Uma luta com futuro
Em Vialonga a campanha de contactos com os militantes do PCP já chegou ao fim. Entretanto, porque os comunistas não desistem da sua luta, outras tarefas estão já agendadas para o futuro.
Vamos dar continuidade a um Partido com futuro
Em Junho de 2002, após a Conferência Nacional, iniciou-se uma campanha de contactos a todos os militantes do PCP. Entre os objectivos fundamentais destaca-se integração daqueles que «querem continuar ou restabelecer a sua ligação com o Partido e aproximar os efectivos contabilizados da realidade partidária». «Tal acção visa contribuir para a integração de cada militante numa organização e num organismo e comporta também o objectivo de actualizar os dados de cada membro do Partido de modo a permitir melhorar a informação e o contacto», lê-se na resolução da conferência. Na reunião de 6 de Dezembro, o Comité Central do PCP decidiu prolongar a campanha até Abril, reafirmando que se deveria concentrar atenções e energias na sua concretização.
No entanto, em Vialonga a campanha de contactos há muito que terminou, tendo a Comissão de Freguesia do PCP contactado todos os militantes, 321 no seu total. João Francisco, Fernanda Briosa, André Gomes, João Pedro, Lucrécia Salsa e o jovem Melheiros, como lhe chamam carinhosamente, foram os rostos visíveis, que falaram ao Avante!, do trabalho realizado, não por aquelas cinco pessoas, mas por um colectivo composto por dezenas de camaradas.
Este é mais um exemplo da luta que os comunistas travam em Portugal. Esta gente não desiste de ser o que é e o que quer ser, por isso, lutando por aquilo que acreditam, empenham-se na sua máxima força, para que os seus objectivos sejam alcançados. Desta vez a tarefa, de grande importância para o Partido, foi a campanha de contactos com vista a saber quem somos, quantos somos e em que medida isso pode reforçar a organização e intervenção do PCP.
«Queremos chegar, cada vez mais, ao encontro das pessoas, às suas reivindicações», afirmou João Francisco, responsável pela Comissão de Freguesia local, revelando em primeira mão, e com orgulho, que, nesta campanha, para além do contacto com todos os militantes, entraram para o Partido mais cinco pessoas, todos jovens. «Vamos dar continuidade a um Partido com futuro, porque o PCP tem que viver hoje, amanhã e depois», fincou.
Organização partidária
Em Vialonga a preparação desta campanha cedo se iniciou. Porque neste Partido se trabalha sempre em colectivo. Após a realização da Conferência Nacional, a organização de freguesia reuniu-se, logo, no primeiro mês de 2003, «de onde saíram várias ideias, de modo a dar o nosso melhor contributo ao PCP», disse o João Francisco.
Após a reunião, passou-se para a prática. «Enviamos uma fotocopia do questionário a todos os militantes do Partido, convidando-os para um debate, realizado no Centro de Trabalho, de forma a explicar e informar o porquê desta campanha», continuou o comunista. Nesta iniciativa apareceram mais de 20 camaradas que prontamente actualizaram os seus dados.
Após a primeira iniciativa, que, segundo os entrevistados foi uma inegável vitória, e com a necessidade de chegar a todos os militantes, a Comissão de Freguesia do PCP de Vialonga decidiu descentralizar os plenários, de modo a abranger a maior área possível, para que nenhum comunista ficasse excluído deste processo.
Findados os plenários, era agora tempo de dar início à última etapa, o porta-a-porta. «Organizamo-nos em grupos de dois, três, quatro camaradas e fazíamos os contactos em casa, nos cafés, ou na própria rua, se necessário. Não ficámos à espera que eles viessem ter connosco, nós é que íamos ao encontro deles», reforçou João Francisco, sublinhando que, para ele, «este foi o mais importante em termos de campanha de contactos».
Objectivos essenciais
Os resultados deste trabalho não podiam ser melhores, no final do ano de 2003, estes comunistas contactaram mais de 80 por cento dos militantes da freguesia. «Trabalhámos por objectivos e, em três meses, ou seja, até ao mês de Junho/Julho, porque entrava o período de férias e logo depois a Festa do Avante!, falámos com 75 por cento da organização», contou.
Os outros 20 por cento, os mais complicados, ficaram para o fim. No entanto, com alguma dificuldade - ou porque morreram, ou porque mudaram de residência - com o esforço e a dedicação que sempre foi característica dos comunistas, as fichas dos camaradas de Vialonga foram todas preenchidas. «Durante o ano, trazia sempre na minha pasta umas fichas dos contactos, se não encontrava os camaradas e, por acaso, os via na rua era ali mesmo que lhes entregava as fichas de contacto», confidenciou o responsável pela organização local do PCP.
Os resultados saltam à vista, dos mais de 300 militantes, todos continuam a ser do Partido, tendo, na maioria, aumentado a sua cota. Também as vendas da imprensa do PCP subiram, sendo que esta organização vendia em média 67 jornais por semana.
Sucesso indiscutível
«Não sou esperto, nem bruto; Nem bem, nem mal educado; Sou simplesmente o produto; Do meio em que fui criado». Foi com estas palavras que André Gomes, responsável pela propaganda na freguesia, explicou, ao Avante!, o sucesso desta campanha. «Funcionamos bem em colectivo, somos uma equipa coesa que, dentro das possibilidades, se tem preocupado em fazer um bom trabalho», concluiu.
Concordando com tudo o que foi já dito, Melheiros, o mais novo elemento desta experiente força de trabalho, salientou que «o resultado desta iniciativa é o reflexo do contacto que a Comissão de Freguesia tem mantido ao longo dos anos com os seus militantes».
Solidariedade sentida
Porque no PCP as histórias são «como as cerejas», magníficos fragmentos de fraternidade, solidariedade e carinho, que nos levavam a outros tempos e a outros lugares, Fernanda Brioso, também da Comissão de Freguesia de Vialonga, contou-nos um episódio que ocorreu durante uma brigada de contactos, que a deixou bastante sensibilizada.
«Fomos um dia à casa de dois camaradas já de idade. Quando abriram a porta e viram que éramos do PCP e ficaram tão emocionados que as lágrimas lhes vieram aos olhos», contou Fernanda Brioso, que, segundo ela, «esta campanha foi uma forma de conhecer melhor as pessoas, assim como o sentimento delas».
Por seu lado, Lucrécia Salsa enalteceu o papel da organização do PCP, tanto na campanha de contactos, como em qualquer outra iniciativa. «Temos boas e más qualidades, como toda a gente, mas o nosso trabalho é reconhecido», concluiu, com orgulho na sua ideologia, nas suas convicções.
No entanto, em Vialonga a campanha de contactos há muito que terminou, tendo a Comissão de Freguesia do PCP contactado todos os militantes, 321 no seu total. João Francisco, Fernanda Briosa, André Gomes, João Pedro, Lucrécia Salsa e o jovem Melheiros, como lhe chamam carinhosamente, foram os rostos visíveis, que falaram ao Avante!, do trabalho realizado, não por aquelas cinco pessoas, mas por um colectivo composto por dezenas de camaradas.
Este é mais um exemplo da luta que os comunistas travam em Portugal. Esta gente não desiste de ser o que é e o que quer ser, por isso, lutando por aquilo que acreditam, empenham-se na sua máxima força, para que os seus objectivos sejam alcançados. Desta vez a tarefa, de grande importância para o Partido, foi a campanha de contactos com vista a saber quem somos, quantos somos e em que medida isso pode reforçar a organização e intervenção do PCP.
«Queremos chegar, cada vez mais, ao encontro das pessoas, às suas reivindicações», afirmou João Francisco, responsável pela Comissão de Freguesia local, revelando em primeira mão, e com orgulho, que, nesta campanha, para além do contacto com todos os militantes, entraram para o Partido mais cinco pessoas, todos jovens. «Vamos dar continuidade a um Partido com futuro, porque o PCP tem que viver hoje, amanhã e depois», fincou.
Organização partidária
Em Vialonga a preparação desta campanha cedo se iniciou. Porque neste Partido se trabalha sempre em colectivo. Após a realização da Conferência Nacional, a organização de freguesia reuniu-se, logo, no primeiro mês de 2003, «de onde saíram várias ideias, de modo a dar o nosso melhor contributo ao PCP», disse o João Francisco.
Após a reunião, passou-se para a prática. «Enviamos uma fotocopia do questionário a todos os militantes do Partido, convidando-os para um debate, realizado no Centro de Trabalho, de forma a explicar e informar o porquê desta campanha», continuou o comunista. Nesta iniciativa apareceram mais de 20 camaradas que prontamente actualizaram os seus dados.
Após a primeira iniciativa, que, segundo os entrevistados foi uma inegável vitória, e com a necessidade de chegar a todos os militantes, a Comissão de Freguesia do PCP de Vialonga decidiu descentralizar os plenários, de modo a abranger a maior área possível, para que nenhum comunista ficasse excluído deste processo.
Findados os plenários, era agora tempo de dar início à última etapa, o porta-a-porta. «Organizamo-nos em grupos de dois, três, quatro camaradas e fazíamos os contactos em casa, nos cafés, ou na própria rua, se necessário. Não ficámos à espera que eles viessem ter connosco, nós é que íamos ao encontro deles», reforçou João Francisco, sublinhando que, para ele, «este foi o mais importante em termos de campanha de contactos».
Objectivos essenciais
Os resultados deste trabalho não podiam ser melhores, no final do ano de 2003, estes comunistas contactaram mais de 80 por cento dos militantes da freguesia. «Trabalhámos por objectivos e, em três meses, ou seja, até ao mês de Junho/Julho, porque entrava o período de férias e logo depois a Festa do Avante!, falámos com 75 por cento da organização», contou.
Os outros 20 por cento, os mais complicados, ficaram para o fim. No entanto, com alguma dificuldade - ou porque morreram, ou porque mudaram de residência - com o esforço e a dedicação que sempre foi característica dos comunistas, as fichas dos camaradas de Vialonga foram todas preenchidas. «Durante o ano, trazia sempre na minha pasta umas fichas dos contactos, se não encontrava os camaradas e, por acaso, os via na rua era ali mesmo que lhes entregava as fichas de contacto», confidenciou o responsável pela organização local do PCP.
Os resultados saltam à vista, dos mais de 300 militantes, todos continuam a ser do Partido, tendo, na maioria, aumentado a sua cota. Também as vendas da imprensa do PCP subiram, sendo que esta organização vendia em média 67 jornais por semana.
Sucesso indiscutível
«Não sou esperto, nem bruto; Nem bem, nem mal educado; Sou simplesmente o produto; Do meio em que fui criado». Foi com estas palavras que André Gomes, responsável pela propaganda na freguesia, explicou, ao Avante!, o sucesso desta campanha. «Funcionamos bem em colectivo, somos uma equipa coesa que, dentro das possibilidades, se tem preocupado em fazer um bom trabalho», concluiu.
Concordando com tudo o que foi já dito, Melheiros, o mais novo elemento desta experiente força de trabalho, salientou que «o resultado desta iniciativa é o reflexo do contacto que a Comissão de Freguesia tem mantido ao longo dos anos com os seus militantes».
Solidariedade sentida
Porque no PCP as histórias são «como as cerejas», magníficos fragmentos de fraternidade, solidariedade e carinho, que nos levavam a outros tempos e a outros lugares, Fernanda Brioso, também da Comissão de Freguesia de Vialonga, contou-nos um episódio que ocorreu durante uma brigada de contactos, que a deixou bastante sensibilizada.
«Fomos um dia à casa de dois camaradas já de idade. Quando abriram a porta e viram que éramos do PCP e ficaram tão emocionados que as lágrimas lhes vieram aos olhos», contou Fernanda Brioso, que, segundo ela, «esta campanha foi uma forma de conhecer melhor as pessoas, assim como o sentimento delas».
Por seu lado, Lucrécia Salsa enalteceu o papel da organização do PCP, tanto na campanha de contactos, como em qualquer outra iniciativa. «Temos boas e más qualidades, como toda a gente, mas o nosso trabalho é reconhecido», concluiu, com orgulho na sua ideologia, nas suas convicções.