Exploração infantil aumenta

O vertiginoso aumento do desemprego registado nos últimos meses em Portugal fomenta o trabalho infantil, a exploração encoberta de crianças e a sedimentação de uma «economia clandestina».
A conclusão foi avançada por Hortência Calçada, coordenadora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto, quarta-feira da semana passada, num encontro organizado pela Confederação Nacional de Acção sobre Trabalho Infantil, intitulado «As piores formas de trabalho infantil».
Segundo aquela responsável, a deslocação do trabalho infantil para o interior das residências torna a sua desmontagem pelos organismos fiscalizadores mais complicada, dando o exemplo de «muitas industrias de calçado e confecções que recorrem à mão-de-obra barata em casas de famílias mais pobres» e alertou ainda para o número de crianças envolvidas em redes de tráfico de droga e prostituição.
A falta de investimento nos sectores da educação - responsável pela manutenção de uma mão-de-obra precoce, mal qualificada e precária – saúde e serviços de apoio à exclusão social são outras razões apontadas para explicar o aumento e alteração qualitativa do trabalho infantil no nosso país.


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