Manobra interrompida
Os trabalhadores da ex-Sorefame impediram segunda-feira que fossem retirados da fábrica comboios ainda por acabar e máquinas, mas o perigo persiste.
O Governo mostra-se conivente com a multinacional
«A multinacional tenta justificar o despedimento colectivo através do facto consumado, desviando o trabalho para outras unidades industriais», denunciou a Comissão Concelhia da Amadora do PCP.
Num comunicado em que, no próprio dia 26, apelou aos militantes comunistas e à população para que fossem para a fábrica, na Venda Nova, expressar «solidariedade activa com a luta dos trabalhadores», aquele organismo afirma que a administração («verdadeira comissão liquidatária») está «completamente desmascarada». A luta desenvolvida provou já que «há trabalho»: Metro de Nantes, 7 comboios em fase de acabamento e mais 10 carruagens do novo concurso do Metro do Porto, opções ganhas para mais cerca de 60 comboios.
A resistência dos trabalhadores forçou a administração a adiar a remoção das carruagens e outro material, até à realização de uma reunião, anteontem à tarde, no Ministério da Economia. «Repetiram-nos que o Governo está a fazer esforços, mas não foram capazes de explicar que esforços são esses», relatou António Tremoço ao Avante!. O dirigente sindical metalúrgico afirma que desta atitude só se pode concluir que «o Governo está conivente com a multinacional» e quer permitir que esta concretize o encerramento da empresa.
Mantém, assim, total actualidade o apelo feito pela Concelhia do Partido, para que os trabalhadores continuem «vigilantes e na luta» e que os comunistas e a população da Amadora continue a manifestar a sua solidariedade, incluindo pela permanência junto aos portões da fábrica. «A vitória alcançada não pode afrouxar a vigilância, já que por agora nenhuma alteração de fundo se registou, quer nos planos liquidacionistas da multinacional, quer na postura de passividade cúmplice do Governo português», alertavam os comunistas da Amadora, num comunicado distribuído anteontem.
Ontem ia ter lugar, novamente, uma reunião da administração com os representantes dos trabalhadores. A qualquer momento poderão ocorrer factos que levem ao desencadeamento de medidas mais concretas e mais enérgicas de defesa da empresa, dos postos de trabalho e da economia nacional por parte dos trabalhadores.
Os trabalhadores deslocaram-se dia 22 ao Ministério da Economia, onde insistiram na necessidade de serem accionados os mecanismos de que o Governo dispõe para impedir o encerramento da fábrica e o fim da produção de material circulante em Portugal. Durante a concentração, Carlos Carvalhas e diversas personalidades e organizações (como a Comissão de Utentes da Linha de Sintra) manifestaram a sua solidariedade para com a luta dos operários da ex-Sorefame.
Num comunicado em que, no próprio dia 26, apelou aos militantes comunistas e à população para que fossem para a fábrica, na Venda Nova, expressar «solidariedade activa com a luta dos trabalhadores», aquele organismo afirma que a administração («verdadeira comissão liquidatária») está «completamente desmascarada». A luta desenvolvida provou já que «há trabalho»: Metro de Nantes, 7 comboios em fase de acabamento e mais 10 carruagens do novo concurso do Metro do Porto, opções ganhas para mais cerca de 60 comboios.
A resistência dos trabalhadores forçou a administração a adiar a remoção das carruagens e outro material, até à realização de uma reunião, anteontem à tarde, no Ministério da Economia. «Repetiram-nos que o Governo está a fazer esforços, mas não foram capazes de explicar que esforços são esses», relatou António Tremoço ao Avante!. O dirigente sindical metalúrgico afirma que desta atitude só se pode concluir que «o Governo está conivente com a multinacional» e quer permitir que esta concretize o encerramento da empresa.
Mantém, assim, total actualidade o apelo feito pela Concelhia do Partido, para que os trabalhadores continuem «vigilantes e na luta» e que os comunistas e a população da Amadora continue a manifestar a sua solidariedade, incluindo pela permanência junto aos portões da fábrica. «A vitória alcançada não pode afrouxar a vigilância, já que por agora nenhuma alteração de fundo se registou, quer nos planos liquidacionistas da multinacional, quer na postura de passividade cúmplice do Governo português», alertavam os comunistas da Amadora, num comunicado distribuído anteontem.
Ontem ia ter lugar, novamente, uma reunião da administração com os representantes dos trabalhadores. A qualquer momento poderão ocorrer factos que levem ao desencadeamento de medidas mais concretas e mais enérgicas de defesa da empresa, dos postos de trabalho e da economia nacional por parte dos trabalhadores.
Os trabalhadores deslocaram-se dia 22 ao Ministério da Economia, onde insistiram na necessidade de serem accionados os mecanismos de que o Governo dispõe para impedir o encerramento da fábrica e o fim da produção de material circulante em Portugal. Durante a concentração, Carlos Carvalhas e diversas personalidades e organizações (como a Comissão de Utentes da Linha de Sintra) manifestaram a sua solidariedade para com a luta dos operários da ex-Sorefame.