O PS e BE convergiram com a maioria PSD-CDS/PP no chumbo do projecto de resolução do PCP que preconizava a construção do Centro Materno Infantil do Norte. «Esta conjugação de votos mostra bem como é infelizmente vasto e alargado o campo daqueles que dizem defender o CMIN mas que no fundo não pretendem realmente a sua construção», observou o deputado Honório Novo, em declaração de voto em nome da bancada comunista, na qual expressou a sua indignação por aqueles partidos, desta forma, estarem a assumir uma posição contra a construção do Centro até 2006.
Este objectivo de erigir o edifício e de o pôr em funcionamento até àquela data era, de resto, uma questão central e prioritária no projecto de resolução do PCP, que insiste em ver cumpridos os compromissos assumidos há cerca de 20 anos com a população do Porto e do Norte mas sempre adiados por sucessivos governos.
Reiterada pelo deputado comunista foi a ideia, expressa no debate realizado há duas semanas, de que o Hospital Maria Pia e a Maternidade Júlio Dinis (e outras entidades como, por exemplo, a Ordem dos Médicos e o Hospital São João) devem participar na definição e aprovação do programa funcional do Centro Materno Infantil.
Para a bancada do PCP, tal como o Avante! noticiou na semana transacta, importa igualmente que o Centro Materno Infantil do Norte tenha plena autonomia de gestão e funcional face ao Hospital de S. João, do mesmo que deve ser garantido que a integração nele do Hospital Maria Pia e da Maternidade Júlio Dinis se faça «sem subordinações ou hipotéticas hierarquizações, respeitando integralmente capacidades e competências adquiridas».