Deprimidos
A depressão, apresentada como a doença de massas dos nossos dias, parece ter tomado conta do país. Se deprimidos com esta política andarão os portugueses, mais deprimidas se encontram algumas regiões do país. Pelo que se vê não há discurso do Primeiro Ministro, por mais optimista que seja, capaz de dar conta dos baixíssimos índices de confiança dos portugueses face ao futuro ou do permanente avolumar do desigual desenvolvimento entre as várias regiões do território nacional. Uma injustiça e uma falta de gratidão deste país, diga-se, que prefere continuar a dar mais valor e peso a questões comezinhas como a falta de emprego, os despedimentos, a desertificação ou a perda de poder de compra do que à radiosa e prometida perspectiva da luz ao fundo de túnel que lá para 2006, mas mais seguramente para 2010, há-de trazer a Portugal e aos portugueses a felicidade e a abundância. Até lá contenção salarial, redução do défice e da despesa, menos investimento público. E sobretudo muita propaganda e alguns paliativos para tentar disfarçar o indisfarçavel.
É o que se vê com as anunciadas medidas dirigidas às seis regiões deprimidas ou áreas criticas identificadas como as mais negativamente atingidas por um crescimento desigual. Difícil é optar entre o que é mais surpreendente : se a aparente descoberta do Governo para o avolumar das assimetrias regionais, se a inconsistência das soluções avançadas.
Só por irresponsável distracção se poderia desconhecer que as regiões Centro, Norte, Açores e Alentejo viram o seu índice de PIB per capita perder peso para o total nacional nos últimos cinco anos da década de 90, ou ainda que os índices de desenvolvimento económico entre regiões do continente se traduziu no agravamento das desigualdades e assimetrias regionais em favor do litoral.
E se é verdade que o país e as várias regiões apresentam um índice de desenvolvimento social mais equilibrado em resultado sobretudo da contribuição dada para esse objectivo pelas autarquias não é menos verdade que o desigual desenvolvimento económico que persiste e se acentua resulta da ausência de uma política de desenvolvimento económico que ao Estado cumpre promover. Pelo que as declarações de Durão Barroso, a propósito da situação destas regiões e das medidas para a enfrentar, no sentido de que esse objectivo tem de ser alcançado por políticas voluntarista, sem aumento da despesa pública e pela capacidade dos portugueses de “pelos seus meios vencerem os desafios da competitividade” diz tudo sobre os resultados que produzirão.
É o que se vê com as anunciadas medidas dirigidas às seis regiões deprimidas ou áreas criticas identificadas como as mais negativamente atingidas por um crescimento desigual. Difícil é optar entre o que é mais surpreendente : se a aparente descoberta do Governo para o avolumar das assimetrias regionais, se a inconsistência das soluções avançadas.
Só por irresponsável distracção se poderia desconhecer que as regiões Centro, Norte, Açores e Alentejo viram o seu índice de PIB per capita perder peso para o total nacional nos últimos cinco anos da década de 90, ou ainda que os índices de desenvolvimento económico entre regiões do continente se traduziu no agravamento das desigualdades e assimetrias regionais em favor do litoral.
E se é verdade que o país e as várias regiões apresentam um índice de desenvolvimento social mais equilibrado em resultado sobretudo da contribuição dada para esse objectivo pelas autarquias não é menos verdade que o desigual desenvolvimento económico que persiste e se acentua resulta da ausência de uma política de desenvolvimento económico que ao Estado cumpre promover. Pelo que as declarações de Durão Barroso, a propósito da situação destas regiões e das medidas para a enfrentar, no sentido de que esse objectivo tem de ser alcançado por políticas voluntarista, sem aumento da despesa pública e pela capacidade dos portugueses de “pelos seus meios vencerem os desafios da competitividade” diz tudo sobre os resultados que produzirão.