Compromisso de luta
Dinamizar a contratação colectiva e agir na defesa e pela conquista de direitos, foram os desafios assumidos pelos 400 delegados ao 8.º Congresso da União dos Sindicatos de Lisboa.
Intervir nos locais de trabalho é a prioridade
Na moção aprovada no fim de semana passado em Lisboa, sublinha-se que o ataque aos direitos dos trabalhadores é «um ajuste de contas com o 25 de Abril e seus principais construtores, os trabalhadores», motivo pelo qual os delegados assumiram, por unanimidade, o compromisso de dar combate a esta política.
Na resolução, os representantes da USL assumem como prioridade a dinamização da contratação colectiva.
A manutenção da validade dos contratos colectivos de trabalho foi uma das grandes vitórias dos trabalhadores na sua luta contra o Código do Trabalho. Ao contrário do que Bagão Félix e o Governo pretendiam, «a entrada em vigor do novo pacote laboral não vem caducar os contratos colectivos» que continuarão a ser a grande arma de defesa dos trabalhadores contra os ataques do Governo e do patronato, afirmou, no encerramento, Manuel Carvalho da Silva.
Para a USL - a maior estrutura regional da CGTP -, será a capacidade de luta dos trabalhadores que determinará a perigosidade do Código do Trabalho.
Arménio Carlos, membro da Comissão Executiva da CGTP-IN e coordenador da USL, considerou que um dos resultados positivos do Congresso foi o reforço da unidade para continuar a luta.
Após um balanço do intenso trabalho realizado desde o último Congresso, os delegados assumiram a meta de sindicalizar mais 70 mil novos trabalhadores e eleger 1.500 novos delegados sindicais nos próximos quatro anos.
Arménio Carlos deixou o apelo ao empenho de todos para que o Dia Nacional de Luta da CGTP-IN, marcado para sábado próximo, dia 29. Em Lisboa, parte às 15 horas do Marquês de Pombal até ao Rossio.
Combate ideológico
O combate ideológico trava-se com a luta dos trabalhadores como está a acontecer com os ferroviários, com os trabalhadores da Carris - «uma luta muito importante neste momento» -, da Bombardier/Sorefame, ou com o «extraordinário dia de greve dos trabalhadores da Administração Pública», salientou Carvalho da Silva.
Perante «uma política profundamente conservadora», onde «a extrema direita social e política está no Governo e profundamente activa a comandar o essencial do ataque», torna-se necessário «realizarmos um combate ideológico, sem sermos populistas», afirmou.
O Congresso assumiu a importância da ligação às empresas e aos locais de trabalho, uma vez que é ali «que o confronto de classe e a mobilização dos trabalhadores tem de ser permanente e que aumenta a sindicalização e o reforço das organizações de base», considerou Arménio Carlos.
É, por isso, para a USL, fundamental e prioritária a intervenção nos locais de trabalho como centro do rejuvenescimento do movimento sindical.
Capital do desemprego
Lisboa tem neste momento 93 mil desempregados, maioritariamente mulheres e muitos jovens licenciados.
Alastram também os salários em atraso e o atraso no pagamento de indemnizações aos que perderam os postos de trabalho. Cerca de 20 mil trabalhadores estão à espera - em certos casos, há mais de vinte anos - de créditos que no total atinem os 107 milhões de euros.
O trabalho precário na região de Lisboa e Vale do Tejo atinge os 24 por cento, cerca de 320 mil trabalhadores. As mulheres são 51 por cento deste total e 57,8 são jovens com menos de 25 anos.
Há também muitas empresa com postos fixos que, para esses lugares contratam trabalhadores a prazo.
Na resolução, os representantes da USL assumem como prioridade a dinamização da contratação colectiva.
A manutenção da validade dos contratos colectivos de trabalho foi uma das grandes vitórias dos trabalhadores na sua luta contra o Código do Trabalho. Ao contrário do que Bagão Félix e o Governo pretendiam, «a entrada em vigor do novo pacote laboral não vem caducar os contratos colectivos» que continuarão a ser a grande arma de defesa dos trabalhadores contra os ataques do Governo e do patronato, afirmou, no encerramento, Manuel Carvalho da Silva.
Para a USL - a maior estrutura regional da CGTP -, será a capacidade de luta dos trabalhadores que determinará a perigosidade do Código do Trabalho.
Arménio Carlos, membro da Comissão Executiva da CGTP-IN e coordenador da USL, considerou que um dos resultados positivos do Congresso foi o reforço da unidade para continuar a luta.
Após um balanço do intenso trabalho realizado desde o último Congresso, os delegados assumiram a meta de sindicalizar mais 70 mil novos trabalhadores e eleger 1.500 novos delegados sindicais nos próximos quatro anos.
Arménio Carlos deixou o apelo ao empenho de todos para que o Dia Nacional de Luta da CGTP-IN, marcado para sábado próximo, dia 29. Em Lisboa, parte às 15 horas do Marquês de Pombal até ao Rossio.
Combate ideológico
O combate ideológico trava-se com a luta dos trabalhadores como está a acontecer com os ferroviários, com os trabalhadores da Carris - «uma luta muito importante neste momento» -, da Bombardier/Sorefame, ou com o «extraordinário dia de greve dos trabalhadores da Administração Pública», salientou Carvalho da Silva.
Perante «uma política profundamente conservadora», onde «a extrema direita social e política está no Governo e profundamente activa a comandar o essencial do ataque», torna-se necessário «realizarmos um combate ideológico, sem sermos populistas», afirmou.
O Congresso assumiu a importância da ligação às empresas e aos locais de trabalho, uma vez que é ali «que o confronto de classe e a mobilização dos trabalhadores tem de ser permanente e que aumenta a sindicalização e o reforço das organizações de base», considerou Arménio Carlos.
É, por isso, para a USL, fundamental e prioritária a intervenção nos locais de trabalho como centro do rejuvenescimento do movimento sindical.
Capital do desemprego
Lisboa tem neste momento 93 mil desempregados, maioritariamente mulheres e muitos jovens licenciados.
Alastram também os salários em atraso e o atraso no pagamento de indemnizações aos que perderam os postos de trabalho. Cerca de 20 mil trabalhadores estão à espera - em certos casos, há mais de vinte anos - de créditos que no total atinem os 107 milhões de euros.
O trabalho precário na região de Lisboa e Vale do Tejo atinge os 24 por cento, cerca de 320 mil trabalhadores. As mulheres são 51 por cento deste total e 57,8 são jovens com menos de 25 anos.
Há também muitas empresa com postos fixos que, para esses lugares contratam trabalhadores a prazo.
Foto de Reinaldo Rodrigues