Fazer valer os direitos na Gartêxtil

A Gartêxtil fechou, mas o processo ainda não está terminado. Esta é a opinião do Secretariado da Direcção da Organização Regional da Guarda do PCP, que lembra que falta ainda ressarcir os trabalhadores pela perda dos seus postos de trabalho, bem como não estão ainda salvaguardados os seus direitos futuros, em caso de ser encontrada uma solução para a empresa.
Os comunistas consideram que, estando praticamente assumida a falência da empresa, há que apurar responsabilidades. E estas terão de ser assacadas aos sucessivos governos e à sua política. A situação da empresa iniciou-se nos governos do PSD/Cavaco Silva e prosseguiu nos governos do PS. Com este Governo PSD/PP, agravou-se, acusa o PCP.
Os comunistas da Guarda consideram não ter havido uma fiscalização adequada da gestão da Gartêxtil que «prevenisse a eventual existência de irregularidades na facturação e desvio de clientes desta empresa para a empresa Carveste, empresa antes concorrente e que em 1987 passou a ser proprietária». A auditoria às contas e gestão da empresa nunca foi feita, apesar da exigência de mais de 4 mil assinaturas e apesar de o Estado ser lesado em cerca de 2 milhões de euros, denuncia a DORG do PCP.
Assim, os comunistas entendem caber ao actual Governo e ao Ministério da Economia a maior responsabilidade pelo encerramento da empresa, não esquecendo as responsabilidades do governo do PS e do então ministro Pina Moura, que ligou a Gartêxtil a uma outra empresa, que já apresentava enormes dificuldades de gestão.
Os comunistas da Guarda lembram ainda que em estão em falta pagamentos aos trabalhadores, como dívidas em atraso e indemnizações. E consideram preocupante que o Ministério da Economia reconheça que «no caso da falência da empresa, a massa falida não será previsivelmente suficiente para garantir o ressarcimento dos direitos dos trabalhadores» e não decida instaurar uma auditoria para apurar eventuais responsabilidades criminais de todo o processo.


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