EUA preparam acções contra Cuba
«Estamos a estudar acções (anti-cubanas), algumas das quais visíveis e outras não», afirmou a semana passada, em Washington, o subsecretário de Estado adjunto para as relações do Hemisfério Ocidental, Daniel Fisk.
Segundo a agência alemã DPA, Fisk disse que o presidente Bush está «desiludido» com a falta de reacção dos governos latino-americanos ao que classificou de «onda de prisões» em Cuba de pessoas acusadas e condenadas de desenvolver actividades mercenárias a favor dos EUA, e o fuzilamento de três dos sequestradores de uma lancha de passageiros, em Abril passado.
As recentes exortações de Colin Powell à Organização de Estados Americanos (OEA) para que assuma um papel «duro» contra Cuba insere-se neste contexto, segundo Fisk, que admitiu que os EUA querem «ver mais acção (anti-cubana) na América Latina».
Os novos «argumentos» de Washington são apenas para consumo público. Já em Setembro de 2002 o próprio Fisk afirmou, falando na denominada «Cimeira Nacional sobre Cuba», que os EUA procuravam alcançar «uma rápida, ainda que pacífica, transição para a democracia em Cuba». Na ocasião, não só rejeitou qualquer hipótese de aliviar as sanções impostas à ilha há mais de 40 anos, como voltou a afirmar que Cuba continua a ser «uma ameaça» para os EUA.
Ao admitir o regresso a acções encobertas contra Cuba, a exemplo do que sucedeu nos anos 60, Fisk confirma as denúncias de Havana de que está em curso um plano da administração norte-americana para degradar as débeis relações entre os dois países, com o objectivo de criar condições para uma intervenção, como sucedeu em relação ao Iraque. Nesta perspectiva, percebe-se que Bush tenha ficado «animado», segundo Fisk, pela decisão da União Europeia de aplicar medidas contra a ilha, que vão desde pressões diplomáticas até possíveis sanções económicas. A questão poderá não ser pacífica entre os 15. Na segunda-feira, o ministro belga dos Negócios Estrangeiros, Louis Michel, manifestou-se contrário a sanções, dizendo esperar que seja reatado o diálogo político com Cuba.
Segundo a agência alemã DPA, Fisk disse que o presidente Bush está «desiludido» com a falta de reacção dos governos latino-americanos ao que classificou de «onda de prisões» em Cuba de pessoas acusadas e condenadas de desenvolver actividades mercenárias a favor dos EUA, e o fuzilamento de três dos sequestradores de uma lancha de passageiros, em Abril passado.
As recentes exortações de Colin Powell à Organização de Estados Americanos (OEA) para que assuma um papel «duro» contra Cuba insere-se neste contexto, segundo Fisk, que admitiu que os EUA querem «ver mais acção (anti-cubana) na América Latina».
Os novos «argumentos» de Washington são apenas para consumo público. Já em Setembro de 2002 o próprio Fisk afirmou, falando na denominada «Cimeira Nacional sobre Cuba», que os EUA procuravam alcançar «uma rápida, ainda que pacífica, transição para a democracia em Cuba». Na ocasião, não só rejeitou qualquer hipótese de aliviar as sanções impostas à ilha há mais de 40 anos, como voltou a afirmar que Cuba continua a ser «uma ameaça» para os EUA.
Ao admitir o regresso a acções encobertas contra Cuba, a exemplo do que sucedeu nos anos 60, Fisk confirma as denúncias de Havana de que está em curso um plano da administração norte-americana para degradar as débeis relações entre os dois países, com o objectivo de criar condições para uma intervenção, como sucedeu em relação ao Iraque. Nesta perspectiva, percebe-se que Bush tenha ficado «animado», segundo Fisk, pela decisão da União Europeia de aplicar medidas contra a ilha, que vão desde pressões diplomáticas até possíveis sanções económicas. A questão poderá não ser pacífica entre os 15. Na segunda-feira, o ministro belga dos Negócios Estrangeiros, Louis Michel, manifestou-se contrário a sanções, dizendo esperar que seja reatado o diálogo político com Cuba.