EUA apertam cerco à Coreia do Norte
A ONU tinha agendada para ontem uma reunião para discutir a «questão» norte-acoreana, acusada pelos EUA de estar a desenvolver armas nucleares. Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros de Pyongyang, o agendamento da reunião resulta das persistentes diligências do lobby norte-americano nas Nações Unidas e nada augura de bom.
Em nota divulgada no sábado pela imprensa norte-coreana, o ministro afirma que o ataque dos EUA ao Iraque mostrou a Pyongyang que «mesmo a assinatura de um tratado de não-agressão com os Estados Unidos não ajudaria a evitar uma guerra».
«Essa é uma lição que aprendemos da guerra no Iraque», disse o ministro.
A administração Bush, recorda-se, denunciou unilateralmente um acordo entre os dois países assinado no tempo de Clinton e incluiu a Coreia do Norte e o Irão no famigerado «eixo do mal», que incluía também o Iraque. Mais recentemente, a Coreia, a par da Síria e do Irão, tem sido acusada de constituir um perigo para Washington e para a humanidade.
O ministro dos Estrangeiros sul-coreano, Yoon Young Kwan, considera por seu lado que a tensão entre o país vizinho e os EUA poderia ser resolvida fora das Nações Unidas. «Se os esforços diplomáticos das duas Coreias, dos Estados Unidos e de outros países vizinhos tiverem sucesso, acho que o processo de imposição de sanções contra a Coreia do Norte na ONU poderia ser adiado», disse Yoon na televisão.
A questão curda
Entretanto, as acusações de Donald Rumsfeld e de Colin Powell ao Irão, designadamente sobre o alegado apoio a grupos armados iraquianos, são provocações que Teerão diz não serem novas.
«Essas advertências da América não são novas. A política dos Estados Unidos na região é: “Ou estão connosco, ou estão contra nós”. Nós ouvimos essas advertências dos EUA há anos», afirmou Kharrazi, após um encontro no sábado com a sua homóloga turca, Abdullah Gul. «Os EUA sabem que há muitas e profundas diferenças de perspectivas entre a América e o Irão», disse o ministro, afirmando esperar «que a América não aplique na região as mesmas políticas que Israel implementa. A população definitivamente agirá contra isso», garantiu.
O ministro iraniano condenou ainda o ataque dos EUA ao Iraque, deixando claro que o Irão «acredita que a situação do país se tornará cada vez mais crítica, numa espiral fora de controle», pelo que apoiam a posição da Turquia neste conflito.
A Turquia rejeita qualquer hipótese de os curdos - a combater ao lado das forças norte-americanas no Norte do Iraque - virem a criar um Estado próprio, dadas as implicações que isso teria na população curda do país, estimada em 12 milhões de pessoas. Também o Irão e Síria têm minorias curdas, que vivem em áreas vizinhas ao norte do Iraque.
Em nota divulgada no sábado pela imprensa norte-coreana, o ministro afirma que o ataque dos EUA ao Iraque mostrou a Pyongyang que «mesmo a assinatura de um tratado de não-agressão com os Estados Unidos não ajudaria a evitar uma guerra».
«Essa é uma lição que aprendemos da guerra no Iraque», disse o ministro.
A administração Bush, recorda-se, denunciou unilateralmente um acordo entre os dois países assinado no tempo de Clinton e incluiu a Coreia do Norte e o Irão no famigerado «eixo do mal», que incluía também o Iraque. Mais recentemente, a Coreia, a par da Síria e do Irão, tem sido acusada de constituir um perigo para Washington e para a humanidade.
O ministro dos Estrangeiros sul-coreano, Yoon Young Kwan, considera por seu lado que a tensão entre o país vizinho e os EUA poderia ser resolvida fora das Nações Unidas. «Se os esforços diplomáticos das duas Coreias, dos Estados Unidos e de outros países vizinhos tiverem sucesso, acho que o processo de imposição de sanções contra a Coreia do Norte na ONU poderia ser adiado», disse Yoon na televisão.
A questão curda
Entretanto, as acusações de Donald Rumsfeld e de Colin Powell ao Irão, designadamente sobre o alegado apoio a grupos armados iraquianos, são provocações que Teerão diz não serem novas.
«Essas advertências da América não são novas. A política dos Estados Unidos na região é: “Ou estão connosco, ou estão contra nós”. Nós ouvimos essas advertências dos EUA há anos», afirmou Kharrazi, após um encontro no sábado com a sua homóloga turca, Abdullah Gul. «Os EUA sabem que há muitas e profundas diferenças de perspectivas entre a América e o Irão», disse o ministro, afirmando esperar «que a América não aplique na região as mesmas políticas que Israel implementa. A população definitivamente agirá contra isso», garantiu.
O ministro iraniano condenou ainda o ataque dos EUA ao Iraque, deixando claro que o Irão «acredita que a situação do país se tornará cada vez mais crítica, numa espiral fora de controle», pelo que apoiam a posição da Turquia neste conflito.
A Turquia rejeita qualquer hipótese de os curdos - a combater ao lado das forças norte-americanas no Norte do Iraque - virem a criar um Estado próprio, dadas as implicações que isso teria na população curda do país, estimada em 12 milhões de pessoas. Também o Irão e Síria têm minorias curdas, que vivem em áreas vizinhas ao norte do Iraque.