Reunificação dificultada
Os líderes das duas comunidades cipriotas apelaram, no dia 8, ao «Não» no referendo marcado para o próximo dia 24 de Abril sobre o plano da ONU para a reunificação da ilha.
Os líderes cipriotas gregos e turcos defendem o «não»
Na parte turca, onde as sondagens indicam uma vitória do «Sim», com 59,5 por cento, o dirigente, Rauf Denktash, anunciou a intenção de fazer campanha pelo «não», considerando que os cipriotas turcos ficarão a perder.
No mesmo dia, o presidente da República de Chipre, a única que é reconhecida internacionalmente, Tassos Papadopoulos, apelava igualmente aos cipriotas gregos para que rejeitassem o plano do secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan.
Ambas as posições não surpreendem já que, em finais de Março, as negociações entre a Grécia, Turquia e as duas comunidades cipriotas terminaram sem acordo, o que não impediu a ONU de manter o referendo para a data marcada.
Numa alocução televisiva de 50 minutos, Papadopoulos afirmou que «os riscos e perigos do “sim” são bem maiores do que votar não e que o impacto do “sim” será irreversível», acrescentando que os esforços para a reunificação continuarão mesmo em caso de fracasso do referendo.
Segundo uma recente sondagem, 48 por cento dos cipriotas turcos irão votar «não», contra apenas nove por cento dos que se declaram favoráveis. Os indecisos constituem ainda uma percentagem significativa de 25 por cento.
Por seu lado, a Comissão Europeia propôs na quarta-feira, 7, várias alterações para adaptar o tratado de adesão de Chipre a uma eventual reunificação, com vista a manter «o equilíbrio entre cipriotas gregos e turcos».
Recusando a reivindicação da parte turca de derrogações permanentes à liberdade de circulação de pessoas e bens, um dos princípios básicos da União Europeia, o executivo comunitário propõe no entanto que os estados membros aprovem algumas restrições durante um período de tempo limitado.
Assim, em resposta ao receio de uma eventual «ocupação» maciça da parte turca (ao Norte da ilha) pelos cipriotas gregos, economicamente mais fortes, a Comissão propõe que a aquisição de propriedades fique condicionada a uma autorização pelas respectivas entidades durante um período máximo de 15 anos.
De igual modo, as partes poderão impor restrições à instalação de cipriotas gregos ou turcos nos diferentes lados da ilha durante 19 anos, aplicando-se o mesmo princípio aos cidadãos gregos e turcos que pretendam obter autorização de residência em Chipre.
Em caso de reunificação, Bruxelas tomará todas as medidas para que o turco se torne uma das línguas oficiais da UE.
No mesmo dia, o presidente da República de Chipre, a única que é reconhecida internacionalmente, Tassos Papadopoulos, apelava igualmente aos cipriotas gregos para que rejeitassem o plano do secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan.
Ambas as posições não surpreendem já que, em finais de Março, as negociações entre a Grécia, Turquia e as duas comunidades cipriotas terminaram sem acordo, o que não impediu a ONU de manter o referendo para a data marcada.
Numa alocução televisiva de 50 minutos, Papadopoulos afirmou que «os riscos e perigos do “sim” são bem maiores do que votar não e que o impacto do “sim” será irreversível», acrescentando que os esforços para a reunificação continuarão mesmo em caso de fracasso do referendo.
Segundo uma recente sondagem, 48 por cento dos cipriotas turcos irão votar «não», contra apenas nove por cento dos que se declaram favoráveis. Os indecisos constituem ainda uma percentagem significativa de 25 por cento.
Por seu lado, a Comissão Europeia propôs na quarta-feira, 7, várias alterações para adaptar o tratado de adesão de Chipre a uma eventual reunificação, com vista a manter «o equilíbrio entre cipriotas gregos e turcos».
Recusando a reivindicação da parte turca de derrogações permanentes à liberdade de circulação de pessoas e bens, um dos princípios básicos da União Europeia, o executivo comunitário propõe no entanto que os estados membros aprovem algumas restrições durante um período de tempo limitado.
Assim, em resposta ao receio de uma eventual «ocupação» maciça da parte turca (ao Norte da ilha) pelos cipriotas gregos, economicamente mais fortes, a Comissão propõe que a aquisição de propriedades fique condicionada a uma autorização pelas respectivas entidades durante um período máximo de 15 anos.
De igual modo, as partes poderão impor restrições à instalação de cipriotas gregos ou turcos nos diferentes lados da ilha durante 19 anos, aplicando-se o mesmo princípio aos cidadãos gregos e turcos que pretendam obter autorização de residência em Chipre.
Em caso de reunificação, Bruxelas tomará todas as medidas para que o turco se torne uma das línguas oficiais da UE.