«Voto na CDU tem dupla eficácia»
O secretário-geral do PCP participou, no sábado, na Assembleia de Organização Regional de Viseu, onde recordou que o voto na CDU derrota sempre a direita.
O voto na CDU combate também as ambiguidades de outras forças de oposição
Intervindo no encerramento da Assembleia de Organização Regional de Viseu, Carlos Carvalhas referiu-se às eleições de 13 de Junho para o Parlamento Europeu afirmando que o voto na CDU tem a dupla eficácia de castigar a direita e a política de direita e de ser um voto que «elege deputados que dão todas as garantias de defender o interesse nacional e uma Europa mais social, mais democrática, de paz e solidariedade».
Carlos Carvalhas lembrou também que, se como afirma o PS, o objectivo é derrotar a direita, os votos na CDU «contam sempre» para esse objectivo. Mas com a eficácia suplementar de «também combater a política de direita e as ambiguidades que há em outras forças de oposição».
O que derrota a direita, recorda Carvalhas, «não são os votos no PS, mas a soma de todos os partidos da oposição». Mas entre o PS e a CDU, reafirma o dirigente do PCP, há diferenças. É que o voto na CDU é o voto «na força que não tem duas caras, que cumpre o que promete, que não se conluia com a direita nas privatizações, na política Europeia, na manutenção da GNR no Iraque». O secretário-geral do PCP lembrou as ambiguidades da direcção do PS relativamente a matérias como a invasão e a ocupação do Iraque, as políticas neoliberais e as leis laborais.
Fracasso confirmado
O secretário-geral do PCP referiu-se também ao Conselho Europeu da Primavera, que decorreu no fim-de-semana, que confirmou «aquilo que já se sabia: o fracasso de estratégia de Lisboa». Carvalhas adiantou mesmo que, sem o admitir, o conselho terá confirmado mesmo a «falência das medidas neoliberais». Quer no que respeita ao crescimento económico quer ao pleno emprego, destaca.
Carvalhas criticou o facto de, feita a constatação do falhanço do modelo seguido, os governos da direita e da social-democracia queiram «mais do mesmo», tendo iniciado uma nova «campanha de marketing» para, no fundo, manterem as mesmas políticas monetaristas e neoliberais «ao serviço da centralização e concentração de capitais».
Carvalhas comentou também as notícias vindas na imprensa que davam conta do apoio de Durão Barroso ao «golpe dos grandes países em relação às regras de preenchimento dos cargos da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), abrindo um precedente para ficarem com um lugar cativo em detrimento dos Estados mais pequenos». Para o dirigente comunista, isto revela que o Primeiro-Ministro português «tem um discurso cá dentro e outro lá fora». Em relação à política do Banco Central, Carvalhas considera que o que Portugal deveria defender era a diminuição das taxas de juro, como meio de dinamizar o consumo interno na União Europeia e aliviar financeiramente as pequenas e médias empresas. Com a política actual, está-se a financiar o emprego, o défice e o crescimento económico, mas dos Estados Unidos da América, ironizou o dirigente comunista.
Carlos Carvalhas acusou ainda o Conselho Europeu de se ter ficado por uma condenação pia sem quaisquer consequências práticas relativamente a «Sharon e à sua política criminosa».
Pôr fim ao Governo
Noutro momento da sua intervenção em Viseu, Carlos Carvalhas considerou ser hoje evidente «para cada vez mais portugueses que esta política é responsável pela grave situação económica e social em que o País se encontra». O secretário-geral do PCP recorda que «continuamos em recessão pelo sexto trimestre consecutivo, com o maior ritmo de crescimento do desemprego e vamos continuar a afastarmo-nos da média da União Europeia pelo menos até 2006».
Sobre a exigência do PS de se proceder a alterações no Governo, o dirigente comunista considera que o que está em causa «não é tal ou tal ministro, tal ou tal questão pontual, mas sim a política global». Daí não estar em causa qualquer remodelação governamental, afirma, questionando se haverá alguém que acredita que a mudança «deste ou daquele ministro, como pede o PS, vai alterar a política de fundo».
Carlos Carvalhas destacou que o que é preciso é «trabalhar, juntar esforços, congregar vontades, não para que haja uma remodelação – um cartão amarelo – mas sim para pôr fim a este Governo o mais depressa possível». Lembrando que o PS diz que quer que o Governo se mantenha até ao fim da legislatura, Carvalhas questiona as razões de tal «cartão amarelo». Da parte do PCP, reafirmou, «não nos resignamos a tal e tudo faremos para pôr fim a este Governo o mais depressa possível».
Carlos Carvalhas lembrou também que, se como afirma o PS, o objectivo é derrotar a direita, os votos na CDU «contam sempre» para esse objectivo. Mas com a eficácia suplementar de «também combater a política de direita e as ambiguidades que há em outras forças de oposição».
O que derrota a direita, recorda Carvalhas, «não são os votos no PS, mas a soma de todos os partidos da oposição». Mas entre o PS e a CDU, reafirma o dirigente do PCP, há diferenças. É que o voto na CDU é o voto «na força que não tem duas caras, que cumpre o que promete, que não se conluia com a direita nas privatizações, na política Europeia, na manutenção da GNR no Iraque». O secretário-geral do PCP lembrou as ambiguidades da direcção do PS relativamente a matérias como a invasão e a ocupação do Iraque, as políticas neoliberais e as leis laborais.
Fracasso confirmado
O secretário-geral do PCP referiu-se também ao Conselho Europeu da Primavera, que decorreu no fim-de-semana, que confirmou «aquilo que já se sabia: o fracasso de estratégia de Lisboa». Carvalhas adiantou mesmo que, sem o admitir, o conselho terá confirmado mesmo a «falência das medidas neoliberais». Quer no que respeita ao crescimento económico quer ao pleno emprego, destaca.
Carvalhas criticou o facto de, feita a constatação do falhanço do modelo seguido, os governos da direita e da social-democracia queiram «mais do mesmo», tendo iniciado uma nova «campanha de marketing» para, no fundo, manterem as mesmas políticas monetaristas e neoliberais «ao serviço da centralização e concentração de capitais».
Carvalhas comentou também as notícias vindas na imprensa que davam conta do apoio de Durão Barroso ao «golpe dos grandes países em relação às regras de preenchimento dos cargos da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), abrindo um precedente para ficarem com um lugar cativo em detrimento dos Estados mais pequenos». Para o dirigente comunista, isto revela que o Primeiro-Ministro português «tem um discurso cá dentro e outro lá fora». Em relação à política do Banco Central, Carvalhas considera que o que Portugal deveria defender era a diminuição das taxas de juro, como meio de dinamizar o consumo interno na União Europeia e aliviar financeiramente as pequenas e médias empresas. Com a política actual, está-se a financiar o emprego, o défice e o crescimento económico, mas dos Estados Unidos da América, ironizou o dirigente comunista.
Carlos Carvalhas acusou ainda o Conselho Europeu de se ter ficado por uma condenação pia sem quaisquer consequências práticas relativamente a «Sharon e à sua política criminosa».
Pôr fim ao Governo
Noutro momento da sua intervenção em Viseu, Carlos Carvalhas considerou ser hoje evidente «para cada vez mais portugueses que esta política é responsável pela grave situação económica e social em que o País se encontra». O secretário-geral do PCP recorda que «continuamos em recessão pelo sexto trimestre consecutivo, com o maior ritmo de crescimento do desemprego e vamos continuar a afastarmo-nos da média da União Europeia pelo menos até 2006».
Sobre a exigência do PS de se proceder a alterações no Governo, o dirigente comunista considera que o que está em causa «não é tal ou tal ministro, tal ou tal questão pontual, mas sim a política global». Daí não estar em causa qualquer remodelação governamental, afirma, questionando se haverá alguém que acredita que a mudança «deste ou daquele ministro, como pede o PS, vai alterar a política de fundo».
Carlos Carvalhas destacou que o que é preciso é «trabalhar, juntar esforços, congregar vontades, não para que haja uma remodelação – um cartão amarelo – mas sim para pôr fim a este Governo o mais depressa possível». Lembrando que o PS diz que quer que o Governo se mantenha até ao fim da legislatura, Carvalhas questiona as razões de tal «cartão amarelo». Da parte do PCP, reafirmou, «não nos resignamos a tal e tudo faremos para pôr fim a este Governo o mais depressa possível».