Contra a «lei do mais forte»

Oficiais lançam apelo

O Comité Grego para a Paz Internacional promoveu, no passado dia 7 de Maio, um encontro público integrado na campanha «Olimpíadas da Paz» lançada pelo Conselho Mundial da Paz.
Na iniciativa, intitulada «As Forças Armadas e a Paz e Segurança Mundiais», que reuniu muitas organizações e movimentos em luta contra a agressividade imperialista, participaram também ex-oficiais das forças armadas de diversos países, resultando no lançamento de uma outra campanha intitulada «Antigos Oficiais Militares Tomam a Palavra».
O apelo, que tomará forma de abaixo-assinado, pretende alertar para os perigos da chamada «nova ordem mundial» e mobilizar ex-oficiais no combate por um mundo de paz e cooperação entre os povos.
No documento, entretanto subscrito por cerca de quatro centenas de militares da Bulgária, Alemanha, Rússia, Hungria, Grécia, Turquia, Bósnia, Ucrânia, Portugal e República Checa, os oficiais afirmam que «depois da dissolução do Pacto de Varsóvia contavam que o mesmo sucedesse com a Nato e que os fundos canalizados para despesas militares fossem aplicados na saúde, educação, segurança social e outras áreas correspondentes aos interesses dos povos».
Contrariamente, a «introdução da doutrina dominante no seio das forças armadas levou não só a distorções no seu seio como arrastou para zonas de guerra, em nome da «nova ordem», muitos países» numa clara tentativa de «impor a vontade dos fortes sobre todos os outros», continuam.
Neste quadro, os oficiais «manifestam-se profundamente preocupados e rejeitam» os conflitos levados a cabo pelos EUA e seus aliados na repressão de «povos e Estados que recusam a subserviência e a exploração dos seus países»; «o suporte dado pelos respectivos governos aos agressores e a participação em operações contra ameaças inexistentes, falsas ou provocadas pelos atacantes»; a escalada armamentista e a implementação da «doutrina de missão dos EUA e da Nato no quadro dos seus planos para a dominação global»; «a perda e violação sistemática de direitos e liberdades dos povos»; a «identificação de objectivos entre a Nato e a UE no que toca à inclusão de novos membros, usados para impor a “nova ordem”» e, finalmente «o regresso do “pesadelo” nuclear, com a militarização do espaço e a monopolização do terror pelo imperialismo nas suas práticas dominadoras».


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