Boicote à Al-Jazira
A página em inglês da rede de televisão do Qatar, Al Jazira, está a ser alvo de uma série de ataques de piratas de informática e viu cancelado a semana passada o seu contrato de serviços na rede nos Estados Unidos.
Acusada de não se submeter à censura informativa de Washington na cobertura da invasão do Iraque, a Al-Jazira não teve sequer direito a qualquer explicação por parte da Akamai para o cancelamento do contrato, mas suspeita-se que a medida se deva a fortes pressões de organismos governamentais norte-americanos, que estariam também a patrocinar os piratas informáticos. A pirataria informática, para além de dificultar o acesso à página inglesa da Al-Jazira, chegou ao ponto de, uma vez, substituir o conteúdo da página por uma bandeira dos EUA.
Depois de vários dias sem funcionar, a página voltou a ficar disponível na rede no final da semana passada, embora ainda registe alguns problemas.
As dificuldades da Al-Jazira não se ficam pela Akamai - uma empresa que presta serviços a páginas com grande volume de acessos -, mas estendem-se igualmente aos portais de Internet Yahoo e AOL, que segundo denunciou a cadeia televisiva se negam agora a publicar a sua publicidade. Este boicote sucede-se à recente decisão da Bolsa de Valores de Nova Iorque de retirar as credenciais aos jornalistas da Al-Jazira, e à recusa da Nasdaq em permitir que a televisão do Qatar transmitisse a partir das suas instalações.
Este caso motivou já um editorial do New York Times, que classificou de «repugnante» a perseguição de que a Al-Jazira está a ser vítima, lembrando que a estação «é a única voz independente que emite no mundo árabe», sendo vista por 35 milhões de pessoas.
Acusada de não se submeter à censura informativa de Washington na cobertura da invasão do Iraque, a Al-Jazira não teve sequer direito a qualquer explicação por parte da Akamai para o cancelamento do contrato, mas suspeita-se que a medida se deva a fortes pressões de organismos governamentais norte-americanos, que estariam também a patrocinar os piratas informáticos. A pirataria informática, para além de dificultar o acesso à página inglesa da Al-Jazira, chegou ao ponto de, uma vez, substituir o conteúdo da página por uma bandeira dos EUA.
Depois de vários dias sem funcionar, a página voltou a ficar disponível na rede no final da semana passada, embora ainda registe alguns problemas.
As dificuldades da Al-Jazira não se ficam pela Akamai - uma empresa que presta serviços a páginas com grande volume de acessos -, mas estendem-se igualmente aos portais de Internet Yahoo e AOL, que segundo denunciou a cadeia televisiva se negam agora a publicar a sua publicidade. Este boicote sucede-se à recente decisão da Bolsa de Valores de Nova Iorque de retirar as credenciais aos jornalistas da Al-Jazira, e à recusa da Nasdaq em permitir que a televisão do Qatar transmitisse a partir das suas instalações.
Este caso motivou já um editorial do New York Times, que classificou de «repugnante» a perseguição de que a Al-Jazira está a ser vítima, lembrando que a estação «é a única voz independente que emite no mundo árabe», sendo vista por 35 milhões de pessoas.