A demissão que faltava

No seguimento dos acontecimentos que ditaram a demissão do ministro da Ciência e o Ensino Superior, Pedro Lynce, demitiu-se anteontem o ministro dos Negócios Estrangeiros, Martins da Cruz. Aquando da primeira demissão, o PCP considerou, através do seu Gabinete de Imprensa (ver página 13), que os acontecimentos em causa tornavam «absolutamente insustentável» a permanência de Martins da Cruz nas funções que exercia até à passada terça-feira. Imediatamente a seguir à demissão de Martins da Cruz, o Gabinete de Imprensa do PCP emitiu um outro comunicado, que transcrevemos na íntegra.
«O PCP salienta que a demissão do Ministro dos Negócios Estrangeiros, que o PCP com toda a clareza havia reclamado na passada sexta-feira, é uma inequívoca confirmação de que a sua relação e envolvimento com o caso de favorecimento pessoal e político que levou à demissão do Ministro da Ciência e Ensino Superior tornava insustentável a sua permanência em exercício de funções tão responsáveis.
«O PCP sublinha que o curso dos acontecimentos e os efeitos deste escândalo não podem deixar de atingir directamente o Primeiro-Ministro Durão Barroso que tentou evitar a demissão do Ministro dos Negócios Estrangeiros e o protegeu explicitamente em variadas declarações e acaba por ter aceitar ou decidir essa demissão face à divulgação de novos dados que certamente eram do conhecimento de ambos já na passada sexta-feira.
«Ainda que as demissões dos dois Ministros ocorridas nos últimos dias não tenham relação directa com as políticas seguidas pelo Governo mas com uma clamorosa ofensa a elementares princípios éticos no desempenho de cargos públicos, o PCP salienta que estas duas demissões comportam o valioso significado geral de que o Governo PSD-CDS não faz tudo o que lhe apeteceria fazer, pode ser combatido com êxito e, mais adiante, ser derrotado.»


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