uma perspectiva mais geral».
A CGTP-IN reafirma que «é viável e indispensável a construção de uma alternativa política, com políticas efectivamente alternativas», para o que continuará a contribuir com «todos os nossos esforços, desenvolvendo as acções de esclarecimento e mobilização necessárias».
Europa
Ao nível da União Europeia, a Inter considera que os resultados eleitorais mostram «perigoso distanciamento dos cidadãos, face ao processo de construção europeia que tem estado em curso», «desencanto das pessoas pela falta de respostas aos seus reais problemas» e «penalização pelas políticas seguidas» nos diferentes países.
Lembrando que as políticas europeias têm a sua aplicação concreta ao nível de cada país e são executadas pelos governos, a CGTP nota que «as pessoas estão contra as políticas dos Governos que destroem a dimensão social e o modelo social europeu, que desvalorizam o trabalho, que precarizam o emprego, que tornam as sociedades cada vez menos solidárias, mais injustas e desiguais». Ao mesmo tempo, os governos «são cada vez mais equipas tecnocráticas ao serviço do poder económico-financeiro, que não resolvem os problemas das pessoas».
Para a central, os resultados de 13 de Junho significam «uma pesada derrota do Governo, da Coligação de Partidos que o suportam (PSD e PP) e das suas políticas». Esta derrota é consequência «da denúncia e combate consequentes contra os conteúdos e objectivos políticos que o Governo tem seguido nos mais diversos campos» e, refere a confederação, «a luta dos trabalhadores e da CGTP-IN ao longo dos últimos tempos constituiu factor decisivo» para tal desfecho.
No acto eleitoral, «foram alcançados» os grandes objectivos colocados pela Inter, cujo Conselho Nacional salientara que «os trabalhadores têm razões para penalizar fortemente as políticas de direita e os partidos do Governo, PSD e PP, pelas políticas desastrosas que este tem seguido nos planos nacional e europeu».
A partir destas eleições, é «mais claramente ilegítimo que o Governo prossiga as políticas fundamentalistas de execução cega do Pacto de Estabilidade». A CGTP exige que sejam revogadas «decisões injustas e violentas contra os trabalhadores», como as limitações à contratação colectiva e aos direitos sindicais, as alterações ao regime subsídio de doença e ao rendimento mínimo. Deve ser suspensa a preparação de outras medidas em curso, relativas ao subsídio de desemprego, ao trabalho temporário, ao plafonamento das pensões. De igual forma, as políticas do Governo na Saúde, no Ensino e na Segurança Social «têm que ser postas de lado», lançando «discussão séria e envolvente no País, para se resolverem problemas estruturais nestas áreas».
Reagindo às primeiras declarações do primeiro-ministro, a CGTP-IN considera-as como sinal de que «o primeiro objectivo das forças políticas do Governo continuará a ser o de prosseguir e intensificar o ataque». Por outro lado, o resultado das eleições europeias dá «sinal e alento» aos que lutam por uma alternativa e exigem outra política e outro Governo. Comprovado que «é possível derrotar a direita e a extrema-direita unidas», a central propõe-se «intensificar a luta, em torno de problemas concretos e justos anseios dos trabalhadores e outras camadas desfavorecidas da população», mantendo «uma perspectiva mais geral».
A CGTP-IN reafirma que «é viável e indispensável a construção de uma alternativa política, com políticas efectivamente alternativas», para o que continuará a contribuir com «todos os nossos esforços, desenvolvendo as acções de esclarecimento e mobilização necessárias».
Europa
Ao nível da União Europeia, a Inter considera que os resultados eleitorais mostram «perigoso distanciamento dos cidadãos, face ao processo de construção europeia que tem estado em curso», «desencanto das pessoas pela falta de respostas aos seus reais problemas» e «penalização pelas políticas seguidas» nos diferentes países.
Lembrando que as políticas europeias têm a sua aplicação concreta ao nível de cada país e são executadas pelos governos, a CGTP nota que «as pessoas estão contra as políticas dos Governos que destroem a dimensão social e o modelo social europeu, que desvalorizam o trabalho, que precarizam o emprego, que tornam as sociedades cada vez menos solidárias, mais injustas e desiguais». Ao mesmo tempo, os governos «são cada vez mais equipas tecnocráticas ao serviço do poder económico-financeiro, que não resolvem os problemas das pessoas».