As Comunas de Lisboa
A organização dos comunistas em Lisboa, tem a idade do PCP. E, a confirmá-lo, está a eleição da primeira direcção da Comuna de Lisboa., em 20 de Abril de 1921. No mesmo ano, a 9 de Outubro, era inaugurada a sede do Centro Comunista de Lisboa, na Rua do Arco do Marquês de Alegrete, n.º 30 - 2º. D.º, sendo então dada posse à primeira Comissão Administrativa. - Das iniciativas desse ano destacaremos, em 16 de Outubro, e apesar da tentativa de proibição do governador civil, uma conferência de Sobral de Campos, proferida na sede do PCP, sobre «a sociedade portuguesa em transformação, a formação da frente única do proletariado e o programa do PCP». Volvidas três semanas, em 7 de Novembro, realizou-se no mesmo local, uma sessão comemorativa do 4.º Aniversário da Revolução Russa, com várias intervenções sobre «o significado da Revolução de Outubro, como nova e grande etapa da marcha evolutiva dos tempos». Atento aos novos sinais e denotando já algum incómodo com as acções do PCP, no ano seguinte, o governo da Primeira República, proibia um comício promovido pelos comunistas da capital em 12 de Março de 1922, no Parque Eduardo VII.
Contudo, seria a partir de 1923 que se intensificaria a actividade do PCP em Lisboa, sucedendo-se os debates sobre a actualidade política. Em 28 de Janeiro, realizou-se uma conferência sobre «a ocupação do Ruhr e a Revolução» e, em 25 de Fevereiro, teve lugar uma conferência sobre «o IV Congresso da Internacional Comunista e suas resoluções». Entretanto, a vida do Partido inquinara-se, com o despontar de tendências fraccionistas entre os militantes, face à convocação do I Congresso do PCP prevista para esse ano e, a 14 de Março, a Comissão Administrativa do Centro Comunista de Lisboa foi convocada pela Direcção do PCP, para analise da situação partidária, sendo nomeada uma comissão de reinscrição na organização de Lisboa.
Nos meses que se seguiram, principalmente, a partir do Verão, começou a verdadeira estruturação da organização da cidade, constituindo-se os organismos de base = comunas, nas freguesias ou zonas da cidade, ordenadas na sequência de formação, identificadas por nomes de figuras da história do movimento operário ou por acontecimentos marcantes na luta da classe operária. Entre Setembro e Outubro de 1923, a lista das comunas integrava a n.º : 1 - «Tibério Graco» - Beato e Olivais; 2 - «7 de Novembro de 1917» - Monte Pedral; 3 - «Karl Liebknecht» - Santo Estevão, São Cristóvão, São Lourenço, Sé, São Miguel, São João da Praça e Madalena; 4 - «Ferrer» - Castelo, Graça, Escolas Gerais, S. Tiago e Penha de França; 5 - «Karl Marx» - Arroios; 6 - «Salvador Segui» - Anjos; 7 - «Engels» - Restauradores, Conceição Nova, São José, São Julião e São Nicolau; 8 - "José Fontana" - Socorro e Pena; 9 - "Neno Vasco" - Encarnação, Mártires, Sacramento e Mercês; 10 - «Vorovsky» - Marquês de Pombal e Santa Catarina; 11 - «Réclus» - Camões e São Mamede; 12 - "Espartaco" - São Sebastião da Pedreira; 13 - "Danton" - Santa Isabel; 14 - «Delescluse» - Lapa e Santos-o-Velho; 15 - «Babeuf» – Alcântara e 16 - «Parsons» - Ajuda e Belém.
Como facilmente se constata, na cidade de Lisboa, as organizações de base do PCP multiplicaram-se como cogumelos; iniciaram-se, em 18 de Outubro, os trabalhos para a criação da Federação Comunal de Lisboa e, no mesmo período, foram nomeados dezenas de delegados das comunas da cidade ao I Congresso do PCP, marcado para 10 de Novembro de 1923.
Contudo, seria a partir de 1923 que se intensificaria a actividade do PCP em Lisboa, sucedendo-se os debates sobre a actualidade política. Em 28 de Janeiro, realizou-se uma conferência sobre «a ocupação do Ruhr e a Revolução» e, em 25 de Fevereiro, teve lugar uma conferência sobre «o IV Congresso da Internacional Comunista e suas resoluções». Entretanto, a vida do Partido inquinara-se, com o despontar de tendências fraccionistas entre os militantes, face à convocação do I Congresso do PCP prevista para esse ano e, a 14 de Março, a Comissão Administrativa do Centro Comunista de Lisboa foi convocada pela Direcção do PCP, para analise da situação partidária, sendo nomeada uma comissão de reinscrição na organização de Lisboa.
Nos meses que se seguiram, principalmente, a partir do Verão, começou a verdadeira estruturação da organização da cidade, constituindo-se os organismos de base = comunas, nas freguesias ou zonas da cidade, ordenadas na sequência de formação, identificadas por nomes de figuras da história do movimento operário ou por acontecimentos marcantes na luta da classe operária. Entre Setembro e Outubro de 1923, a lista das comunas integrava a n.º : 1 - «Tibério Graco» - Beato e Olivais; 2 - «7 de Novembro de 1917» - Monte Pedral; 3 - «Karl Liebknecht» - Santo Estevão, São Cristóvão, São Lourenço, Sé, São Miguel, São João da Praça e Madalena; 4 - «Ferrer» - Castelo, Graça, Escolas Gerais, S. Tiago e Penha de França; 5 - «Karl Marx» - Arroios; 6 - «Salvador Segui» - Anjos; 7 - «Engels» - Restauradores, Conceição Nova, São José, São Julião e São Nicolau; 8 - "José Fontana" - Socorro e Pena; 9 - "Neno Vasco" - Encarnação, Mártires, Sacramento e Mercês; 10 - «Vorovsky» - Marquês de Pombal e Santa Catarina; 11 - «Réclus» - Camões e São Mamede; 12 - "Espartaco" - São Sebastião da Pedreira; 13 - "Danton" - Santa Isabel; 14 - «Delescluse» - Lapa e Santos-o-Velho; 15 - «Babeuf» – Alcântara e 16 - «Parsons» - Ajuda e Belém.
Como facilmente se constata, na cidade de Lisboa, as organizações de base do PCP multiplicaram-se como cogumelos; iniciaram-se, em 18 de Outubro, os trabalhos para a criação da Federação Comunal de Lisboa e, no mesmo período, foram nomeados dezenas de delegados das comunas da cidade ao I Congresso do PCP, marcado para 10 de Novembro de 1923.