«A 30 anos Allende vive»
Forças de esquerda debatem no Chile «As Alternativas Populares e a Perspectiva Socialista na América Latina», 30 anos depois do golpe militar que derrubou Salvador Allende.
Num momento em que as lutas dos povos começam a recuperar a iniciativa, realizou-se no Chile um Seminário Internacional, de 7 a 10 de Setembro, que analisou os conteúdos e formas actuais da dominação imperialista; a actuação dos povos para enfrentar a sua agressividade; a procura que hoje os movimentos populares realizam para construir alternativas ao sistema.
Alguns temas em particular foram analisados, como a ALCA, a militarização da América Latina, a Esquerda e a Governação, os Movimentos Sociais e Políticos, a Dialéctica entre a Reforma e a Revolução.
O Seminário contou com uma larga presença de países da América Latina e alguns países da Europa como a Alemanha, França, Itália e Portugal numa participação activa de cerca de 500 pessoas.
A convite dos organizadores - Instituto de Ciências Alejandro Lipschutz (ICAL), a Revista América Livre, o Centro de Educação Popular Instituto Sede Sapientae (CEPIS) do Brasil, e o Centro Martin Luther King Jr. de Cuba -, o Partido Comunista Português esteve representado por Abílio Fernandes, do Comité Central.
A experiência portuguesa
Convidado a intervir sob o tema Reforma Agrária (RA) e a Soberania Alimentar, Abílio Fernandes abordou o contexto revolucionário resultante do golpe militar do 25 de Abril, e a dinâmica revolucionária portuguesa que levou à conquista de importantes realizações e reformas, entre as quais a Reforma Agrária no Alentejo. Conquistada a RA em 2 anos, levou mais de 15 anos a ser destruída, graças à resistência dos trabalhadores e do apoio das instituições democráticas e em particular do PCP. Em consequência da destruição da RA voltou-se ao retrocesso do desenvolvimento do Alentejo e do país em relação à Europa Comunitária.
Também esteve como convidado Miguel Urbano Rodrigues, que na sessão plenária, sob o tema «Os movimentos sociais e os partidos políticos na construção de alternativas populares. Sujeito histórico, alianças, programas, estratégias», interveio sobre «Globalizar a luta contra a barbárie imperialista».
A Comissão Executiva realizou um conjunto de iniciativas culturais de invocação de Allende e uma grande concentração na Praça da Constituição, junto ao Palácio de «La Moneda», a 11 de Setembro, que teve, pela primeira vez nestes 30 anos, a presença de mais de 20 mil pessoas.
Abílio Fernandes foi recebido pelos mais altos responsáveis do Partido Comunista do Chile (PCC) numa perspectiva de reforço das relações entre os dois partidos.
EUA e terrorismo de Estado
Entretanto, em nota divulgada pelo seu Gabinete de Imprensa, a 11 de Setembro, o PCP recordou que foram os EUA que, há 30 anos, «estiveram no centro do golpe terrorista que derrubou o governo legítimo de Salvador Allende». Foram os EUA, sublinha-se, que «estimularam, apoiaram e financiaram o golpe de Pinochet que pôs fim ao governo de Unidade Popular e mergulhou o Chile na longa noite de sangue e de terror».
Depois de lembrar «o atentado monstruoso» sofrido pelos EUA há dois anos, que «gerou um grande movimento de consternação e de simpatia com o povo e a nação americana», a nota do PCP alerta para a perigosa situação internacional que se vive hoje.
«A reaccionária administração Bush e a sua política, que se proclama polícia do mundo, em nome da luta legítima contra o terrorismo, pratica e dá cobertura ao terrorismo de Estado, de que são exemplos recentes a ocupação do Iraque e a mentira planetária das armas de destruição maciça e o apoio à política criminosa de Sharon, com a consequente espiral de violência e morte no Médio Oriente», refere o comunicado.
Alguns temas em particular foram analisados, como a ALCA, a militarização da América Latina, a Esquerda e a Governação, os Movimentos Sociais e Políticos, a Dialéctica entre a Reforma e a Revolução.
O Seminário contou com uma larga presença de países da América Latina e alguns países da Europa como a Alemanha, França, Itália e Portugal numa participação activa de cerca de 500 pessoas.
A convite dos organizadores - Instituto de Ciências Alejandro Lipschutz (ICAL), a Revista América Livre, o Centro de Educação Popular Instituto Sede Sapientae (CEPIS) do Brasil, e o Centro Martin Luther King Jr. de Cuba -, o Partido Comunista Português esteve representado por Abílio Fernandes, do Comité Central.
A experiência portuguesa
Convidado a intervir sob o tema Reforma Agrária (RA) e a Soberania Alimentar, Abílio Fernandes abordou o contexto revolucionário resultante do golpe militar do 25 de Abril, e a dinâmica revolucionária portuguesa que levou à conquista de importantes realizações e reformas, entre as quais a Reforma Agrária no Alentejo. Conquistada a RA em 2 anos, levou mais de 15 anos a ser destruída, graças à resistência dos trabalhadores e do apoio das instituições democráticas e em particular do PCP. Em consequência da destruição da RA voltou-se ao retrocesso do desenvolvimento do Alentejo e do país em relação à Europa Comunitária.
Também esteve como convidado Miguel Urbano Rodrigues, que na sessão plenária, sob o tema «Os movimentos sociais e os partidos políticos na construção de alternativas populares. Sujeito histórico, alianças, programas, estratégias», interveio sobre «Globalizar a luta contra a barbárie imperialista».
A Comissão Executiva realizou um conjunto de iniciativas culturais de invocação de Allende e uma grande concentração na Praça da Constituição, junto ao Palácio de «La Moneda», a 11 de Setembro, que teve, pela primeira vez nestes 30 anos, a presença de mais de 20 mil pessoas.
Abílio Fernandes foi recebido pelos mais altos responsáveis do Partido Comunista do Chile (PCC) numa perspectiva de reforço das relações entre os dois partidos.
EUA e terrorismo de Estado
Entretanto, em nota divulgada pelo seu Gabinete de Imprensa, a 11 de Setembro, o PCP recordou que foram os EUA que, há 30 anos, «estiveram no centro do golpe terrorista que derrubou o governo legítimo de Salvador Allende». Foram os EUA, sublinha-se, que «estimularam, apoiaram e financiaram o golpe de Pinochet que pôs fim ao governo de Unidade Popular e mergulhou o Chile na longa noite de sangue e de terror».
Depois de lembrar «o atentado monstruoso» sofrido pelos EUA há dois anos, que «gerou um grande movimento de consternação e de simpatia com o povo e a nação americana», a nota do PCP alerta para a perigosa situação internacional que se vive hoje.
«A reaccionária administração Bush e a sua política, que se proclama polícia do mundo, em nome da luta legítima contra o terrorismo, pratica e dá cobertura ao terrorismo de Estado, de que são exemplos recentes a ocupação do Iraque e a mentira planetária das armas de destruição maciça e o apoio à política criminosa de Sharon, com a consequente espiral de violência e morte no Médio Oriente», refere o comunicado.
