Nova lei visa atingir o PCP
Na intervenção que proferiu nas Assembleias de Organização de Aveiro e de Braga e de Aveiro, Carlos Carvalhas deteve-se, em particular, sobre a questão da guerra e sobre a reforma do sistema político.
Abordando a nova lei dos partidos, do PS, PSD e PP, Carlos Carvalhas denunciou a tentativa de, com esta lei, impor-se aos Partidos regras que lhes são alheias e um «modelo único» de estatutos, sem respeito pela soberania dos militantes.
O objectivo principal desta lei é atingir o PCP, acusou Carlos Carvalhas. «Mas porque será que este partido continua a ser o alvo principal das forças do dinheiro e do capital financeiro?», porque estando ele tão «paralisado» nas instituições e fora delas, «se continua a gastar tanta tinta, tanto papel, tanto espaço radiofónico e televisivo para o combater, há preocupação em o silenciar, deturpar e dividir?», pergunta, denunciando os «papagaios das classes dominantes» que tantos conselhos dão ao PCP e tanto espaço aos que abandonaram as suas fileiras.
Ao contrário do que essa gente pretende, garantiu, o País, os trabalhadores, o povo português precisam de um PCP «mais forte», que, combatendo o sectarismo e o oportunismo, aumentando a sua militância, se reforce eleitoralmente e dê resposta aos novos problemas que hoje se colocam.
Cinismo e desumanidade
Abordando a questão da guerra, Carlos Carvalhas diz que, em vez da «guerra limpa e cirúrgica» que foi anunciada, o que se vê é «a morte, o sangue, o medo, a raiva, o ódio, o desespero, os inocentes sacrificados e o caldo de cultura de novos terrorismos». E acusou de «cinismo» aqueles que «fazem cálculos de quanto podem vir a ganhar com a retoma da bolsa e com as negociatas da reconstrução, procurando esconder que só há reconstrução porque há precisamente a destruição e a destruição sistemática de habitações, edifícios públicos, estradas, aparelho produtivo».
«Não há eventuais ganhos materiais presentes ou futuros que paguem a vassalagem ou que apaguem o sangue e o sacrifício de milhares de seres humanos de ambos os lados», disse Carvalhas, admitindo que alguns «acreditar que estão a lutar contra o terrorismo e pela libertação de um povo». A verdade, porém, é que estão a lutar «pelos interesses do Sr. Dick Cheney, Vice-presidente dos EUA a cuja empresa (da qual foi director) foi entregue o chorudo contrato de reconstrução dos poços de petróleo; a lutar pelos interesses dos gigantes do petróleo, do armamento, da construção e da electrónica».
«Cinismo, frieza e desumanidade» mostram, também, aqueles que esperam a rendição do Iraque «pela fome, pela sede e pela exaustão», considerando, como disse desavergonhadamente Bush, que «quando aquela população capitular receberá uma grande ajuda». E concluiu: «É a ajuda humanitária ao serviço da estratégia da cedência, da capitulação e da morte.»
Lembrando a carta de Mia Couto ao presidente Bush e os apelos à paz que o Papa tem vindo a fazer, o secretário-geral do PCP considerou «chocante» ver como «muitos daqueles que tanto citam a doutrina da Igreja ou são apoiantes deste acto de agressão ou se calam perante os apelos do Papa ou o silenciam».
Porém, sublinha Carlos Carvalhas, «ninguém pode ficar insensível àqueles olhos de terror, de medo dos prisioneiros de ambos os lados; daquelas mães com os filhos nos braços; daqueles feridos prostrados nos hospitais», ninguém e «muito menos os comunistas», razão por que continuarão a levantar a voz de paz e de liberdade.
O objectivo principal desta lei é atingir o PCP, acusou Carlos Carvalhas. «Mas porque será que este partido continua a ser o alvo principal das forças do dinheiro e do capital financeiro?», porque estando ele tão «paralisado» nas instituições e fora delas, «se continua a gastar tanta tinta, tanto papel, tanto espaço radiofónico e televisivo para o combater, há preocupação em o silenciar, deturpar e dividir?», pergunta, denunciando os «papagaios das classes dominantes» que tantos conselhos dão ao PCP e tanto espaço aos que abandonaram as suas fileiras.
Ao contrário do que essa gente pretende, garantiu, o País, os trabalhadores, o povo português precisam de um PCP «mais forte», que, combatendo o sectarismo e o oportunismo, aumentando a sua militância, se reforce eleitoralmente e dê resposta aos novos problemas que hoje se colocam.
Cinismo e desumanidade
Abordando a questão da guerra, Carlos Carvalhas diz que, em vez da «guerra limpa e cirúrgica» que foi anunciada, o que se vê é «a morte, o sangue, o medo, a raiva, o ódio, o desespero, os inocentes sacrificados e o caldo de cultura de novos terrorismos». E acusou de «cinismo» aqueles que «fazem cálculos de quanto podem vir a ganhar com a retoma da bolsa e com as negociatas da reconstrução, procurando esconder que só há reconstrução porque há precisamente a destruição e a destruição sistemática de habitações, edifícios públicos, estradas, aparelho produtivo».
«Não há eventuais ganhos materiais presentes ou futuros que paguem a vassalagem ou que apaguem o sangue e o sacrifício de milhares de seres humanos de ambos os lados», disse Carvalhas, admitindo que alguns «acreditar que estão a lutar contra o terrorismo e pela libertação de um povo». A verdade, porém, é que estão a lutar «pelos interesses do Sr. Dick Cheney, Vice-presidente dos EUA a cuja empresa (da qual foi director) foi entregue o chorudo contrato de reconstrução dos poços de petróleo; a lutar pelos interesses dos gigantes do petróleo, do armamento, da construção e da electrónica».
«Cinismo, frieza e desumanidade» mostram, também, aqueles que esperam a rendição do Iraque «pela fome, pela sede e pela exaustão», considerando, como disse desavergonhadamente Bush, que «quando aquela população capitular receberá uma grande ajuda». E concluiu: «É a ajuda humanitária ao serviço da estratégia da cedência, da capitulação e da morte.»
Lembrando a carta de Mia Couto ao presidente Bush e os apelos à paz que o Papa tem vindo a fazer, o secretário-geral do PCP considerou «chocante» ver como «muitos daqueles que tanto citam a doutrina da Igreja ou são apoiantes deste acto de agressão ou se calam perante os apelos do Papa ou o silenciam».
Porém, sublinha Carlos Carvalhas, «ninguém pode ficar insensível àqueles olhos de terror, de medo dos prisioneiros de ambos os lados; daquelas mães com os filhos nos braços; daqueles feridos prostrados nos hospitais», ninguém e «muito menos os comunistas», razão por que continuarão a levantar a voz de paz e de liberdade.