Governo marca eleições
O presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, anunciou, sexta-feira, na Assembleia Nacional, que as próximas eleições legislativas decorreram no dia 14 de Abril.
A data deve permitir que o novo Chefe de Estado seja indigitado treze dias depois, a 27 de Abril, quando se celebra o 10.º aniversário do primeiro sufrágio multirracial no país e a eleição de Nelson Mandela como o primeiro presidente pós-apartheid.
O lapso temporal entre a consulta popular e a nomeação presidencial deve-se ao facto da escolha do presidente não ser feita por via directa. As listas candidatam-se aos 400 lugares do parlamento sul-africano que posteriormente designa o presidente consoante a maioria resultante no hemiciclo.
O Congresso Nacional Africano (ANC), partido de Mbeki que tem governado o país na última década em coligação com o Partido Comunista Sul-Africano, é apontado como o principal favorito à vitória, devendo assegurar uma maioria de dois terços dos deputados, o que permitirá aprovar algumas emendas à constituição consideradas fundamentais para a persecução do Manifesto da Revolução Nacional Democrática.
No discurso de balanço do último ano de mandato, Thabo Mbeki destacou os avanços verificados em áreas como o saneamento básico, a educação, a progressiva universalização da distribuição de água potável e electricidade, e a consolidação de mecanismos de participação democrática.
Coligação em marcha
Os principais adversários políticos da coligação governamental são a Aliança Democrática (AD), com cerca de 10% dos votos, e o Partido Inkatha, que governa a província de Natal e cujos principais apoios se encontram entre os Zulus, sem no entanto atingir a expressão granjeada no início dos anos noventa.
Os dois partidos acusam o governo liderado por Mbeki de não ter tomado medidas capazes de combater o desemprego, a corrupção e a propagação da SIDA, pelo que ponderam apresentar uma lista conjunta às eleições de Abril.
De acordo com declarações recentes do líder da AD, Tony Leon, o que está em causa é a escolha entre «um regime plural e um de partido único dominado pelo ANC».
Leon acusa ainda o governo de ser brando com a criminalidade e propõe o reforço policial nas ruas, um discurso inflamado que ameaça relançar o espectro da violência no país e minar as bases da convivência pacífica entre as diversas facções, tal como aconteceu no decurso das primeiras eleições livres em 1994.
O primeiro sinal foi dado no passado sábado, quando uma festa do Inkatha resultou em sete feridos. As responsabilidades foram atribuídas a supostos apoiantes do ANC que surgiram no evento vestidos com T-shirts do partido e abriram fogo sobre os presentes, factos ainda não confirmados pelas investigações em curso.
A data deve permitir que o novo Chefe de Estado seja indigitado treze dias depois, a 27 de Abril, quando se celebra o 10.º aniversário do primeiro sufrágio multirracial no país e a eleição de Nelson Mandela como o primeiro presidente pós-apartheid.
O lapso temporal entre a consulta popular e a nomeação presidencial deve-se ao facto da escolha do presidente não ser feita por via directa. As listas candidatam-se aos 400 lugares do parlamento sul-africano que posteriormente designa o presidente consoante a maioria resultante no hemiciclo.
O Congresso Nacional Africano (ANC), partido de Mbeki que tem governado o país na última década em coligação com o Partido Comunista Sul-Africano, é apontado como o principal favorito à vitória, devendo assegurar uma maioria de dois terços dos deputados, o que permitirá aprovar algumas emendas à constituição consideradas fundamentais para a persecução do Manifesto da Revolução Nacional Democrática.
No discurso de balanço do último ano de mandato, Thabo Mbeki destacou os avanços verificados em áreas como o saneamento básico, a educação, a progressiva universalização da distribuição de água potável e electricidade, e a consolidação de mecanismos de participação democrática.
Coligação em marcha
Os principais adversários políticos da coligação governamental são a Aliança Democrática (AD), com cerca de 10% dos votos, e o Partido Inkatha, que governa a província de Natal e cujos principais apoios se encontram entre os Zulus, sem no entanto atingir a expressão granjeada no início dos anos noventa.
Os dois partidos acusam o governo liderado por Mbeki de não ter tomado medidas capazes de combater o desemprego, a corrupção e a propagação da SIDA, pelo que ponderam apresentar uma lista conjunta às eleições de Abril.
De acordo com declarações recentes do líder da AD, Tony Leon, o que está em causa é a escolha entre «um regime plural e um de partido único dominado pelo ANC».
Leon acusa ainda o governo de ser brando com a criminalidade e propõe o reforço policial nas ruas, um discurso inflamado que ameaça relançar o espectro da violência no país e minar as bases da convivência pacífica entre as diversas facções, tal como aconteceu no decurso das primeiras eleições livres em 1994.
O primeiro sinal foi dado no passado sábado, quando uma festa do Inkatha resultou em sete feridos. As responsabilidades foram atribuídas a supostos apoiantes do ANC que surgiram no evento vestidos com T-shirts do partido e abriram fogo sobre os presentes, factos ainda não confirmados pelas investigações em curso.