Onde estávamos no 25 de Abril?

Toda a gente sabe onde estavam os militares de Abril, no dia 25 daquele glorioso mês de 1974. Nas ruas, nas praças, pegando em armas para derrubar o regime, calando-as em terras de África para um abraço libertador. Muitos deles sem a...

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Compor, rever e imprimir em nome da liberdade

Quase 30 anos passados, é ainda com algum nervosismo que Carlos Pires recorda o tempo passado na clandestinidade, a maioria em tipografias do Partido a compor, a rever e a imprimir o Avante! e O Militante.

O passado não se apaga de repente

O carácter alegre ajudou-a a sobreviver. Atrás da gargalhada pronta esconde as dores do passado. Hoje, 29 anos depois do 25 de Abril - que a apanhou de surpresa numa casa clandestina da Amadora - Mariana Rafael desdramatiza a sua vida, dizendo que «valeu a pena». O seu semblante carrega-se, contudo, quando recorda algumas situações.

E o povo saiu à rua

Na tarde de 25 de Abril de 1974, partilharam a boleia de uma chaimite na Rua do Carmo. Anos mais tarde conheceram-se… e reconheceram-se numa das fotos mais emblemáticas daquele dia. Eis Francisco Carrilho e Aníbal Guerreiro, dois dos protagonistas da revolução.

Do exílio à liberdade

Enfrentando a opressão do regime fascista, Helena Rato, comunista e filha de pais comunistas, cedo se viu confrontada com a necessidade de fugir para o estrangeiro. Com apenas a roupa no corpo, a então exilada, passou as «passas do Algarve» para chegar, por fim, ao país que a acolheu, a Bélgica.

As portas abriram-se do lado de fora

Para muitos presos políticos, a liberdade chegou um dia mais tarde. Enquanto os capitães e o povo livravam Portugal de quase cinco décadas de fascismo, o último funcionário do PCP preso enfrentava, em Caxias, os torcionários da PIDE, num confronto que um e outros não imaginavam tão breve.

Os jovens olhos da revolução

Os 29 anos da Revolução dos cravos comemoram-se amanhã com um desfile de milhares de pessoas que, como acontece todos os anos, descerão a Avenida da Liberdade, dando sentido prático à palavra que lhe empresta o nome. Entre a multidão estarão muitos, ainda jovens, para quem o 25 de Abril continua a ser uma referência. O Avante! deu-lhes a palavra, e procurou perceber as razões pelas quais estão com Abril.