Organizações do PCP

Uma voz que faz falta

As organizações do PCP não baixam os braços e estão atentas aos problemas dos trabalhadores e populações das suas regiões tecem críticas, reafirmam propostas, apontam caminhos.

São muitos os problemas denunciados pelo PCP

As direcções das organizações regionais de Lisboa e Setúbal, por exemplo, repudiam a «manobra de pressão» dos operadores privados dos transportes públicos da região de Lisboa, que ameaçam abandonar o sistema de passe social que vigora na região, caso não lhe sejam dadas indemnizações compensatórias.
O passe social significou um «avanço social» e um «elemento estruturante» da política de transportes, tendo constituído um factor de atracção ao sistema de transportes públicos, com benefícios para a população, para a mobilidade e para o ambiente. Existe há cerca de 30 anos e, quanto se sabe, não representou qualquer obstáculo ao interesse daqueles grupos privados nas empresas privatizadas, lembram as organizações. É, pois, «inaceitável a manobra de pressão a que se assiste e a política de transportes que vem sendo desenvolvida e que levou a que, entre 1991 e 2001, o serviço de transporte público perdesse 13% de utentes para o transporte individual.
A Comissão Distrital de Bragança veio também a público denunciar o que passa nas antigas Minas de Argozelo, onde, no âmbito da primeira fase de intervenção prevista no projecto de requalificação das minas, se destruiu tudo o que existia como memória da actividade mineira naquele espaço. São os novos «vândalos» do século XXI, diz o PCP indignado, prometendo apresentar sobre a matéria uma queixa-crime junto do Presidente da República, do Presidente da Assembleia da República, do Provedor de Justiça e do Ministério Público.
O PCP sempre defendeu o ordenamento e requalificação de todo o espaço envolvente da Mina e a criação do Museu Mineiro, pressupondo manter «a memória industrial e identitária» deste complexo e o «testemunho da antiga comunidade mineira». Porém, acusam os comunistas, os responsáveis governamentais e autárquicos fizeram «precisamente o contrário», desprezando anda a audição de entidades que deviam ser chamadas a participar na criação e instalação do Museu das Minas de Argozelo.

Discriminação e passividade

Também a Comissão Concelhia de Sintra considera «ilegal» e «discriminatória» a atitude do presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, de guardar fotocópias dos documentos dos cidadãos estrangeiros que pedem atestados de residência à Junta, visto este tratamento não se aplicar a cidadãos nacionais. Mesmo que fosse considerado necessário guardar cópias de documentos pessoais de qualquer cidadão – diz -, então as cópias teriam de ser guardadas exclusivamente nos serviços administrativos da Junta de Freguesia e não estar na posse do seu presidente.
A Comissão Concelhia de Vila Verde, por sua vez, congratula-se com as iniciativas do Grupo Parlamentar do PCP sobre a despoluição do Rio Homem, a empresa Águas e Portugal e o URBCOM para a Vila do Prado. Ao mesmo tempo, solidariza-se com a população da Freguesia do Couceiro afectada pela exploração ilegal da Pedreira, acusando a Junta de Freguesia do Couceiro e a Câmara Municipal de Vila Verde de passividade e o Governo de mais uma vez submeter os interesses das populações aos interesses económicos.
A Comissão de Reformados de Braga denuncia a política do Governo, que aumentou praticamente todos os bens de primeira necessidade em percentagens nunca vistas mas em relação às pensões deu aumentos insuficientes face à inflação. E lembrando as afirmações do Governo, de que a situação do País vai melhorar já no segundo semestre do corrente ano, diz não haver, então, justificação para que não ponha em prática o que prometeu em campanha eleitoral e o PCP defende: a aproximação das pensões ao nível do salário mínimo nacional.


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