O voto é uma arma
As organizações que participaram no Encontro Internacional de Juventudes Comunistas, realizado recentemente em Cacilhas, apelam aos jovens que usem o seu voto nas eleições europeias para mudar as políticas da União.
«Estamos na linha da frente da luta contra a guerra»
O apelo aprovado pelas organizações participantes defende que as eleições para o Parlamento Europeu devem ser usadas «para condenar os representantes das políticas anti-populares e neo-liberais» e apoiar as posições das forças comunistas e as suas alianças em cada país.
«É urgente lutar por uma Europa de igualdade e direitos sociais, uma Europa de nações soberanas, iguais em direitos, uma Europa de paz e cooperação. Somos movidos por sonhos e ideais e acreditamos que a Europa pode ter valores dos trabalhadores de uma verdadeira democracia. O socialismo é possível e necessário. Lutamos por isso e contamos convosco para apoiar o nosso trabalho», lê-se no documento.
«É fundamental que todos participem na construção das políticas que moldarão o nosso futuro», defendem as organizações comunistas, considerando que as lutas dos jovens europeus pelos seus direitos e pela paz reflecte a necessidade de mudanças das políticas seguidas.
Estagnação económica
Os jovens trabalhadores, os imigrantes e as mulheres são as maiores vítimas da estratégia que procura minimizar os custos do trabalho, nomeadamente pela precariedade e pela flexibilidade das relações de trabalho, consideram as organizações comunistas.
«A União Europeia reforçou os conteúdos neo-liberais das suas políticas económicas e sociais e favorece os interesses dos grandes grupos económicos. O Banco Central Europeu e o euro apoiam a omnipotência dos mercados financeiros contra os povos e o planeta. Estas acções provocaram o aumento da recessão e a estagnação económica, criaram mais desemprego e exploração dos trabalhadores. Ao mesmo tempo restringiram os direitos sociais e favoreceram a privatização dos deveres sociais do Estado e dos serviços públicos», alertam.
«Somos contra uma UE imperialista que, em cooperação ou competição com outros centros imperialistas, defende o mercado global. Somos os mais afectados por este caminho, por esta Europa do capital, monopólios e imperialismo. Nós, trabalhadores e estudantes, recusamos este caminho. Em cada país condenamos os resultados das reformas capitalistas da educação, baseadas nas decisões de Bolonha e Berlim. Cada vez mais jovens são forçados a abandonar a escola, pois as privatizações da educação superior aumenta as barreiras de classe», sublinham.
O perigo da Constituição Europeia
«As eleições para o Parlamento Europeu decorrem numa altura marcada pelo crescimento da agressividade imperialista. Foram desenvolvidos mecanismos institucionais de matriz federalista. Exemplo disso é a chamada Constituição Europeia, que tenciona diminuir o poder de decisão e a soberania nacional dos povos em favor de um comando das grandes nações capitalistas, tentando boicotar qualquer alternativa ao capitalismo, promovendo uma lógica de desperdício, competição e guerra», acusam os jovens comunistas.
«A União Europeia e as suas políticas monetárias, particularmente desde a introdução do euro, agravaram o seu carácter reaccionário, enquanto no âmbito social ataca o Estado Previdência, os direitos dos trabalhadores e os direitos democráticos, cria um sistema de governação extremamente negativo onde florescem as forças conservadoras e de direita.»
As organizações consideram particularmente alarmante «as continuadas políticas de “fronteiras fechadas” para cidadãos que não pertencem à União Europeia e o crescente policiamento, controlo político e vigilância à custa de liberdades e direitos fundamentais, como o direito de associação, organização e reunião. O Acordo de Schengen é apenas uma tentativa de criar uma Europa fortaleza para alguns, excluindo e evitando a liberdade de movimentos e provocando pobreza e ataque aos direitos humanos, particularmente em relação aos cidadãos dos países em desenvolvimento.»
«A União Europeia tomou medidas anti-democráticas, nomeadamente contra os imigrantes, na senda das campanhas anti-terrorista internas. Foi criado um estado de autoritarismo e ofensiva ideológica especialmente nos países do alargamento, onde as forças de comunistas e de esquerda foram praticamente ilegalizadas», denunciam.
«Condenamos a crescente militarização e as tendências securitárias da União Europeia com as chamadas forças de intervenção rápida e o Exército Internacional, o que visa dominar e interferir na realidade política da Balcãs, dos países do centro e leste da Europa, do Médio Oriente, da América Latina, bem como um papel político dentro dos nossos países.»
«A União Europeia desempenha um papel negativo contra os movimentos anti-imperialistas em todo o mundo. Isto é ilustrado pelas políticas da UE na Palestina, Iraque, Sahara Ocidental, Colômbia, Venezuela, Cuba e na questão do povo curdo. Estamos muito preocupados com o aumento de medidas anti-democráticas contra os movimentos populares internos, especialmente nos países do Leste da Europa (Eslovénia, Eslováquia, República Checa, Hungria e países bálticos), onde as forças progressistas e de esquerda enfrentam uma forte ataque», salientam.
O apelo foi subscrito pela Federação Mundial da Juventude Democrática e por organizações de jovens comunistas de Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Alemanha, Suécia, Noruega, Dinamarca, República Checa e Turquia.
«É urgente lutar por uma Europa de igualdade e direitos sociais, uma Europa de nações soberanas, iguais em direitos, uma Europa de paz e cooperação. Somos movidos por sonhos e ideais e acreditamos que a Europa pode ter valores dos trabalhadores de uma verdadeira democracia. O socialismo é possível e necessário. Lutamos por isso e contamos convosco para apoiar o nosso trabalho», lê-se no documento.
«É fundamental que todos participem na construção das políticas que moldarão o nosso futuro», defendem as organizações comunistas, considerando que as lutas dos jovens europeus pelos seus direitos e pela paz reflecte a necessidade de mudanças das políticas seguidas.
Estagnação económica
Os jovens trabalhadores, os imigrantes e as mulheres são as maiores vítimas da estratégia que procura minimizar os custos do trabalho, nomeadamente pela precariedade e pela flexibilidade das relações de trabalho, consideram as organizações comunistas.
«A União Europeia reforçou os conteúdos neo-liberais das suas políticas económicas e sociais e favorece os interesses dos grandes grupos económicos. O Banco Central Europeu e o euro apoiam a omnipotência dos mercados financeiros contra os povos e o planeta. Estas acções provocaram o aumento da recessão e a estagnação económica, criaram mais desemprego e exploração dos trabalhadores. Ao mesmo tempo restringiram os direitos sociais e favoreceram a privatização dos deveres sociais do Estado e dos serviços públicos», alertam.
«Somos contra uma UE imperialista que, em cooperação ou competição com outros centros imperialistas, defende o mercado global. Somos os mais afectados por este caminho, por esta Europa do capital, monopólios e imperialismo. Nós, trabalhadores e estudantes, recusamos este caminho. Em cada país condenamos os resultados das reformas capitalistas da educação, baseadas nas decisões de Bolonha e Berlim. Cada vez mais jovens são forçados a abandonar a escola, pois as privatizações da educação superior aumenta as barreiras de classe», sublinham.
O perigo da Constituição Europeia
«As eleições para o Parlamento Europeu decorrem numa altura marcada pelo crescimento da agressividade imperialista. Foram desenvolvidos mecanismos institucionais de matriz federalista. Exemplo disso é a chamada Constituição Europeia, que tenciona diminuir o poder de decisão e a soberania nacional dos povos em favor de um comando das grandes nações capitalistas, tentando boicotar qualquer alternativa ao capitalismo, promovendo uma lógica de desperdício, competição e guerra», acusam os jovens comunistas.
«A União Europeia e as suas políticas monetárias, particularmente desde a introdução do euro, agravaram o seu carácter reaccionário, enquanto no âmbito social ataca o Estado Previdência, os direitos dos trabalhadores e os direitos democráticos, cria um sistema de governação extremamente negativo onde florescem as forças conservadoras e de direita.»
As organizações consideram particularmente alarmante «as continuadas políticas de “fronteiras fechadas” para cidadãos que não pertencem à União Europeia e o crescente policiamento, controlo político e vigilância à custa de liberdades e direitos fundamentais, como o direito de associação, organização e reunião. O Acordo de Schengen é apenas uma tentativa de criar uma Europa fortaleza para alguns, excluindo e evitando a liberdade de movimentos e provocando pobreza e ataque aos direitos humanos, particularmente em relação aos cidadãos dos países em desenvolvimento.»
«A União Europeia tomou medidas anti-democráticas, nomeadamente contra os imigrantes, na senda das campanhas anti-terrorista internas. Foi criado um estado de autoritarismo e ofensiva ideológica especialmente nos países do alargamento, onde as forças de comunistas e de esquerda foram praticamente ilegalizadas», denunciam.
«Condenamos a crescente militarização e as tendências securitárias da União Europeia com as chamadas forças de intervenção rápida e o Exército Internacional, o que visa dominar e interferir na realidade política da Balcãs, dos países do centro e leste da Europa, do Médio Oriente, da América Latina, bem como um papel político dentro dos nossos países.»
«A União Europeia desempenha um papel negativo contra os movimentos anti-imperialistas em todo o mundo. Isto é ilustrado pelas políticas da UE na Palestina, Iraque, Sahara Ocidental, Colômbia, Venezuela, Cuba e na questão do povo curdo. Estamos muito preocupados com o aumento de medidas anti-democráticas contra os movimentos populares internos, especialmente nos países do Leste da Europa (Eslovénia, Eslováquia, República Checa, Hungria e países bálticos), onde as forças progressistas e de esquerda enfrentam uma forte ataque», salientam.
O apelo foi subscrito pela Federação Mundial da Juventude Democrática e por organizações de jovens comunistas de Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Alemanha, Suécia, Noruega, Dinamarca, República Checa e Turquia.